Professor, Sociedade e Estado, na Formação de Cidadãos Mais Justos e Democráticos
Por: Mericy Sousa • 12/9/2016 • Trabalho acadêmico • 1.099 Palavras (5 Páginas) • 418 Visualizações
O professor, Estado e Sociedade estão intimamente ligados para que seja possível uma educação eficaz e para o bom desenvolvimento de uma sociedade. A Constituição Feral de 1988, ampara que a educação é um direito de todos e um dever do Estado e da família, ela deve ser promovida e estimulada com a cooperação da sociedade, a fim de proporcionar o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, é o que está disposto no seu Art. 205.
A partir desse amparo legal observa-se os três pontos que serão comentados no âmbito deste trabalho. Primeiro haverá uma análise sobre a figura do professor aos olhos da sociedade. Em seguida o foco se voltará para o profissional da educação destacando algumas formas de como o docente poderá contribuir para o desenvolvimento de uma escola que auxilie na formação de bons cidadãos.
E por último, mas não menos importante, será analisado como, tanto a sociedade quanto o Estado, poderão contribuir para a valorização dos professores, afinal sem que essas três figuras se mantenham alinhados na linha de frente contra os baixos índices de desenvolvimento da educação brasileira, não haverá vitorias para se comemorar.
É notável pela leitura do texto constitucional que a educação deve ser fomentada pela sociedade e essa é uma das maneiras como a qual pode contribuir para a educação. A maioria das pessoas quando questionadas acerca do profissional da educação não negam e é quase unanime a ideia de que ele é um elemento indispensável no processo educativo e consequentemente no desenvolvimento da sociedade. No entanto, existe uma distância entre o reconhecimento de sua imprescindibilidade pela sociedade, e a sua valorização de fato.
Quando o tema é escola, a primeira coisa que nos vem à mente é a figura do professor, afinal é de educadores que a escola é formada. Sabendo disso é valido o questionamento sobre como o professor pode trabalhar juntamente com toda a equipe escolar para que a escola seja capaz de influenciar seus alunos a se tornarem cada vez mais éticos e políticos, afinal o professor não é somente aquele que detém as informações, é na verdade o elemento capaz de auxiliar o aluno na construção do conhecimento.
Primeiro deve ser observado que, sim, o superfaturamento em licitações, suborno, desvio de dinheiro público etc., são formas de corrupção, mas no ambiente escolar, furar a fila do lanche, copiar a atividade feita pelo colega ou pagar para que alguém a faça também são formas de corrupção, e essas podem ser corrigidas ainda na escola, para que no futuro essa criança que pagou por uma atividade pronta não se ache no direito de pagar por um benefício que legalmente seria proporcionado a alguém pela meritocracia e não pela posição econômica.
É necessário que o aluno consiga visualizar o que é válido e o que não é, nos termos éticos e legais. O professor por sua vez pode contribuir utilizando-se de um plano de ensino que incentive o aluno a questionar, desenvolvendo seu senso crítico e não simplesmente a obedecer sem discutir o assunto, trabalhando desde cedo os princípios da democracia onde todos têm direito de participar e decidir, construindo uma sociedade que viva a democracia no seu cotidiano, assim a democracia não será apenas uma forma de governo, mas estará incluída de fato na vida e valores sociais de todos os cidadãos.
Observa-se com o texto constitucional anteriormente citado que é incumbência do Poder Público o serviço educacional. É certo que existe investimentos e programas educacionais que visam cumprir com esse dever. Porém a atual crise econômica brasileira, trouxe como consequência vários cortes nos gastos públicos, e a educação que antes já se encontrava em estado decadente, ocupando a 60ª posição no ranking dos 76 países avaliados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em 2015, também sofreu cortes.
Em 2015 foi publicado no Diário Oficial da União um decreto presidencial que bloqueou um terço dos gastos administrativos de trinta e nove ministérios, o Ministério da
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