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Pesquisa Social e Ação Pedagógica

Por:   •  10/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.447 Palavras (6 Páginas)  •  256 Visualizações

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MEKSENAS, P. Pesquisa Social e Ação Pedagógica. Conceitos, métodos e práticas. São Paulo: Loyola, 2002.

        

                 Mayara Cecilia1 

Milena Welter1

Céres Ribas2

        Ao longo da história das formações sociais, a educação e o trabalho sempre andaram juntos, ou seja, os humanos utilizavam as experiências do passado para transformar a natureza e assegurar a sobrevivência do seu grupo, assim desenvolviam novas técnicas de trabalho e novas ideias que eram passadas para as gerações futuras e contribuíam para o processo de civilização. Essa união de técnicas e atitudes caracteriza a educação. A Pedagogia torna-se ciência da educação quando assume seu objeto principal de estudo, o aluno. Levando em consideração a contribuição de outras ciências no estudo da educação, a Pedagogia aborda de modo específico a relação entre professor e aluno e a organização pedagógica da escola. Diante disso, destaca-se a importância da pesquisa e iniciação científica na formação do pedagogo, pois assim se tornará mais crítico quanto às estratégias que abordarão as ações no interior da instituição escolar, visando garantir um ensino de qualidade utilizando os meios disponibilizados pelo Estado, - enquanto a opinião pública coloca que a Educação ao mesmo tempo em que salva, põe tudo a perder -, o mesmo é inocentado juntamente aos agentes econômicos das obrigações com a escola, praticando a exclusão e prejudicando a escola pública. A pesquisa é uma atividade intencional e, portanto leva ao conhecimento. A pergunta, como o conhecimento se produz? Tem levado muitos autores a refletir sobre essa questão. Abordaremos algumas definições em relação à definição de conhecimento: de Platão, Locke, Kant e Marx. Para Platão o espírito que é preenchido pela sabedoria não tem tempo para se distrair com contendas. Ele também considerou que o conhecimento é algo elevado ao ser humano e é um fragmento do espírito, conhecimento não pode ser criado, porque já faz parte do espírito. Todos nasceram carregando o conhecimento nas almas.  Assim para o alcançarmos, é essencial que nos libertemos da natureza e da história, para regressarmos a admiração do mundo espiritual. Os aprendizados que o individuo possui do mundo sensível contribuem para produzir conceitos para isso Platão aplica o termo doxa. Porém ele desvaloriza esse conceito, porque o mundo ao se transformar seria imperfeito e o conhecimento resultante da experiência é imperfeito. Aquilo que se encontra longe da consciência humana é capaz de desaparecer. Somente o mundo episteme é perfeito porque não acaba. A justiça mundana é a ligação de interesses próprios, diferente da justiça no meio filosófico. Esses conceitos fizerem Platão sustentar a idéia de que o Estado aconselhável para o cidadão seria aquele conduzido por filósofos atingidos pela episteme e longes do doxa, julgariam suas ações, guiados pelo que é verdadeiro. Para Locke os indivíduos são conscientes de seu próprio pensamento, ele defende que o conhecimento pode ser mudado, como admitia Platão. Locke afirmava que o conhecimento é feito da produção de idéias que acontecem nas nossas relações sociais. Os sentidos concedem ao indivíduo ligar-se ao mundo exterior, sendo suporte às sensações, onde o homem consegue desenvolver experiências com o

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1 Acadêmicas do 1º ano de Pedagogia Noturno da UNESPAR/ campus de Campo Mourão.

