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Projeto Associação Santa Edwiges

Por:   •  24/10/2022  •  Trabalho acadêmico  •  2.281 Palavras (10 Páginas)  •  90 Visualizações

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Associação Santa Edwiges

CEI Bom é Ser Criança.

Professoras: Tabata Dias da Silva e Thayná Costa Rocha

Diretora: Valdelice Rocha Santos

Coordenadora: Renata Lima de Souza

Setembro e Outubro

2022

INTRODUÇÃO

“Tudo sobre as crianças e para as crianças somente pode ser aprendido com as crianças.” 

Loris Malaguzzi

        A todo o momento nos deparamos com uma sociedade que desconsidera o agir e pensar dos bebês e crianças, como se fossem sujeitos renegados às nossas próprias ideias e vontades. No entanto, elas são e estão no mundo elaborando teorias sobre o ambiente que a cercam. Não à toa as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI) apresentam o conceito de criança, como:

Sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura; (BRASIL, 2010, p.12)

Destacamos isso, porque é comum que as coisas relativas às crianças quase sempre sejam dotadas de sem “significados”, como coisas dedicadas para passar o tempo, “sem valor”, sem significado. Isso acontece muito, por exemplo, quando nos referimos ao brincar, uma vez que o brincar sempre é visto como algo que os pequenos utilizam para passar o tempo, por isso, cotidianamente ouvimos: “Acabou a hora de brincar! ”; “Está na hora de brincar! ”, como se os bebês e crianças tivessem que reservar em suas agendas uma hora para brincar.

Afinal de contas, há uma hora para brincar? Não. O brincar é algo inerente às crianças, constitui-se com sua atividade principal. Quando a criança brinca, ela elabora pensamentos, realiza testagens, constrói estratégias, aprende regras. Ou seja, ao brincar a criança está aprendendo uma infinidade de outras coisas, tendo em vista que “o modo de viver e de manifestar-se, de conhecer e de construir o mundo, pauta-se na experiência pessoal, nas ações que realizam sobre os objetos e no meio que as circundam” (BARBOSA; HORN, 2008, p.72);

Por esse motivo, precisamos valorizar o brincar no dia a dia das escolas de Educação Infantil, oferecendo aos bebês e crianças oportunidades privilegiadas de brincar, uma vez que, segundo afirma Paulo Fochi, as crianças são sujeito marcados por um desejo inédito em aprender e, elas são podem atenuar este desejo quando estão diante de problemas diários que lhes convoquem à pesquisa e claro, isso somente é possível de se fazer brincando!

Justificativa

        Segundo as DCNEI (BRASIL, 2009), são eixos estruturantes da Educação Infantil as interações e brincadeiras e, portanto, precisam ser considerados no desenvolvimento de toda e qualquer ação que envolva a primeira infância. 

        Como bem afirma Loris Malaguzzi em “As cem linguagens da criança” (EDWARDS, 2016), as coisas sobre as crianças e para as crianças só podem ser aprendidas com elas. Isso significa dizer, portanto, que precisamos olhar para as brincadeiras dos bebês e crianças como cenas inéditas de suas experiências e aprendizagens cotidianas a serem valorizadas como atos inerentes ao seu desejo. Afinal de contas, 

O interesse da criança por formas, sons, gestos, afazeres, cores, sabores, texturas, assim como suas perguntas sem fim, sua vontade de tudo agarrar e examinar, e seu amor às miniaturas que comportam o grande em menor tamanho, pode ser traduzido por um desejo de se intimidar com a vida. (PIORSKI, 2016, p.63)

        Consideramos assim, para a construção deste projeto com jogos e brincadeiras, os ricos registros que temos construído com os bebês do agrupamento ao longo deste primeiro semestre. Com isso, identificamos as cenas que narram seu cotidiano de brincadeiras, das brincadeiras que elas constroem no dia a dia por desejo próprio e de forma coletiva, e das brincadeiras que lhes são propostas como oportunidades privilegiadas, como citamos no início deste projeto. 

        Desse modo, considerando que o brincar atravessa as relações das crianças sobre o mundo, esse projeto nasce da necessidade de ampliar os espaços do brincar dos bebês do agrupamento. Para isso, consideramos os seus desejos apresentados nos contextos brincantes como ações de descobrir por si mesmo, ao encaixar, empilhar, amassar, lançar, jogar, colocar e tirar; bem como as ações que atravessam suas relações em grupo, como brincar de arrastar, pular, puxar, esticar, jogar, e outros movimentos de liberdade. 

        O grupo tem demonstrado um grande desejo por essas descobertas espontâneas, de caráter autônomo e singular, por isso, este projeto é uma oportunidade de ampliar suas pesquisas e descobertas, considerando a autonomia do brincar dos bebês e crianças. 

        

Objetivo Geral

        Os primeiros anos de vida da criança são marcados por uma constante busca de relações, nas quais os objetos, pessoas e o ambiente são interrogados, manipulados, sobre uma atitude interativa, juntamente com um processo de forte empatia (BARBOSA; HORN, 2008, p.72). No brincar, portanto, identificamos essas ações e podemos a ver ampliadas, de acordo com as ações realizadas pelos bebês e crianças. 

Considerando, pois, a autonomia dos bebês e crianças em suas atividades, este projeto tem como objetivo principal valorizar o brincar como algo próprio das crianças, oportunizando espaços privilegiados para que o brincar livre aconteça. A ideia é propor espaços em que os bebês possam realizar descobertas por si: ao observar, tocar, amassar, esticar, encaixar, rasgar, colocar, tirar, contar, sentir, cheirar, imaginar entre outros. 

        Deste objetivo geral, discorrem outros específicos:

  • Garantir o direito dos bebês e crianças de brincar, explorar, experimentar, participar, se expressar e se conhecer; 
  • Erradicar espaços na promoção do brincar e movimento livre; 
  • Observar, escolher e pesquisar mediante contextos investigativos do brincar; 
  • Valorizar as ações cotidianas dos bebês;
  • Oportunizar espaços de descoberta de novos conceitos e noções do espaço;
  • Permitir que os bebês e crianças conheçam novos objetos e tenha oportunidades diversas com um mesmo objeto;
  • Reconstruir o conceito de brincadeira amplamente considerado pela sociedade; 
  • Acolher as ideias dos bebês e crianças como ideias de grande valor cultural; 
  • Permitir que os bebês e crianças se expressem artisticamente, também como uma forma cultural de brincar; 
  • Valorizar a brincadeira com brinquedos heurísticos que permitem uma entrega total de investigação dos bebês e crianças;
  • Considerar a riqueza dos materiais heurísticos que permitem a descoberta dos bebês e crianças por si próprios;
  •  Brincar com brinquedos diversos (heurísticos e recicláveis) remontando as culturas infantis. 

As Propostas

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