Pedagogia
Por: Hildelena Horsts • 14/10/2015 • Trabalho acadêmico • 1.122 Palavras (5 Páginas) • 213 Visualizações
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
2 DESENVOLVIMENTO
4 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
- INTRODUÇÃO
Neste trabalho, iremos conhecer um pouco mais sobre Loris Malaguzzi, um visionário, que foi o desenvolvedor da Pedagogia da Escuta, que inspira educadores no mundo inteiro. Conheceremos um pouco mais sobre este método de ensino, que parte do princípio em que não existem as disciplinas formais comuns a todos, e que todas as atividades pedagógicas se desenvolvem por meio de projetos. Porém, estes projetos não são planejados pelos professores antecipadamente, mas, fluem através das ideias dos próprios alunos, e se desenvolvem por meio de diferentes linguagens, se vinculando a tudo o que a linguagem visual pode apresentar. Veremos que após ser implantada em Reggio Emília, se difundiu, e tornou conhecida mundialmente, sendo considerada anos atrás, como a metodologia de ensino mais eficiente em todo o mundo segundo a revista norte-americana Newsweek.
Iremos trabalhar também sobre o termo protagonismo infantil, qual seu significado e como ele se vincula a pedagogia da escuta. Esta é uma metodologia de ensino muito fascinante, e que encanta a todos quanto nela se envolvem!
- DESENVOLVIMENTO
Loris Malaguzzi é um grande educador Italiano, que após a reconstrução da velha creche, devida a destruição de toda cidade pela segunda guerra mundial, se dedicou a educação infantil. Inspirado pelas ideias de Jean Piaget, Lev Vygotsky, John Dewey e Maria Montessori começou sua história de sucesso.
A metodologia usada em Reggio Emilia, baseia-se na concepção do papel fundamental da comunidade e dos pais na estruturação da educação. Esta metodologia vem sendo bem valorizada na integração de famílias de imigrantes no país, graças a vasta participação outorgada à família no processo, pois este método de ensino visa a valorização e o acolhimento das diferentes culturas e religiões, o entendimento de que somos feitos de diferença, diferença que leva consigo um ambiente educativo que pode amparar a todos
Além disto, esta abordagem também considera o conceito simbólico como artes, pintura, música, instrumentos essenciais ao aprendizado. A infraestrutura da escola também é desenvolvida em busca de um ambiente educativo e lúdico, de forma com que o espaço seja conceituada como “um terceiro professor”. Podemos usar como exemplo a cozinha, na rede de ensino em Reggio Emílio, esta fica logo a entrada das unidades e é transparente aos outros cômodos, propondo assim a não-divisão dos potenciais educativos.
Interligado com esta concepção está também a participação de todos os que integram a comunidade escolar no aprendizado. Não somente os coordenadores pedagógicos e os professores, mas os responsáveis pela comida também são vistos como educadores e as crianças são estimuladas a se envolver por aquilo que estão se alimentando, podendo participar até na preparação dos alimentos.
De um modo geral podemos dizer que Loris Malaguzzi priorizava a atenção elementar à criança e não ao assunto a se ensinar, ao conhecimento intercultural e não segmentado de uma forma setorial, ao projeto em si e não a programação, ao processo e suas conquistas ao longo de toda a caminhada e não apenas ao produto final, a comparação e a discussão como algumas das ferramentas e estratégias de sucesso da formação, e também a auto formação dos professores.
Faz parte do cotidiano dos educadores de Reggio Emília ressaltar os direitos da crianças à civilidade, à sociedade e à vida cívica. Os educadores desenvolvem processos de aprendizagem cooperativos e também trabalhos que favoreçam atividades em conjunto. Entre as crianças, alunos, todos são ativos e participativos, ninguém possui a responsabilidade total. A finalidade é interdependência em lugar de independência, é levar o aluno a pensar em conjunto, em todo o grupo em que está envolvido, em lugar de pesar somente em si mesmo. Isso resulta em cidadania e significa principalmente partilhar e tornar-se protagonista na sociedade.
A metodologia de Reggio Emília ressalta as potencialidades da criança, que ela seja caracterizada como criança, em suas singularidade e totalidade, assim necessitando de um professor de criança e não de um professor de determinada disciplina. Resguarda a escola de Educação Infantil como um lugar de alegria para as crianças, um lugar que elas gostem de estar e que possam progredir, desenvolver-se e aprender por meio de suas múltiplas linguagens. Desenvolvendo assim uma pedagogia da escuta, que se voltada à primeira infância, e que a criança é o centro da prática pedagógica, formando assim o conceito de protagonismo infantil. A ênfase é colocada em vê-las com sujeitos únicos com direitos, em vez de simplesmente com necessidades. Elas têm potencial, plasticidade, desejo de crescer, curiosidades, capacidade de maravilharem-se e de relacionarem-se com outras pessoas e de comunicarem-se. (RINALDI, p.114, 1999).
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