Projeto politico pedagogico

Repensando a gestão da Escola Pública: Tendência para uma organização autônoma

A questão da autonomia é de extrema importância, pois não há democracia, sem que o sujeito tenha primeiro conquistado sua autonomia.

A Constituição Federal de 1988 estabelece no campo da educação “a gestão democrática do ensino publico”, como um dos princípios básicos, considerando fundamento constitucional da autonomia da escola.

Como definido pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei nº 9.394 de 1996), a Gestão Escolar inclui além da parte administrativa e financeira, o planejamento e a elaboração do Projeto Político-Pedagógico em parceria com a comunidade escolar. O tema gestão ocupa boa parte das propostas de melhoria da escola publica e ao final do século XX, os termos gestão e gerência passaram a fazer parte do vocabulário dos educadores comprometidos com uma educação emancipadora.

Gestão Educacional pressupõe hoje, a participação dos sujeitos que compõem a escola. A gestão democrática da educação envolve transparência, impessoalidade, autonomia, participação, liderança, trabalho coletivo, representatividade e competência. É uma gestão de autoridade compartilhada. Se aplica não só aos gestores das escolas, como também

os gestores da administração central dos sistemas públicos de ensino.

O principal foco que reside na autonomia da escola seja considerado um grande desafio a sua fomentação, encontra-se em estágios de areanços direferênciados.

Autonomia escolar requer uma profunda mudança que reposiciona a escola e o Estado no provimento da educação publica dentro dos princípios de equidade, eficiência e responsabilidades pelos resultados, essa ação de autonomia se exerce sempre num contexto de interdependência e num sistema de relações, exprimindo sempre certo grau de relatividade: pode-se dizer autônomo em relação a umas coisas e não o ser em relação à outra. Se constrói na inter-relação em busca de sua própria identidade, onde os diversos fatores interagem entre si.

Para Gadotti e Romão (2004), a essência da autonomia da escola passa pela criação de novas relações sociais, opondo-se à uniformização. Escola autônoma não significa escola isolada, mas em constante intercâmbio com a sociedade e com seu sistema de ensino, deve nascer primeiro do desejo dos que ali atuam e ser confirmada pelo ideal de luta, é o resultado de um processo, de um movimento que implica esforço e exercício do poder, não se mantém sem uma atuação ativa do sujeito.

Na dimensão pedagógica, o foco deve ser a essência da atividade educacional de forma integrada às demais dimensões, construindo-se como referência. O

principal objetivo é trazer para o espaço da escola a reflexão por um ensino de qualidade e o seu desempenho. Para que ocorra verdadeira educação na escola é preciso que haja autonomia pedagógica e para que haja essa autonomia, será necessária a autonomia administrativa juntamente com a gestão financeira é o processo construído coletivamente exigindo muita participação, empenho e responsabilidade dos seus fatores nos acertos e erros das decisões tomadas.

O Projeto Pedagógico é fundamental para que a equipe gestora possa ao mobilizar e envolver as pessoas,