Projeto - JOGANDO COM A MATEMÁTICA NO ENSINO MÉDIO
Por: Ana Carolina Silva • 27/3/2016 • Projeto de pesquisa • 2.791 Palavras (12 Páginas) • 3.802 Visualizações
UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL
INSTITUTO FEDERAL DO CEARÁ
JOGANDO COM A MATEMÁTICA NO ENSINO MÉDIO –
UMA ADAPTAÇÃO DA PROPOSTA DE ISABEL CRISTINA DE LARA.
ANA CAROLINA PEREIRA DA SILVA
TAUÁ-CEARÁ
2016
INTRODUÇÃO
A necessidade pedagógica constante de inovar no ensino e nas abordagens metodológicas exigem do professor uma desenvoltura notória além de planos com recursos adicionais que atraiam a atenção do educando para aula, para o conteúdo e para a metodologia aplicada com objetivos bem determinados de transmitir o conteúdo de forma satisfatória e promover interesse pelo mesmo.
Em conversa informal com professores é possível conhecer a realidade dos mesmos e ver que há um notório desinteresse dos educandos em relação aos estudos em especial da disciplina de matemática. Ou seja a medida que os educandos crescem e mudam de segmento de ensino o desinteresse aumenta e as notas e estimulo diminuem desafiando assim a prática docente dos professores.
As escolas de ensino médio travam uma batalha, contra o desinteresse, a evasão escolar e a busca por bons índices educacionais, tendo em vista a necessidade de se oferecer um ensino eficaz e satisfatório o referido projeto busca ensinar conteúdos de matemática através de jogos aplicados em sala de aula. Os jogos nesse sentido segundo Valle (2008, p. 97)
O jogo é integrador, ajuda a canalizar suas energias, propicia condições de libertação da fantasia, há sempre um caráter de novidade, o que é fundamental para despertar o interesse da criança e na medida em que joga, ela vai se conhecendo melhor, construindo interiormente o seu mundo.
Nesse sentido a proposta de jogos como intervenções pedagógicas, não tendem a substituir as atividades rotineiras, mas enriquecê-las, adquirindo o papel de atividades avaliativas, atividades de reforço ou atividades de quebra de rotina, a sugestão para a aplicação desses jogos devem basear-se em rotinas ou períodos previsto em plano de ação ou o mapa curricular da disciplina, esclarecendo sempre quais os objetivos e a metodologia de aplicação.
O projeto Jogando com a Matemática no Ensino Médio, baseado na obra Jogando com a Matemática do 6º ao 9º ano de Isabel Cristina Machado de Lara, licenciada em matemática, Mestre e Doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, atualmente realiza assessorias a escolas através de cursos de formação, minicursos w oficinas que têm como preocupação o ensino e a aprendizagem em matemática, defende em seu livro que o jogo deve ser tratado como uma estratégia de ensino aplicável não só para o desenvolvimento de habilidades cognitivas, como também, habilidades formativas, indispensáveis, hoje, para a constituição integral do/a aluno/a como um cidadão/ã do século XXI, usada assim como principal referencial teórico elabora propostas de intervenção de conteúdo usando os jogos presentes na obra como metodologia e adaptando-os sempre que necessário.
Por fim o projeto visa promover o ensino da matemática, de forma exitosa, promovendo disputas amistosas em sala de aula, interesse por meio da competitividade, respeito mútuo entre os alunos, momento de participação, aulas dinâmicas e acima de tudo ensino e aprendizagem coletiva, pois a medida que o jovem joga há um estimulo ao desenvolvimento mental, social e psicomotor.
OBJETIVOS
Objetivo Geral:
Promover o processo de ensino utilizando jogos lúdicos como recurso pedagógico em eventuais atividades, trabalhos ou dinâmica com o objetivo de reforçar ou aprofundar os estudos de um determinado conteúdo de matemática.
Objetivos Específicos:
- Sugerir a professor (a) regente de sala de aula que adote jogos em sua rotina de sala de aula;
- Apresentar ao professor (a) o livro Jogando com a Matemática do 6º ao 9º ano;
- Apresentar proposta de adaptação dos jogos-atividades contidos no livro para o ensino médio como: mudança de conteúdo, mudança de questões problemas;
- Seguir as metodologias propostas no livro modificando apenas os conteúdos e as questões problemas, adaptando-as para a realidade da turma;
- Propor uma interdisciplinaridade entre o professor de Matemática e o professor da disciplina de Arte e Educação, para que os alunos possam construir seus próprios tabuleiros e peças dos jogos;
- Promover o processo de ensino e aprendizagem por meio de momentos de descontração, e competitividade harmoniosa dentro de sala de aula;
- Testar um modelo de estudo da matemática que fuja do tradicionalismo com objetivos bem específicos e determinados no plano de aula;
- Enriquecer as aulas de matemáticas com atividades em formato de jogos;
- Aproximar os conteúdos de matemática da realidade do educando por meio dos jogos.
JUSTIFICATIVA
O desinteresse dos jovens pelo estudo da disciplina de matemática é notório, os índices educacionais mostram o resultado do Ideb do ensino médio que se manteve em 3,7. A rede estadual – responsável por 97% das matrículas da rede pública – registrou o mesmo índice de 2011 (3,4), assim como a rede federal (5,6). A rede privada apresentou queda, passando de 5,7 para 5,4. O Ideb é um índice obtido pelas notas do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e pela taxa média de aprovação percentual.
Certamente os resultados apresentados e divulgados são resultantes de um conjunto de fatores assim como o desinteresse por parte dos alunos, desvios de comportamento, deficiência em aprender o que é ensinado, por parte do professor, metodologia ineficaz, falta de recursos, aulas monótonas entre outros fatores relatados por professores e situações adversas ocorridas.
Nesse sentido o professor tem o papel fundamental no processo de ensino e aprendizagem sua metodologia somada aos recursos escolhidos são significativos no êxito de uma aula e na aprendizagem satisfatória dos educandos. Agregar a rotina escolar novas estratégias é inviável uma vez que o professor tem autonomia de planejar suas aulas e solicitar o apoio do coordenador pedagógico e da escola como um todo na execução de atividades atípicas é nesse contexto que a aplicação de jogos como atividades intensificadoras podem surgir dentro das salas de aula do ensino médio, para serem aplicadas e consequentemente analisadas como exitosas ou não.
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