Relato de experiencia

                                                                                                                                           

UNIVERSIDADE DE UBERABA

VANESSA SANTOS ALVES BRAZ

TRABALHO CONSTRUÇÃO APRENDIZAGEM

CARIACICA

2015

VANESSA SANTOS ALVES BRAZ

RELATO DE EXPERIÊNCIA

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CARIACICA

2015

INTRODUÇÃO

 O presente relato foi elaborado a partir de uma entrevista feita a uma professora que atua em um CMEI da Prefeitura Municipal de Cariacica – ES.

Realizei a entrevista com essa profissional e fiz um relato a partir da experiência vivida por ela e por considerar um fato intenso e profundo.

Devido às condições de vida dos cidadãos e comunidade nós profissionais da educação estamos sujeitos a enfrentar essa triste realidade.

RELATO

Em uma semana normal de aula, certo dia a avó de uma criança, chega a escola relatando que sua neta chegou em casa dizendo que havia sido molestada por um coleguinha no banheiro da escola, muito agressiva está avó, chega a escola falando palavras grotescas à professora, dizendo como pode acontecer algo e a professora não ter visto ou observado.

Calmamente a professora se dirigiu a avó dizendo que o caso seria encaminhado à pedagoga da escola, pois no banheiro da escola existem monitores que acompanham os alunos e que a avó poderia se direcionar até a mesma. No dia seguinte a professora foi agredida verbalmente pela tia da criança com palavras de preconceitos e de baixo calão a ponto da professora registrar um boletim de ocorrência. A pedagoga da escola iniciou uma investigação para saber o que realmente havia acontecido com aquela criança. A pedagoga conversou com a criança acusada de molestar a menina, numa maneira obviamente pedagógica e inocente, afinal aquelas crianças só tinham quatro anos de idade. Sem assustar ou traumatizar a criança a pedagoga perguntou:

- João, você esteve no banheiro com a coleguinha Maria?

- inocentemente a criança responde: Não tia, eu só vou ao banheiro dos meninos.

A pedagoga acompanhou Maria até o banheiro naturalmente, e com uma máquina fotográfica filmou a conversa, de uma forma sutil sem traumas, pergunta:

- Maria o que aconteceu? Fala para a tia, estou aqui para ajudá-la, o João estava brincando com Você?

- Assustada Maria responde: Não tia.

Filmando, a pedagoga se aprofundou mais na conversa e logo a criança, revelou que sua vovó havia a mandado dizer que o coleguinha passou a mão nela, de fato a criança estava com o seu órgão genital avermelhado, mais a história que teoricamente teria acontecido na escola era mentira.

Logo a pedagoga da escola descobriu que a menina havia sido abandonada pelos pais e que era criado pela avó que aparamente não apresentava normalidade mental e que aquela criança estava com um trauma familiar.

Foi convocada uma reunião com o pai da criança fora do expediente escolar, convocado o pai, devido à ausência da mãe no estado. O ocorrido foi passado para o pai da criança e logo ele foi se desculpando e relatando a história de vida e o modo como vivia aquela criança com sua mãe, avó paterna, que era uma pessoa realmente conturbada, mais mesmo assim ele não tinha condições de criar a sua própria filha.

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