RACISMO, PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO NA EDUCAÇÃO
Por: Sansil81 • 17/5/2016 • Trabalho acadêmico • 2.560 Palavras (11 Páginas) • 690 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
ACIEPE: SOCIEDADE, EDUCAÇÃO E RELAÇÃO ÉTNICO-RACIAIS
RACISMO, PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO NA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
ACIEPE: SOCIEDADE, EDUCAÇÃO E RELAÇÃO ÉTNICO-RACIAIS
RACISMO, PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO NA EDUCAÇÃO
Texto expositivo argumentativo sobre
Racismo, Preconceito e Discriminação na Educação. Percorrendo o eixo da formação identitária da criança negra.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
ACIEPE: SOCIEDADE, EDUCAÇÃO E RELAÇÃO ÉTNICO-RACIAIS
RACISMO, PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO NA EDUCAÇÃO
Texto expositivo argumentativo sobre
Racismo, Preconceito e Discriminação na Educação. Percorrendo o eixo da formação identitária da criança negra.
Atividade desenvolvida pela ACIEPE: Sociedade, Educação e Relações Étnico-Raciais, sob docência do doutor Manoel Nelito Nascimento,
do curso de Licenciatura em Pedagogia, noturno,
pela Universidade Federal de São Carlos.
Discente:
Viviane dos Santos Silva – RA: 638692
viviane.sansil81@gmail.com
São Carlos, 25 de Novembro de 2015.
SUMÁRIO
4 Introdução
O Racismo, Preconceito e Discriminação na Educação, percorrendo e influenciando de forma direta e impactante a formação identitária da criança negra
5 Nódoas históricas na atualidade de nossas crianças negras
8 Considerações Finais
Como transformar essa realidade?
10 Referências
INTRODUÇÃO
...temos o direito a ser iguais quando a nossa diferença nos inferioriza; e temos o direito a ser diferentes quando a nossa igualdade nos descaracteriza. Daí a necessidade de uma igualdade que reconheça as diferenças e de uma diferença que não produza, alimente ou reproduza as desigualdades.
Boaventura de Souza Santos (2003, p.56)
O Racismo, Preconceito e Discriminação na Educação, percorre e influencia de forma direta e impactante a formação identitária da criança negra. Sob esse ponto de vista, destaco a história sociocultural das crianças, principalmente as negras, que são vulnerabilizadas sob o olhar eurocêntrico e meritocrático da sociedade que superioriza o dominador, inferioriza e estilhaça a história e a cultura do dominado.
O negro, diante da homogeneidade padronizada do homem branco socioeconomicamente melhor estruturado, nunca é neutralizado na construção e reprodução negativa de segregação de estereótipos, ele é na maioria das vezes o “elemento” usado para comparação, mas sempre do lado ruim, feio, incapaz, e até mesmo, não humano. As mídias de massa e a escola, televisão, revistas, materiais didáticos, entre outras instituições e meios de comunicação reforçam e reproduzem esse conceito na tentativa de vender ideias que impregnam e pioram essa nódoa histórica na atualidade de nossas crianças negras em uma sociedade, que por sua vez, não modifica ou transforma, só reproduz.
Palavras-chave: Racismo + Preconceito + Educação + Étnico-Racial + Identidade
Nódoas históricas na atualidade de nossas crianças negras
Desde sempre, as crianças, principalmente as negras, ouvem que pessoas de pele branca, cabelos lisos e olhos azuis ou verdes são melhores, tanto em relação ao caráter, como em capacidade intelectual. O negro nunca é neutralizado nesta construção e reprodução negativa de segregação de estereótipos, ele é na maioria das vezes o “elemento” usado para comparação, mas sempre do lado ruim, feio, incapaz, e até mesmo, não humano. As mídias de massa e a escola, televisão, revistas, materiais didáticos, entre outras instituições e meios de comunicação reforçam e reproduzem esse conceito na tentativa de vender produtos ou ideias, colocando o padrão eurocêntrico como o ideal de melhor e, a sociedade, por sua vez, se impregna desse pensamento e o reproduz.
As crianças têm internalizado desde cedo essa construção, principalmente as crianças negras que se apontam como ruins e incapazes, e, no decorrer de suas vidas, não se aceitam, buscam um padrão estético embranquecido e pior, não tem estímulos que as façam sair de uma realidade de exclusão de acesso à educação, até que se desinteressam e abandonam os estudos por não se sentirem capazes, uma vez que até na escola seus amigos brancos são evidenciados como os mais inteligentes, os melhores. Conforme afirma, Ana Célia da Silva:
(…) a pior das consequências da ação do estereótipo é a autorrejeição e a rejeição ao seu outro igual, é esse ódio contra si próprio que a ideologia coloca no oprimido, um tipo indicioso de inferiorização que resulta em desagregação individual e desmobilização coletiva.
A nossa realidade reproduz esse padrão cotidianamente de forma tão sutil que torna escancarado. Mas há uma grande parte dessa sociedade que demonstra sua crueldade, não apenas com discursos e atitudes de racismo e preconceito, mas também tolhendo, excluindo e evitando que o negro faça parte dos processos, contribuições e desenvolvimento sociais, não lhe dando acesso à educação, saúde, emprego igualitário e, que ao mesmo tempo, respeite suas diferenças e historicidade.
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