Pedagogia Hospitalar
Por: Bárbara Vaz • 12/5/2017 • Trabalho acadêmico • 1.204 Palavras (5 Páginas) • 683 Visualizações
PEDAGOGIA HOSPITALAR- UMA EXPERIÊNCIA NA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE JAGUARÃO/RS
AUTORAS: CAROLINA SIOMIONKI GRAMAJO¹;
¹ UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA - carolsgramajo@gmail.com
LIZIANE MELGAR METZGER²;
²UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA – lizi_wcs@hotmail.com
MARCÉLI KRISLY DA CUNHA PEREIRA³;
³ UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA – marceliuni@gmail.com
ORIENTADORA: BÁRBARA REGINA GONÇALVES VAZ
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA - bgvduarte@gmail.com
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho se deu através de uma proposta que foi ofertada na disciplina de Experiências de Aprendizagem em Espaços Educativos Escolares e Não-escolares, no qual são discutidas questão da atuação do pedagogo em diversos ambientes profissionais. Partindo da ideia, que um espaço onde haja educação, necessite de um pedagogo, temos como objetivo principal perceber a importância deste como profissional atuante em diferentes ambientes propícios ao conhecimento e as aprendizagens.
Surge então à proposta de se trabalhar em classes hospitalares, após algumas análises, observamos que o papel do pedagogo em espaços hospitalares deve proporcionar ao aluno momentos que remetam ao contato com sua realidade cotidiana. Sendo o ambiente hospitalar um local que traz lembranças, para a criança, de sentimentos como dor, sofrimento e angústia. E também um ambiente que lhe afasta do convívio social, de seus brinquedos, seus amigos e sua família.
Acreditamos que é de suma importância a presença deste profissional durante o tempo em que a criança se encontra internada, para que esta não fique distante do processo de ensino e aprendizagem. Entretanto, após realizarmos um primeiro contato com Santa Casa de Misericórdia de Jaguarão, foi constatada, segundo a administração, que não temos este profissional atuante, por isso nossa proposta se deteve em realizar intervenções semanais com as crianças que estiverem internadas, percebemos, contudo que existe rotatividade do período que estas crianças permanecem hospitalizadas. Sua importância se vale pelo fato que,
Classe hospitalar: serviço destinado a prover, mediante atendimento especializado, a educação escolar de alunos impossibilitados de frequentar as aulas em razão de tratamento de saúde que implique interação hospitalar ou atendimento ambulatorial. (ASSIS, 2009 apud MEC/SEESP, 2004, P. 24.)
A criança hospitalizada ao se afastar da escola perde o contato com seu desenvolvimento cognitivo e afetivo, a necessidade de um pedagogo nos hospitais é justamente para sanar esta lacuna, o aluno paciente recebe atendimento, realiza suas tarefas escolares e quando recebe alta do hospital pode retornar regularmente para sua escola; evitando assim a evasão e o fracasso escolar.
Temos trabalhos diferenciados para os alunos hospitalizados e que estão freqüentando a escola regular e alunos que não estão em processo de escolarização. Com os alunos matriculados no ensino regular, o pedagogo deverá ter uma parceria com a escola para se informar sobre quais conteúdos o aluno está aprendendo para com isso, basear seu trabalho dentro do hospital. Já com os alunos que não frequentam ainda o ensino regular, o pedagogo deverá propor atividades que desenvolvam suas habilidades psicológicas, cognitivas e sociais.
Nossas intervenções têm como principais objetivos desenvolver os conhecimentos necessários para a idade de cada criança, sem afastá-la do contato com a escola e com seu meio social. Proporcionando momentos de aprendizagens lúdico-pedagógicas que estimulem experiências corporais, afetivas, sociais e das linguagens dos educandos. Mostrando que no hospital além dos cuidados com a saúde, a criança não perde o contato com o mundo escolar.
2. METODOLOGIA
Primeiramente pesquisamos referencias bibliográficas já mencionadas anteriormente. Partindo dessas leituras e, após uma conversa com a administração da instituição em questão, optamos para o melhor desenvolvimento do trabalho, realizar intervenções sempre que existir número significativo de crianças para realização das atividades. As intervenções terão durações de uma hora, podendo se estender até uma hora e meia. As atividades que serão propostas serão sempre recreativas, baseadas em momentos de ludicidade e coletividade, sempre levando em conta as especificidades de cada aluno paciente, causadas pela sua internação, e sua necessidade de fazer parte do processo de ensino e aprendizagem.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
No decorrer da nossa pesquisa, analisamos que a Santa Casa de Misericórdia de Jaguarão tem suas especificidades, como por exemplo: o espaço físico da pediatria, que comporta poucos internados; a maioria do diagnóstico de internação das crianças que é por problemas respiratórios, infecções intestinais ou algum outro agravante com rápida recuperação, o que justificativa a média de uma semana de internação dos mesmos; outro fator é a idade média das crianças internadas, que em sua maioria tem de zero á seis anos, sendo raros os casos de alunos pacientes que estão matriculados no ensino regular.
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