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Pratica Educacional Inclusiva: Uma Escuta em Construção

Por:   •  28/10/2018  •  Seminário  •  4.300 Palavras (18 Páginas)  •  163 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA (UESB)

DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS - DFCH

CURSO DE PEDAGOGIA

 

 

 

 

 

ELIANE NOVAES FREITAS

LUANA PEREIRA DE MELLO

RAFAELA BISPO MACHADO

SIMONE MÁXIMO PELIS

 

 

 

 

Pratica Educacional Inclusiva

Uma Escuta em Construção

 

 

 

 

 

            VITÓRIA DA CONQUISTA – BA

                2018

 

 

 

  Pratica Educacional Inclusiva

   Uma Escuta em Construção

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Trabalho apresentado à Profa. Dra. Selma Norberto, como cumprimento parcial de atividades da disciplina Educação Inclusiva, do curso de Pedagogia. (UESB).

 

 

 

 

         Prof.ª. Msc. Selma Norberto

 

 

 

      VITÓRIA DA CONQUISTA – BA

2018

 

INTRODUÇÃO

        Uma vez definido o tema de nosso trabalho, a saber: a surdez; buscamos arcabouços teóricos que nos possibilitassem compreender o universo ao qual nos lançaríamos e traçamos o planejamento de visitação às escolas possíveis, e passiveis de atender nossa demanda quanto à observação de um atendimento pedagógico especializado. A leitura de alguns artigos, referenciados ao final desde trabalho, nos mostrou que quanto mais cedo a criança surda acessar a Língua de Sinais, melhor será o desenvolvimento dela e menor o risco de comprometimentos de seu desenvolvimento emocional, mental e social. Quando o surdo utiliza a língua de sinais ele aumenta sua competência linguística, possibilitando um novo olhar de mundo e suas subjetividades. Através de sua capacitação linguística, ao torna-se bilíngue o surdo se sente parte do mundo e compartilha da visão do mundo do outro. Há troca, há interação, elemento essencial, segundo Vigotsky, para o desenvolvimento humano e seus processos de aprendizagem. Porém, o matricular de uma criança surda na sala de ouvintes não é suficiente para isso. Para que acha a inclusão, e a criança alcance o ápice de sua capacidade de desenvolvimento, faz-se necessário que os professores sejam capacitados e adquiram metodologia e técnicas para tal trabalho, que deve ter caráter sistemático e contínuo.

 Após algumas visitas, a instituição educacional estava escolhida por ser a única na região (Bairro), cujo projeto pedagógico abrange outras comunidades, e por ser referência na cidade de Vitória da Conquista.  Fizemos o primeiro contato com a vice-diretora, que nos recebeu de forma carismática, porém por motivos de força maior, agendara nossa primeira conversa com o setor específico em 17 de setembro. No entanto, após insistência conseguimos antecipar nossa primeira visita e entrevista para o dia 04 de setembro do corrente. Na ocasião foi possível fazermos uma longa entrevista com a professora da sala de recursos multifuncionais, também responsável pelos procedimentos do atendimento pedagógico especializado. Posteriormente, agendamos entrevista com uma mãe, e pudemos observar sua criança na sala de recursos multifuncionais. Uma visita a mais foi necessária para complementação do processo de observação, agora na sala de aula, e mais uma vez na sala de recursos multifuncionais. Como resultado do trabalho de campo, seguem as transcrições das entrevistas feitas, bem como as observações e por fim a conclusão a partir de nossa prática.

COLÉGIO ESTADUAL ABDIAS MENEZES

Av. Rosa Cruz s/n – Candeias

AEE - Surdez

 

DIAS DE OBSERVAÇÃO: 04/10/2018; 18/10/2018.

 

Programas:    

FAED/MANUTENÇÃO, PDDE/CAIXA ESCOLAR, PDDE/MAIS EDUCAÇÃO/TEMPO INTEGRAL, PDDE/QUALIDADE, PNAE/ ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (AEE), PNAE/MAIS EDUCAÇÃO, PNAE/REGULAR E EJA, PNAE-UEX    

 

Entrevista feita com a Professora da Sala de Recursos Multifuncional que para preservação de sua identidade a chamaremos de  CPPP.

A professora tem 49 anos de idade e há 30 exerce sua profissão. Graduada em Geografia, Letras, especialista em educação especial e Mestre em letras. Sempre trabalhou com Educação Especial, começando pela APAE, e posteriormente no já extinto Lions. Atuou e trabalhou em Salvador, em Guanambi, e finalmente em 2004 em Vitória da Conquista. Aprendia de todas as formas, inclusive de forma grandiosa, o alfabeto em libras. Quando trabalhava na APAE, houve o processo de municipalização escolar e ela quis sair da empresa. A Lyons foi desfeita. Os alunos foram para outras escolas. Os interpretes não tinham qualquer preparação para sustentar as demandas necessárias. As crianças chegavam às escolas sem o conhecimento compatível o consolidado.

- “O interprete na sala de aula vai interpretar o quê?” Diz referindo se ao fato da subjetividade comprometida pela tardia aquisição das falas por sinais – a libra.

Entrevista feita pela discente Rafaela Bispo Machado com a família de adolescente com surdez.

- “O Abdias é o único com sala de recursos da região. Por isso surgem outros surdos, alunos do sétimo ano em diante. Não há os anos iniciais, por isso os alunos ficam perdidos, muito perdidos.

SM: E como é isso? Como está o processo educacional em relação à surdez?

CPPP: Ocorreu um processo de negação da língua, desde muito tempo o especial era “proibido”, depois uma indecisão:  libra não é língua. O reconhecimento de Libras como segunda língua melhorou um pouco. Finalmente houve o reconhecimento e em seguida a oficialização da libra como segunda língua, mas há ainda um movimento por parte da família e dos médicos de tentativa de cura, o que fazia com eles (as crianças) chegassem tarde à escola, muitos como copistas, pela falta de interpretes na escola. Já os que têm filhos de pais surdos alcançam a compreensão de conteúdo e chegam a ir além. Tenho um aqui que hoje é professor na Federal.

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