2 Professora Mestre lotada no Colegiado de Pedagogia da UNESPAR/ campus de Campo Mourão.

que está a sua volta. Essas idéias são o começo do que compreende as idéias sensoriais simples que são as relações com o mundo sensível levando o cérebro a produzir conceitos. Mediante as memórias nascem às idéias sensoriais complexas que são o conceito que a forma consegue alcançar o conceito de geometria. Locke defende a presença de um conhecimento que excede a experiência mediana, no entanto todo conhecimento provém da experiência imediata. O conhecimento só é possível pela experiência sensível do mundo. Assim o conceito de empirismo, onde a pesquisa empírica considera a criação das idéias sensórias complexas por meio de relações gerais. Não há duvidas que todo o conhecimento se inicia pela experiência, porém não se tem evidências que surja da experiência, pois há um conhecimento autônomo da experiência e de todos os sinais dos sentidos, chamado de priori e se compreende do empírico, da qual a origem é a posteriori , quer dizer, experiência. Kant critica o idealismo clássico e o empirismo ao mesmo tempo. Ele dava a certeza que o conhecimento não nascia com o indivíduo e nem se sucede da experiência. Kant reconhecia a matéria do conhecimento da forma do conhecimento. A inicial vem da experiência no mundo dos fenômenos, ou melhor, a realidade empírica oferece conteúdos ao conhecimento pela condição de fenômenos a serem apreendidos por nossos sentidos. O mundo sensível retrata questões para o pensamento humano avançar, como casos que se fixam na Razão, resultantes no domínio do mundo sensível, são estipulados como posteriori. A criação de princípios, de expressões e da compreensão está em primeiro lugar direta e profundamente ligada à atividade material dos homens, que é a linguagem da vida real. A consciência não é determinada pela vida, mas sim a vida que determina a consciência. Essas opiniões apresentam conseqüências na definição do conhecimento, revelam que não é aceitável compreender o ser humano separado da história. A explicação de conhecimento presente na obra de Marx leva-nos a indagar Platão, Locke e Kant. Todos esses filósofos passados debateram a Razão em si ou a experiência em si pôr não se preocuparam com o fato de que a Razão e também a experiência tem uma história. A ciência está em nosso cotidiano, nos auxiliando em várias ocasiões, indicando um estilo de vida melhor, em alta na comercialização principalmente nos meios de comunicação atuais. A ciência baseia-se na observação e decomposição de objetos estudados separadamente cuja síntese dos resultados possa contribuir para futuras pesquisas semelhantes e gerar novas leis, ou seja, para fazer ciência é preciso saber. Ao mesmo tempo em que ajuda pode prejudicar, pois uma boa parte da população mundial não tem acesso ao que a ciência produz, sendo favorável, portanto, somente aos interesses das classes que estão no controle da sociedade, podendo até gerar práticas preconceituosas e racistas, as quais já existem desde os primórdios, onde as tribos pré-históricas eram comparadas pela questão de cultura, descobertas e interação com as outras. Enquanto o capitalismo faz a divisão das classes sociais em controladores e meros trabalhadores, é questionável a ação da ciência que pesquisa para o “bem da humanidade”. Por isso é importante pesquisar, pois os cientistas pesquisadores aliados aos interesses dos trabalhadores falavam em melhorias para toda a sociedade, no entanto, na pesquisa não existe neutralidade quando o pesquisador olha para o seu objeto com olhar prático, os pesquisadores se tornaram proletários da ciência, ou seja, ele precisa do dinheiro para desenvolver seu trabalho, portanto faz como os grandes patrocinadores mandam. A produção do capital é continua, está no controle da sociedade burguesa, que fiscaliza o tempo de trabalho necessário para a produção dos bens que serão vendidos, ou seja, quanto menos demorar, mais vai fabricar e vender e o mais importante, lucrar. Do século XIX ao XXI a ciência contribuiu para um grande avanço tecnológico que possibilitou a modernização de linhas de montagens e modo de produção. O conhecimento científico-tecnológico tornou possível a informatização das indústrias e bancos, fazendo com que algumas profissões desapareçam e outras entrem no mercado, que por grande oferta e procura, pode escolher o que quer produzir, como e para quem produzir, ou seja, a ciência não pensa no melhor para a comunidade, mas sim no melhor para vender. Os cientistas ainda têm a liberdade de escolha, divulgando ou não suas descobertas, ou seja, é mais lucrativo para a empresa farmacêutica investir em tratamentos ao invés de cura, substituindo o interesse pelo bem – estar humano pelo interesse de mercado, favorecendo somente os poderosos, afortunados e gerando desigualdades sociais, através da ciência instrumental. Sendo assim, pedagogos e educadores podem optar pela ciência antiinstrumental, uma ciência que se preocupe com a classe trabalhadora. Alguns pesquisadores fazem da pesquisa seu emprego, porem para isso é preciso que busquem a formação necessária para tal profissão, a pós - graduação. Vale lembrar a importância da consciência da realidade econômica, científica, social e ética para qual publico que será destinado à pesquisa. O autor ao ser ético em seu trabalho deve atentar-se também a qual tipo de ética será defendido, pois existem vários tipos como, por exemplo, o que era defendida por Kant, ética como algo indiscutível, onde o sujeito era livre quando praticava seus deveres. Já Marx, produziu outro conceito de ética, o de homem como ser concreto, separando religião de senso comum.

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