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Principais diferenças entre fala e escrita

Por:   •  1/11/2015  •  Seminário  •  1.625 Palavras (7 Páginas)  •  387 Visualizações

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As principais diferenças entre fala e escrita:

FALA

ESCRITA

Interação face a face

Interação a distância (espaço-temporal)

Planejamento simultâneo ou quase simultâneo.

Planejamento anterior a produção.

Criação coletiva: administrada passo a passo.  

Criação individual.

Impossibilidade de apagamento.

Possibilidade de revisão.

Sem condições de consulta a outros textos

Livre consulta.

A reformulação pode ser promovida tanto pelo falante tanto pelo locutor.

A reformulação é promovida apenas pelo escritor.

Palavras cuja fonética é alterada no momento da fala.

  1. QUER/QUÉ
  2. CAIXA/CAXA
  3. TRAVESSEIRO/TRAVESSÊRÚ
  4. ALMOÇO/ALMOÇU
  5. PASSEAR/PASSIÁ
  6. PNEU/PENEU
  7. ALFACE/ALFASSI
  8. ESPAÇO/ESPASSO
  9. MORTADELA/MORTANDELA
  10. OURO/ORO
  11. PEIXE/PEXE
  12. PEDREIRO/PEDRERO
  13. LAGARTO/LAGATO
  14. QUEIJO/QUEJO
  15. DAR/DÁ
  16. MANTEIGA/MANTEGA
  17. CARANGUEJO/CARANGUEIJO
  18. CLIPS/CLIPE
  19. MUSSARELA/MUÇARELA
  20. LUZ/LUIZ
  21. MENDIGO/MENDINGO
  22. CADARÇO/CARDARÇO
  23. PROBLEMA/PLOBLEMA
  24. FÓSFORO/FOSFURU

RESENHA: VARAÇÃO LINGUÍSTICA.

     

          A linguagem é a característica que nos difere dos demais seres permitindo-nos a oportunidade de expressar sentimentos, revelar conhecimentos, expor opiniões frente a assuntos relacionados ao cotidiano, e, sobretudo promove a inserção social.

A autora Maria Lúcia revela vários pontos da fala e da escrita. A língua falada pelos brasileiros é a mesma, ou seja, o português brasileiro, porém é diversificada é individual e heterogênea.

                                                                                      “A língua portuguesa falada no Brasil apresenta uma unidade surpreendente ( Bagno, 2005, p. 15).                                            

As instituições de ensino colocam para seus alunos uma norma linguística comum a todos os brasileiros, ignorando a idade, localização ou situação socioeconômica de seus educandos.

Para Saussure a linguagem e a soma da língua e da fala, sendo a primeira o código usado por uma sociedade para a comunicação entre membros.          

No território brasileiro existem diversas variedades do “português brasileiro”. A autora Maria Lucia relaciona três tipos de fatores que variam a língua brasileira são fatores geográficos, sociais, socioculturais e de contexto.

Em  diversas regiões do país  existe grande variedade  na forma  de falar, características de cada região. O dialeto de um carioca não é o mesmo que de um cearense, e  de um gaúcho não é o mesmo de um paulista, essas pessoas vivem no mesmo país e possuem diferentes formas de pronunciar as palavras, cada um tem a sua forma própria de falar e todos estão corretos. Não podemos considerar que apenas a forma culta de falar é correta, cada região contribui para enriquecer a língua portuguesa.

                                                             

“ O outro parâmetro para diferenciar as variedades linguísticas está relacionada com o identidade dos falantes e também com as organização social e cultual de sua comunidade. ( Alkmim, 2003, p. 34).

Para  a autora as gírias mudam de acordo com  idade, sexo ou grupo em que convive. Elas são um bom exemplo de uma característica da fala dos jovens e mudará com o passar dos anos, o que é dito hoje tornará ultrapassado no futuro.

Segundo a autora, as pessoas que não estão dentro de um sistema rígido de leis a serem cumpridas é  julgado e condenado e se torna vítima de um preconceito linguístico.

É possível dizer que todos falam a mesma língua? A autora conclui que não existe certo ou errado mas o diferente.

O preconceito linguístico não acontece apenas no Brasil, mas em todo o mundo e  vem se repetindo a cada ano.

Gagliari ( 2002, p 35) afirma que “a língua portuguesa como qualquer língua, tem o certo e o errado somente em relação à sua estrutura. Com relação a seu uso pelas comunidades falantes, não existe o certo e o errado linguisticamente, mas o diferente”

O ser humano é capaz de interagir com outras pessoas, outras culturas, ele pode modificar a sua língua de origem, pois existem diversas influências de fatores que interferem em sua fala, isso depende do momento em que está inserido.

As escolas e os professores estão preocupados com o modo que devem ensinar os seus alunos no que diz  respeito à norma padrão.

Para a sociedade existem duas normas padrão, a formal e a informal. A norma formal esta ligada a linguagem escrita, as normas gramaticais de modo geral, e a informal representa um estilo “sem prestigio” para a sociedade, essas pessoas que escrevem ou falam de maneira “errada” são consideradas “inculta”.

Ao matricular seus filhos nas escolas, os pais esperam que os mesmos aprendem a gramatica de maneira tradicional, pois foi dessa forma que eles aprenderam no passado. Não basta apenas saber as regras gramaticais , mas é preciso conhecer as suas funções e compreende-las.

                                                                Possenti (2006, p. 17) afirma que “ o papel da escola é     ensinar a língua padrão”.

                                           O professor  deve conhecer os seus alunos em todos os sentidos de uma forma cultural, econômicas e geograficamente, assim o educador obterá meios de um ensino mais complexos de acordo com a realidade dos alunos.

 Neves(2000, p. 52) diz que:

“A escola tem a obrigação, sim, de manter o cuidado com a adequação social do produto linguístico de seus alunos, isto é, tem de garantir que seus alunos entendam que têm de adequar registros, e ela tem de garantir que eles tenham condição de mover-se nos diferentes padrões de tensão e de  frouxidão, em conformidade com as situações de produção. Isso  é obrigação da escola, que a escola antiga valorizou tanto, a ponto de ser estigmatizado por isso, e que, em nome da própria  linguística, a escola de hoje negligencia”.

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