Quais os limites do indutivismo?

Introdução

O método indutivo, assim como o cientifico procura padrões nos acontecimentos naturais para criar proposições singulares e dessas generalizar proposições cada vez mais superiores, até chegar em uma hipótese universal para determinados fenômenos da natureza que pode ser alterada com o tempo, diferente do método dedutivo que apenas procura fatores para defender algo que já é considerado verdade. Ou seja, o método indutivo se baseia nas experiencias, enquanto o dedutivo se baseia apenas na racionalidade de uma verdade já pressuposta.

Porém, por ser um método que se baseia apenas nas experiencias humanas, a indução tem suas limitações, assim como foi dito por David Hume.

Desenvolvimento

O iluminismo no método cientifico.

A ‘era das luzes’ marcou como o primeiro momento de gloria da ciência. O método cientifico floresceu nesse momento do século XVIII em que os filósofos acreditavam que a ciência faria a humanidade chegar em seu maior momento de harmonia, os filósofos naturais passaram a usar principalmente o método cientifico para descrever os fenômenos naturais e filosóficos, diferente dos filósofos da antiguidade como Copérnico e Platão que acreditavam que o conhecimento do mundo poderia ser racionalizado de forma inata.

Os conhecimentos de Francis Bacon (Século XVII) foram muito utilizados nessa época, pois ele foi um dos filósofos naturais pioneiros do método cientifico, o usando antes mesmo do iluminismo para descrever os fenômenos da natureza. Segundo ele, o filósofo natural deveria observar a natureza e então, com seus resultados obtidos através da experiência, chegaria a certas proposições singulares e dessas iria generalizando a proposições cada vez mais superiores até que se chegasse às proposições universais.

Os filósofos dessa era passaram a sistematizar os fenômenos da natureza para criar proposições universais que saciariam as dúvidas de determinados assuntos até que alguém provasse o contrário.

O indutivismo

O raciocínio indutivo é puramente logico e consiste em tentar convencer que uma hipótese é válida usando a repetição de fenômenos naturais que comprovem que a tese não é errônea. Logo, segundo Chalmers, podemos enumerar regras para que o processo indutivo seja válido:

1. o número de proposições de observação que forma a base de uma generalização deve ser grande;

2. as observações devem ser repetidas sob uma ampla variedade de condições;

3. nenhuma proposição de observação deve conflitar com a lei universal derivada.

Essas condições consistem do conceito do ‘indutivista ingênuo’ criado por Chalmers, em que o observador deve considerar essas regras e observar os fenômenos de forma totalmente imparcial e sem preconceitos, para que assim as proposições não sejam distorcidas de acordo com quem as cria.

Os limites do indutivismo

Seguindo o raciocínio acima, o método indutivista tem seus limites