Projeto indisciplina
Por: Marta Aparecida Merge • 27/4/2016 • Projeto de pesquisa • 1.316 Palavras (6 Páginas) • 715 Visualizações
INSTITUTO TAQUARITINGUENSE DE ENSINO SUPERIOR “DR. ARISTIDES DE CARVALHO SCHLOBACH” - ITES
CURSO DE PEDAGOGIA
INDISCIPLINA NA ESCOLA
MARTA APARECIDA MERGE
Nº DE MATRÍCULA: 2014200429
TAQUARITINGA – SP[pic 1]
JUNHO DE 2015[pic 2]
MARTA APARECIDA MERGE
INDISCIPLINA NA ESCOLA
Pré-projeto da Faculdades ITES do curso de Pedagogia como requisito básico para a conclusão da Disciplina Seminário de Pesquisa
ORIENTADOR (A) NATALIA MARIA CASAGRANDE
TAQUARITINGA –SP
2015[pic 3]
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
2. JUSTIFICATIVA
3. OBJETIVO
3.1. OBJETIVO ESPECIFICO
4. METODOLOGIA
5. CRONOGRAMA
6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
INTRODUÇÃO
A indisciplina na sala de aula vem sendo um fator bastante preocupante e discutido não somente em salas, mas também entre famílias e a mídia.
Segundo Carvalho e Rodrigues (apud Aquino, 1996, pág. 40) Um aluno indisciplinado se rebela, não acata, nem se submete, nem tão pouco se acomoda, provocando dentro da sala de aula um desrespeito e questionamentos, é a incapacidade de se ajustar ás normas e padrões explícitos pela escola, como cita Aquino: O ensino teria como um de seus obstáculos centrais a conduta desordenada dos alunos, traduzida em termos como: bagunça, tumulto, falta de limites, maus comportamentos, desrespeito ás figuras de autoridade etc.
Sendo assim, a necessidade de se compreender e entender as principais causas e consequências dessa indisciplina é de extrema importância para a implantação de medidas efetivas para combater esse problema.
Mas porque será que essa indisciplina vem aumentando cada vez mais?
É necessário levar em consideração diversos fatores, como a família que muitas vezes é desestruturada, a educação que não é a mesma de antigamente, a falta de interesse dos alunos pelos estudos, e principalmente o fato de que o ambiente escolar atual não é o mesmo de anos atrás.
Segundo Oliveira (2009 apud Aquino 1996, p. 43) afirma que em uma “suposta educação de antigamente” as relações escolares eram permeadas por medo, coação e até mesmo uma subserviência, o que demonstra que essas relações eram determinadas em termos de obediência e subordinação.
Para entender melhor o que é indisciplina, é necessário levar em conta o que é disciplina. De fato a indisciplina não começou hoje ou ontem, na verdade sempre existiu, mas era retratada de outra forma. É possível observar isso no trecho de intitulado Recommendações Disciplinares de (1922):
Não há creanças refractarias á disciplina, mas somente alummnos ainda não disciplinados. A disciplina é factor essencial do aproveitamento de alumnos e indispensável ao homem civilisado. Mantêm a disciplina, mais do que rigor, a força moral do mestre e o seu cuidado em trazer constantemente as creanças interessadas em algum assumpto útil. Aquino 1996 (apud Moraes, 1922, pp. 9-10)
O trecho acima é bem antigo e é escrito de forma ortográfica diferente da atual, diferenciando a época que foi redigido. Antigamente o professor era visto como autoritário, que sabia mais, que tinha o poder da palavra, e o aluno aquele que devia apenas ouvir e seguir as regras impostas.
Segundo Benetti e Costa (2008 apud Saviani, 2005, p. 118), até mesmo a forma com que eram organizadas as carteiras em sala de aula, tinha a ver com esse autoritarismo onde o poder é centralizado no professor. “São fixas e voltadas para um determinado ponto onde se encontra o professor (...) por isso é uma sala silenciosa, de paredes opacas”.
É importante ressaltar também que o ensino de antigamente não era destinado a todas as classes sociais. Apenas quem tinha melhores condições financeiras conseguiam ter acesso aos estudos.
A partir dos anos 70 que a escolaridade básica de 8 anos passou a ser uma conquista social. Segundo Aquino (1996 p.44) a qualidade de ensino, principalmente público teria decaído pelo simples fato de ter – se expandido para outras camadas sociais. O que mostra o despreparo da escola em receber com os mesmos valores um novo sujeito.
Segundo Aquino (1996) um dos fatores iniciais da indisciplina seria o fato da escola ser idealizada para um determinado sujeito mais ocupada por outro, fazendo com que assim o modelo autoritário se rompesse e desse espaço para um modelo menos elitista e conservador.
O fato é que é necessário a disciplina, mas será que ela deve ser tratada de uma forma tão rigorosa que apenas o professor possa dar a última palavra e o aluno não possa ter opinião, se manifestar?
La Taille (1996) afirma que, (...) crianças precisam sim aderir regras e estas somente podem vir de seus educadores, pais ou professores. Os limites implicados por estas regras não devem ser apenas interpretados no sentido negativo: o que não poderia ser feito ou ultrapassado. Deve também ser entendido o seu sentido positivo: o limite situa, dá consciência de posição ocupada dentro de algum espaço social – a família, e a escola como um todo Moraes e Ferreira (2011 apud La Taille, 1996 p.9).
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