Pedagogia da Indignação
Por: Eduarda Alves • 19/8/2017 • Trabalho acadêmico • 1.514 Palavras (7 Páginas) • 682 Visualizações
Universidade federal do Paraná
EDUARDA APARECIDA ALVES
LARA DE SOUSA OLIVEIRA FERREIRA
PAMELA VITÓRIA FÉLIX DA CRUZ
pedagogia da indignação
Curitiba
2017
EDUARDA APARECIDA ALVES
LARA DE SOUSA OLIVEIRA FERREIRA
PAMELA VITÓRIA FÉLIX DA CRUZ
pedagogia da indignação
Trabalho apresentado à matéria de Educação de Jovens e Adultos do Curso de Pedagogia em 2017, do Setor de Educação, da Universidade Federal do Paraná.
Orientadora: Prof.ª. Drª Maria Aparecida Zanetti
curitiba
2017
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 1
2. BIOGRAFIA DO AUTOR 4
3. AS CARTAS PEDAGÓGICAS 5
4. OUTROS ESCRITOS 7
4. considerações finais 9
referências 10
1. IntroduçãO
2. BIOGRAFIA DO AUTOR
Paulo freire nasceu em 1921, foi um educador brasileiro que nasceu em Recife e que criou um método inovador no ensino da alfabetização para adultos que visava a problematização em cima de palavras geradas a partir da realidade dos educandos, tal método surgiu da preocupação com o grande número de adultos analfabetos na área rural dos estados nordestinos, que formavam uma grande estratificação, um pouco mais exemplificado a aplicação do método, a dona de casa aprendia as palavras: fogão, casa, vassoura; e era levado a uma reflexão sobre os problemas sociais relacionados a seu trabalho e sua vida, partindo dessa reflexão iria se ampliando o vocabulário.
Publicou diversos livros, entre eles, “educação como prática da liberdade” (1967), “pedagogia do oprimido” (1968) “cartas à Guiné-Bissau” (1975), “pedagogia da esperança” (1992), “à sombra desta mangueira” (1995) e “pedagogia da autonomia” (1997). Foi conhecido mundialmente por seu trabalho e ganhou o título de doutor honoris causa de diversas universidades, entre elas, Harvard, Cambridge e Oxford. Veio a falecer em 1997.
3. AS CARTAS PEDAGÓGICAS
O livro pedagogia da indignação foi escrito no intervalo de tempo de dezembro de 1996 é maio de 1997, um pouco antes de Freire morrer, está dividido em duas partes: a primeira traz as “Cartas Pedagógicas” que foram escritas por Paulo Freire entre dezembro de 1996 a maio de 1997; a segunda parte traz seis textos selecionados por Ana Maria Freire, escritos por Paulo Freire, em 1992 e em 1996, para serem publicados em livros do autor e apresentados em conferências.
Paulo teve claramente a preocupação de, ao escrever cada uma delas, partir da realidade que exigia um pensar crítico e imbricá-las nos momentos históricos nos quais ele ia refletindo para nos dar meios de reflexão e ação, a partir disso o livro tem esse nome, pois sua esposa acreditara nessa função de demonstração do pensamento crítico de Freire.
As cartas pedagógicas abrem espaço para que haja um diálogo entre leitor e autor, mostrando seu ponto de vista, discordando ou concordando com ele. Para ele a educação faz sentido porque homens e mulheres aprendem se fazendo e refazendo, precisam estar em constante mudança. Homens e mulheres interferem no mundo através da consciência, de que não estamos apenas nele, mas com ele.
A primeira parte do livro está dividida em três cartas; Na primeira ele critica as famílias que utilizam a “tirania da liberdade”, pois será difícil para essas crianças fazerem escolhas, visto que tudo lhes é dado ou permitido, assim como para aqueles que nada lhes é permitido, por isso Freire defende uma educação que a liberdade e a autoridade de relacionem tendo assim uma conformidade, também faz uma crítica aos pais que depois de dizer um não ao filho, dão um presente ou algo em troca como desculpa por ter sido rigoroso com o filho, é preciso ter coerência entre o sim e o não, também fala um pouco sobre como estamos passando por diversas transformações repentinas no mundo e do quanto precisamos nos preocupar em desenvolver na sociedade o pensamento crítico junto com o novo para podermos através da inovação, entender os adolescentes e os jovens. E para que essa inovação aconteça é necessária uma educação que ensine homens e mulheres a correrem riscos para ser capaz de ampliar seus conhecimentos, ele afirma que para o oprimido “a acomodação é a expressão da desistência da luta pela mudança” (p. 44), ou seja, as pessoas que ficam acomodadas e que não querem correr riscos se deixam dominar por quem está vendo esta situação, sendo assim, uma das finalidades da educação é a de criar no indivíduo a consciência de sua presença no mundo e que isso sempre será um fator de risco para ele, fazendo com que o mesmo procure lutar pelo o que pensa e deseja.
Então o alfabetizador/educador deve assumir o compromisso de ensinar a leitura e a escrita de acordo com a realidade de cada um, partindo da leitura que o mesmo possui do mundo.
Na segunda carta, discute sobre a mudança do mundo e nosso papel nele, ressalta que "os sonhos são projetos pelos quais se luta" (p.62), lembra que somos objetos da história e que por causa disso podemos mudar o mundo, desde que tenhamos consciência de que isso é possível e que nos demandará luta, Freire explica o porquê da Educação Crítica na formação do cidadão e do quão repreensível é esse método para a elite, o mesmo diz.
“As crianças precisam crescer no exercício desta capacidade de pensar, de indagar-se e de indagar, de duvidar, de experimentar hipóteses de ação, de programar e de não apenhas seguir os programas a elas, mais do que propostos, impostos. As crianças precisam de ter assegurado o direito de aprender a decidir, o que se faz decidindo.” (p. 68).
Critica as concepções fatalistas da História, o poder da ideologia liberal, cuja ética perversa se funda nas leis do mercado.
Na terceira carta traz a dor do assassinato de um índio pataxó (Galdino Jesus dos Santos) que dormia em uma parada de ônibus, e nos leva a refletir sobre a responsabilidade social e sobre nossos valores, se tratando do respeito que temos a vida do outro e principalmente a natureza, e como esses valores se apresentam atualmente na sociedade e leva a problematização da própria mudança da sociedade dizendo:
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