RESENHA - PLT LIBRAS
Por: Katia_14 • 14/9/2015 • Resenha • 1.350 Palavras (6 Páginas) • 2.485 Visualizações
AC-F3 – RELATÓRIO OU RESUMO DE ATIVIDADE COMPLEMENTAR
Nome Completo: KATIA | RA: |
E-mail: | DATA: 01 / 11 /2014 |
Curso: Pedagogia EAD | Série: Segundo Semestre |
RELATÓRIO OU RESUMO REFERENTE À ATIVIDADE DESENVOLVIDA
RESENHA: PLT: LIBRAS – Conhecimentos Além dos Sinais.
Autores: Daniel Choi, Maria Cristina Da Cunha Pereira, Maria Inês Vieira, Priscila Gaspar, Ricardo Nakasato
O livro procura abordar um pouco sobre o que é Libras, e como se configurou como Língua Brasileira de Sinais da comunidade surda, do seu reconhecimento por lei e das lutas movidas até hoje pelos surdos para garantirem seus direitos de cidadãos e terem sua identidade reconhecida e respeitada, através do processo de inclusão.
Na Grécia antiga, os surdos eram considerados aqueles desprovidos de razão e da perfeição, aqueles que não poderiam ser educados, e, portanto deveriam ser aniquilados da sociedade. Em Roma, também, os surdos tinham uma vida muito difícil e não tinham direito a nada, portanto, as crianças que nascessem com algum defeito eram jogadas ao rio Tibre e eliminadas também.
A partir do Código Justiniano, estabeleceu que os surdos que não falassem, não teriam direitos a herdar fortunas, ter propriedades, ou escrever testamentos, no entanto, os surdos que pudessem falar teriam alguns direitos básicos reconhecidos como: direito a vida, direito de constituir matrimônio, direito de ter propriedades e receber heranças. Porém teriam que se orallizar.
Na verdade o Código Justiniano estava mais preocupado com os bens desse surdo do que seu bem social. E nesse contexto, entra o Assitencialismo, que retratou a questão da Igreja acolher, não só os surdos, mas todas as pessoas que tinham algum tipo de deficiência, para serem cuidados. E foi durante esse assistencialismo que as pessoas da Igreja começaram a observar os surdos e viram que eles possuíam suas formas de se comunicar e tinham grande potencial, iniciando-se assim a educação para surdos, sendo os clérigos os primeiros educadores.
E foi o abade L’Epée quem aprendeu a comunicação por sinais e tornou a educação para surdos em um ensino coletivo e publico, recebendo dessa forma todos os surdos que se interessassem em aprender. E este foi um momento muito importante na história da educação de surdos, utilizando o método visual. Após aprenderem, muitos surdos se tornaram educadores e se espalharam pelo mundo para difundir esse
método.
O método oral e o método visual viviam sempre em grandes embates, onde cada qual defendia sua tese, porém, a língua de sinais era a preferida pelo público surdo. Mas, a partir do Congresso de Milão, os surdos tiveram seu momento de luto, pois foi estabelecido que o método oral seria o melhor método, já que os surdos foram excluídos dessa votação, e isto levou a demissão de todos os professores surdos, uma vez que eles utilizavam o método visual. Tudo isto trouxe consequências muito negativas no desenvolvimento educacional e linguístico dos surdos.
Apesar de ser proibida na educação, a língua de sinais sobreviveu devido ao fato de que, muitos pais surdos tiveram filhos surdos e passavam a língua de sinais para eles, consequentemente essas crianças na escola e outros lugares, acabavam passando essa língua para os amigos, mantendo assim a língua de sinais sempre viva dentro da comunidade surda.
Após vários conflitos sobre a língua de sinais, surgiu a comunicação total, que estava mais preocupada em criar uma comunicação efetiva, baseada na escrita, oralidade, sinais, gestos, desenhos. Porém, esse método não conseguiu satisfazer as necessidades da comunidade e surgiu, então, o bilinguismo, que reconhece a língua de sinais como a primeira língua ( L1) e a língua nativa como segunda língua ( L2), e o surdo passou a ser visto como bilíngue, e a surdez como uma diferença linguística e não como uma deficiência.
A língua de sinais sempre esteve rodeado por vários mitos, e o principal foi achar que a língua de sinais é universal. Mas, diante de todos esses mitos, uma certeza que temos é a de que a criança surda tem que manter contato com outros surdos, principalmente adultos surdos, para que dessa forma construa sua identidade, buscar uma cultura em comum e partilhar momentos de experiências em comum. As crianças surdas necessitam também de ter o acesso a LIBRAS primeiramente para que desenvolvam uma língua convencionalizada na identidade surda, na qual possam se identificar como uma pessoa com diferença linguística e não como um deficiente, e entender que ele pode sim ser capaz de realizar todas as coisas assim como um ouvinte.
O livro traz assuntos sobre algumas especificidades da surdez, para que nós ouvintes possamos ao menos conhecer um pouquinho do que seria o universo dos surdos e como funciona a sua comunicação. Traz especificidades como a cultura surda, o símbolo da identidade, a LIBRAS como meio de interação social para a maioria dos surdos, pois, através dela que se tem conhecimento do mundo em geral.
Estudamos a maneira de se abordar um surdo, de como se dá
inicialmente a comunicação com eles, e também que todos os surdos são batizados com um sinal que os irá diferenciar uns dos outros. Estes sinais são baseados em características físicas, costumes, comportamentos ou uso constantes de objetos; geralmente são dados por pessoas que possuem a figura de autoridade dentro de uma comunidade e não podem ser mudados, uma vez que estabelecidos permanecem para sempre.
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