RESUMO: ESTUDO BIOQUÍMICO DOS EFEITOS DO MEXITIL EM MITOCÔNDRIA
Por: Tergyla cristina • 25/3/2020 • Trabalho acadêmico • 2.938 Palavras (12 Páginas) • 257 Visualizações
[pic 1]
RESUMO: ESTUDO BIOQUÍMICO DOS EFEITOS DO MEXITIL EM MITOCÔNDRIA
Cruzeiro do Sul – AC
2019
ALINE
BRENO MATIAS
CARLISANGELA MARI SOUZA SILVA
ELIAS DOS SANTOS SILVA
GRACIETE
JARDILENE BRAGA DE QUEIROZ
JONH FABRICIO
Trabalho referente a disciplina de Bioquímica, submetido a UNIPLAN – Centro Educacional Campos Cruzeiro do Sul, como requisito para obtenção de nota parcial do 1º semestre de 2019.
Orientadora: Victor
Cruzeiro do Sul – AC
2019
RESUMO: Estudo Bioquímico dos Efeitos do Mexitil em Mitocôndria
O Mexitil (Mexiletine hidroclorídrico) ou 1-metil-2-(2,6-xililoxi) -etil-amina hidroclorldrico, droga sintetizada e comercializada pelo Laboratório Boehringer-Ingelheim sob o código Kõ 1173, ê uma amina aromática com peso molecular de 215,73.
O Mexitil é usado com relativo sucesso no tratamento de arritmias ventriculares crônicas, arritmias ventriculares associadas com enfarte do miocárdio e taquicardia ventricular recurrente. A sua administração oral mostrou-se significativamente efetiva no combate de anormalidades específicas, incluindo batimentos ectôpicos (uni ou multifocais), taquicardia ventricular,"flutter" e fibrilação. Em alguns casos, arritmias ventriculares crônicas também podem ser controla das (OHASHI, 1984 MEHTA e CONTI, 1982). 0 Mexitil vem sendo usado com sucesso nas heras que sucedem ao enfarte agudo do miocárdio (HALINEN,1984) juntamente com ou logo apôs a aplicação de outros antiarrítmicos (DUFF et al., 1983), ou quando os últimos falham (WASPE et al.,1983; SINGH, 1984; SOEOL, 1984).
Ao nível celular, o Mexitil provoca um decréscimo da velocidade de ascensão da fase 0 do potencial de ação agindo diretamente sobre o componente rápido (influxo de íons sódio para o interior da fibra cardíaca) bem como diminuindo a sua amplitude e duração. Ele também reduz a média de disparos do marca-passo ventricular, deslocando a voltagem limiar de uma maneira similar â quinidina (WELD et al., 1979).
O Mexitil pode ser administrado oral ou intravenosamente. No caso da administração oral, a sua absorção é boa, com aproveitamento sistêmico de aproximadamente noventa por cento (PRESCOT et al., 1977). Ê eliminado primariamente pelas vias metabólicas, sendo menos de 10% eliminado sem alteração pela urina (PRESCOT et al., 1977), enquanto cerca de 75% liga-se a proteínas plasmáticas (TALBOT et al., 1977). A sua eliminação ê mais rápida quando a urina ê tornada mais ácida, e mais lenta quando ela ê alcalinizada.
Mitocôndrias de coração de rato foram isoladas segundo método descrito por VOSS et al. (1961), usando-se o sistema de extração como segue: D-manitol 0,2M, sacarose 0,075M, Tris-HCl (pH 7,4) 5mM e EDTA lmM. Ratos brancos Wistar foram decapitados, seus corações removidos e depois lavados no sistema de reação gelado. A seguir foram picados com tesoura e homogeneizados em homogeneizador Van Potter-Elvehjem, usando-se três tipos de pistilo em ordem crescente de diâmetro. O homogenado obtido foi submetido a centrifugação a 800xg por 10 minutos, a 4°G, em centrífuga refrigerada Beckman J-21B.
Mitocôndrias de coração de rato foram obtidas segundo o método de VOSS et al. (1961), descrito anteriormente, com a diferença de que as duas últimas lavagens foram feitas com o seguinte sistema: sacarose 0,24M, Tris-HCl (pH 6,9) 0,01M. O sedimento final obtido foi também suspenso neste sistema.
Mitocôndrias de coração de rato foram obtidas segundo método descrito por MUSTAFA et al. (1966), com peque nas modificações. O procedimento é igual ao de VOSS et al. (1961), â diferença que, o sistema de extração usado em to das as etapas era constituído por: sacarose 0,33M, EDTA lmM e Hepes-HCl (pH 7,5) 2mM. Mitocôndrias intactas, obtidas segundo o método de VOSS et al. (1961) - já descrito -, foram congeladas a -15°C por pelo menos 12 horas, descongeladas à temperatura ambiente e conservadas a 0°C para ensaio. As frações de membrana resultantes apresentaram todos os componentes da cadeia respiratória com atividade satisfatória. Nenhuma ali quota da extração inicial foi ensaiada após um prazo de 4 (quatro) dias de congelamento.
O consumo de oxigênio por mitocôndrias intactas, foi determinado em eletródio de oxigênio modelo Rank - Brothers (Cambridge - England), acoplado a registrador RectiRiter (Texas Instruments Incorporated), segundo método de VOSS et al. (1963). O sistema de reação, também segundo VOSS et al. (1963), constava de: tampão fosfato (pH 7,4) 5mM, EDTA 0,2mM, KC1 lOmM e D-manitol 250mM, TrisHC1 (pH 7,4) 10mM. Este sistema era ainda suplementado ora com glutamato de sódio 15mM, ora com succinato de sódio 7mM, ou então com a-cetoglutarato de sódio 15mM, além da suplementação adequada de ADP 0,8mM.
O coeficiente de controle respiratório (RC), foi calculado fazendo-se a razão entre a velocidade de consumo de 0 em presença do ADP (estado III) e a velocidade respiratória apôs todo o ADP ter sido consumido (estado IV). A relação ADP:0 foi obtida segundo CHANCE e WILLIAMS (1955), fazendo-se a razão entre nmoles de ADP consumidos durante o estado III e nmoles de O consumidos no mesmo estado.
A atividade ATPãsica (ATP fosfohidrolase E C 3. 6.1.3) em mitocôndrias intactas, foi determinada segundo método descrito por PULLMAN et al. (1960), cujo sistema de reação é constituído de: sacarose 50mM, Tris HCl (pH 7,4)12mM, KC1 50mM e proteína mitocondrial 2mg, num volume final de lml. A reação foi iniciada pela adição de ATP numa molaridade final de 3mM e interrompida com TCA 0,12%, após 10 mi_ nutos de agitação constante a 30°C em banho-maria termostatizado.
A atividade ATPãsica em mitocôndrias rompidas por congelamento, foi determinada medindo-se a liberação do fosfato inorgânico a partir da hidrólise do ATP, na presença de um regenerador de ATP, segundo método descrito por PUL LMAiSÍ et al. (1960). O sistema de reação, num volume final de lrnl, era constituído por: Tris-HCl (pH 8,4) 50mM, MgSC>4 3mM, PEP 2,5mM, piruvato quinase 3 unidades (uma unidade de piruvato quinase converte lymol de PEP a piruvato em um minuto, a 37°C e a pH 7,6) e lOOyg de proteína mitocondrial, na presença e na ausência da droga. A reação, foi iniciada com a adição do ATP numa molaridade final de 4mM e bloqueada, depois de 10 minutos, com TCA 0,1%. Toda a reação foi levada a cabo a uma temperatura constante de 30°C em banho-maria termostatizado e com agitação constante.
...