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Práticas De Ensino E Aprendizagem Híbridas Para Alunos Com TDAH

Por:   •  23/5/2023  •  Artigo  •  4.360 Palavras (18 Páginas)  •  70 Visualizações

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CEDERJ-UERJ

7º Seminário de Práticas de Ensino

Aluna: Nivea Maria de Magalhães Almeida  - Polo Paracambi

PRÁTICAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM HÍBRIDAS PARA ALUNOS COM TDAH

RESUMO

Alunos portadores de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) apresentam falta de foco e agitação motora que comprometem a aprendizagem, o que exige do professor uma série de estratégias e intervenções em sua prática pedagógica para a solução dessa questão.  Com a pandemia, e a necessidade de isolamento, houve a necessidade de estratégia de ensino remota a fim de tentar evitar prejuízos ao ensino aprendizagem. Professores e alunos tiveram que se adaptar a esse novo modelo que, com o tempo e mudanças no quadro pandêmico, tornou-se híbrido.  Dessa forma, a partir de pesquisa literária com autores que abordam o tema, o presente trabalho objetiva identificar como ocorreu essa adaptação ao ensino híbrido com alunos portadores de TDAH e os desafios enfrentados por eles e pelos professores dentro desse novo modelo de educação.

Palavras-chaves: TDAH. Aprendizagem. Híbrido.

ABSTRACT

Students with Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD) have a lack of focus and motor agitation that compromise learning, which requires a series of strategies and interventions from the teacher in their pedagogical practice to solve this issue. Whith the pandemic, and the need for isolation, there was a need for a remote teaching strategy in order to try to avoid damage to teaching and a learming. Teachers and students had to adapt to this new model that, over time and changes in the pandemic framework, became a hybrid, In this way, based on literary research with authors Who approach the theme, the present work aims to identify how this adaptation to blended learning with students with ADHD occurred and the challenges faced by them and by teachers within this new education model.

Keywords: ADHD. Learning. Hybrid.

INTRODUÇÃO

Diante da crise sanitária que assolou não só o Brasil, mas todo o mundo, devido a  pandemia do SARs Covid-19, houve-se a necessidade de mudanças no modo de vida de toda sociedade. Na forma de trabalhar, de comprar, de vender, de se relacionar e também de estudar. A quarentena que nos foi imposta nos isolou socialmente, nos obrigando a ficar em casa, sem podermos sair e nos relacionarmos socialmente; “paralisando” nossos projetos, nossos sonhos, nossa rotina, enfim, toda dinâmica da vida do planeta. Na Educação, não foi diferente. Instituições e educadores de todos os níveis de ensino, precisaram se reinventar para dar continuidade ao ensino aprendizagem dos alunos em meio à necessidade de isolamento social. Uma das estratégias utilizadas para alcançar os alunos, diante desta nova realidade, foi o ensino remoto. Com o tempo e as mudanças no quadro pandêmico, o novo modelo tornou-se híbrido. Porém, alunos diagnosticados com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade,  tornou o novo modelo de aprendizagem ainda mais desafiador.

A melhor representação sobre a interpretação clínica e histórica do transtorno é realizada por Russell A. Barkley (2002). Sua teoria, criada na década de 90, caracteriza-se por explicar o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade como uma incapacidade de autocontrole, tratando-se de feitos contrários a vontade do agente, que possui déficit do desenvolvimento moral. (CALIMAN, 2010).

Uma pesquisa recente conduzida por Yuanyuan Wang, da Montfort University na Inglaterra, e por pesquisadores de Shanghai realizada na China e publicada em junho no Asian Journal of Psychiatry, com 241 pais de crianças com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade relata piora dos sintomas dos filhos com a quarentena. Segundo Hagan[1], em entrevista ao HealthDay News (15/06/2020) sobre o resultado da pesquisa, afirma que “uma rotina previsível é fator de ajuda as crianças com TDAH a se organizarem”. A pandemia alterou a rotina dessas crianças ao empurrá-las para uma aprendizagem online totalmente fora da sua rotina comum.

A importância desse tema está na busca em oferecer um ensino remoto e/ou híbrido para alunos portadores de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade com a melhor qualidade possível, conforme a necessidade que eles apresentam.

A partir de pesquisa literária com autores que abordam o tema, o presente trabalho objetiva analisar os desafios encontrados no ensino aprendizagem de forma remota e/ou híbrida de alunos portadores de TDAH e buscar novas metodologias e práticas de ensino nesse novo modelo de ensino para esses alunos.

DESENVOLVIMENTO

O transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é um transtorno neurobiológico que apresenta o córtex pré-frontal direito um pouco menor do que das pessoas que não apresentam este transtorno. O cérebro da pessoa que possui TDAH gera novos estímulos, mantendo a pessoa sempre em estado de alerta.

Os primeiros sinais que permitiram o conhecimento do Transtorno de Déficit de atenção e Hiperatividade foram observados em 1902, pelo pediatra britânico George Frederic Still (1868-1941), em Londres, onde percebeu dificuldades na criança no processo inibitório dos impulsos que considerava não poder ser explicada apenas por uma falta de conduta própria.

O transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é um dos transtornos globais do desenvolvimento que aparece geralmente ainda na primeira infância, afetando de 3% a 5% da população durante toda a vida, independente do grau de inteligência, do nível escolar, da etnia ou classe sócio-econômica. (S. Goldsteim, 2006) Sendo considerado um fato preocupante pelos educadores, principalmente na fase escolar, o TDAH se caracteriza por desenvolver uma atenção imprópria devido à impulsividade e hiperatividade presente no indivíduo (Bromberg, 2005, p.7).

A melhor representação sobre a interpretação clínica e histórica do transtorno é realizada por Russell A. Barkley (2002), onde sua teoria, criada na década de 90, caracteriza-se por explicar o TDAH como uma incapacidade de autocontrole, tratando-se de feitos contrários a vontade do agente, que possui déficit do desenvolvimento moral. (CALIMAN, 2010).

Para Ferreira (2008) é considerado um transtorno do comportamento que atua em particular no desenvolvimento do autocontrole, na capacidade de controlar os impulsos e de conseguir organizarem-se em relação ao tempo, aos prazos e ao futuro em geral, como as demais pessoas são capazes de fazer.

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