Projeto de estágio curricular: A Música no Desenvolvimento da Linguagem
Por: carlaconce • 12/6/2018 • Projeto de pesquisa • 2.422 Palavras (10 Páginas) • 320 Visualizações
Universidade Estadual do Rio Grande do Sul
Pedagogia- licenciatura
VI semestre
Projeto de estágio curricular:
A Música no Desenvolvimento da Linguagem
Acadêmica: Carla Conceição da Silva
Turma: Berçário
Duração: 10 dias
Escola: ABC
Professora regente: Adriana
CIDREIRA
2010
Tema:
O Desenvolvimento da Linguagem
Temática:
A música no desenvolvimento da linguagem
Objetivo Geral:
Estimular o desenvolvimento integral da criança no ambiente escolar, com atividades que envolvam movimento e uma linguagem afetiva, oral e gestual proporcionando o contato físico prazeroso entre o bebê e o educador. .
Objetivos Específicos:
-Estimular o desenvolvimento da linguagem juntamente com as outras áreas do conhecimento;
-Facilitar o contato físico e afetivo do bebê com a utilização da música;
-Estimular hábitos diários através da rotina e da musicalidade;
-Oportunizar o desenvolvimento de habilidade que levem a autonomia no brincar.
Justificativa:
Este projeto surgiu a partir da observação e interação com crianças do berçario de uma escola Particular de educação infantil do município de Cidreira , onde se percebeu que por meio da linguagem corporal, os bebês conseguem relacionar-se com os que os rodeiam ainda que não saibam falar. Graças a essas mensagens sem palavras, conseguem com que seus cuidadores possam compreender o que acontece com eles e, dessa maneira, satisfaçam suas necessidades.
Os sons que uma criança produz antes de 10 ou 12 meses de idade, quando ela fala suas primeiras palavras, não são realmente uma linguagem. Os linguístas denominam esse período de fase pré- linguística. Nessa fase o desenvolvimento parece ocorrer em estágios não muito delimitados. Mas, embora as crianças variem muito na idade em que passam de um estágio para o outro, a sequência parece ser a mesma para a maioria, senão para todas as crianças.
Visto que a música está presente em todos os momentos da rotina da educação infantil, e que este elemento pode contribuir com a aprendizagem favorecendo o desenvolvimento cognitivo/linguístico, psicomotor e sócio- afetivo da criança justifica-se esse projeto.
Referencial Teórico:
A Educação Infantil é a primeira etapa da Educação Básica, segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96), tendo como finalidade o desenvolvimento integral de crianças de zero a seis anos em creches e pré-escolas, compreendendo os aspectos físicos, emocionais, afetivos, cognitivos e sociais. De acordo com os Referenciais Curriculares Nacionais de Educação Infantil (1998), está designado às creches o atendimento para crianças de zero a três anos, podendo se estender até quatro anos e meio em alguns municípios, se assim for necessário.
As referências históricas da creche são unânimes em afirmar que ela foi criada para cuidar de crianças pequenas, cujas mães saiam para trabalhar. A Revolução Industrial, no século XVIII, na Europa, deu partida ao emprego da mão-de-obra feminina, transformando e alterando assim a maneira de cuidar e educar as crianças. Como os homens também trabalhavam em indústrias têxteis, as crianças pequenas acabavam ficando em casa sozinhas. Assim ocorreram: mortalidade infantil elevada, desnutrição e acidentes domésticos, o que começou a despertar atenção e sentimentos piedosos de religiosos, educadores e empresários.
Os fatores históricos, sociais e econômicos determinavam as características do modelo tradicional da creche. "Enquanto as famílias abastadas pagavam uma babá, os pobres se viam na contingência de deixar os filhos (...) numa instituição que deles cuidasse. (.) Tinha que zelar pela saúde, ensinar hábitos de higiene e alimentar a criança. A educação permanecia assunto da família." (Didonet, 1993). Isto determinou a compreensão de creche para crianças pobres bem como o seu caráter assistencialista.
A característica assistencialista da creche é hoje em dia ainda muito forte , muito presente em algumas instituições e na consciência de muitas pessoas. Noutras há objetivos educacionais explícitos como proposta pedagógica fundamentada nas ciências pertinentes e com profissionais qualificados.
Cuidado e educação são assuntos polêmicos, não há como separá-los em um ambiente como a creche, "ao cuidar ou descuidar do outro, estamos colocando-o em certa posição, dando-lhes certos sentidos, os quais contribuem para construí-lo como pessoa." (Rossetti-Ferreira, 2003, p. 10). Quando a criança é alimentada, precisa tomar banho, dormir ou ser medicada, são situações que soam como mero assistencialismo, requerendo uma dinâmica um tanto mecânica e prática vista por alguns como pouco importante; no entanto, são nesses momentos em que se instiga a criança a ser autônoma, responsável, ativa, interagindo com os demais. É a identidade da criança que está se formando, e as atividades diárias são participantes deste processo, pois muito da cultura do grupo é transmitida nesses momentos.
"É com o olhar do outro que nos comunicamos com nosso próprio interior. Tudo o que diz respeito a mim chega a minha consciência mediante a palavra dos outros, com sua entonação valorativa e emocional. Do mesmo modo como o corpo da criança inicialmente se forma no interior do corpo da mãe, a consciência do homem desperta a si própria envolvida na consciência alheia (Oliveira apud Backtin, 1985, p. 27).
Durante o acolhimento de uma criança há interação verbal, onde o educador expressa através da fala palavras que possam trazer à criança um sentimento de conforto, compreensão. A linguagem, a interação entre sujeitos através da fala em qualquer momento dentro da creche, está vinculada a questões educacionais.
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