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Relatório de Estagio em Psicopedagogia

Por:   •  6/7/2024  •  Trabalho acadêmico  •  10.942 Palavras (44 Páginas)  •  37 Visualizações

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RELATÓRIO DE ESTÁGIO EM PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA

     

           1 INTRODUÇÃO

           

  Compreende-se como assistência Psicopedagógico clínico, a averiguação e a intervenção para que se compreenda o sentido, o ensejo e a modalidade de aprendizagem do sujeito, com a intenção de sanar suas dificuldades. Sendo assim, o diferencial entre o psicopedagogo e outros profissionais é que seu eixo central é o transmissor da aprendizagem, assim como o neurologista sobrepõe o aspecto essencial ; o psicólogo, a “psique”; o pedagogo, o conceito escolar.

  A Psicopedagogia Clínica investiga incondicionalmente os processos cognitivos, emocionais, sociais, culturais, orgânicos e pedagógicos que intervêm na aprendizagem, com o propósito de criar circunstâncias que desempenhem o prazer de compreender em seu todo, abrangendo a ascensão da associação entre, professores, pais, formadores pedagógicos e demais especialistas que percorrem na esfera educativa do educando.

  Cabe informar que no relacionamento com o aluno, o psicopedagogo constitui uma análise ponderada, que consente levantar uma sequência de proposições precursora de métodos capazes de criar a situação clínica que promova uma conexão aceitável e apropriada para aprendizagem. Entretanto, o psicopedagogo ainda trabalha o caráter, a disponibilidade e a afinidade com a aprendizagem, a fim de que o aluno torne-se o influente de seu processo, aproprie-se do seu saber, atingindo autossuficiência para sistematizar seu conhecimento e aperfeiçoar-se na incumbência de uma adequada autovalorização.

  Contudo, a Psicopedagogia Clínica tem como desígnio primordial estudar o que não está acertadamente correto com o sujeito relacionada a sua forma de compreensão com a aprendizagem e as questões implícitas do não aprender, bem como a intercessão nos problemas de aprendizagem em crianças, adolescentes e adultos, investigando o entendimento do sistema de aprendizagem e suas rupturas, a partir da situação desse sujeito e de todas as variáveis que intercedem nesse processo.

OBJETIVO GERAL

·         Investigar de forma minuciosa os fatores que dificultam a aprendizagem da leitura e da escrita, além da falta de interação entre os alunos estudados, desenvolvendo um trabalho voltado para atividades psicopedagógicas

OBJETIVO ESPECÍFICO

·         Entrevistar o coordenador  e o professor dos alunos estudados;

·         Levar a família a compreender o quanto se faz necessário dialogar, usando da sinceridade para se obter um grande entendimento;

·         Aproximar o sujeito da escola e da família, colaborando assim para uma maior compreensão e desenvolvimento do aluno;

·         Aplicar anamnese com pais ou responsáveis;

·         Aplicar testes projetivos de leitura e raciocínio lógico;

·         Elaborar e encaminhar a devolutiva da queixa para a direção da instituição para que aja possíveis encaminhamentos;

·         Detectar o nível de capacidade da criança;

·         Compreender e interpretar o processo do diagnóstico clínico e psicopedagógico, considerado suas relações com o aluno e a instituição.

1.1 HISTÓRICO DA PSICOPEDAGOGIA

              A circulação da Psicopedagogia no Brasil expede ao seu histórico na Argentina, no entanto o acesso fácil à literatura, e os conceitos dos argentinos muito têm entusiasmado a nossa prática. Cabe salientar, que muitos profissionais argentinos encontram-se em nosso País, pós-graduando-se em Psicologia, Psicanálise e mesmo em Psicopedagogia.

              A Psicopedagogia por sua vez, não surgiu no Brasil, e nem na Argentina. Pesquisando a literatura sobre o assunto ressalvado, pode-se constatar que a apreensão com as dificuldades de aprendizagem teve procedência na Europa, ainda no século XIX

              De acordo com Ariés (1981), a preocupação entre os moralistas e os educadores do século XVII era compreender mais e melhor a criança para transformá-la em um homem racional e cristão. A partir do século XVIII, a criança passa a ser inscrita em um discurso social em que predomina o conceito de disciplina, a racionalidade dos costumes, acrescido da preocupação com a higiene e a saúde física.

              Entretanto, no mundo moderno, a afinidade entre conter o saber e apresentar um lugar nessa sucessão de produção surge como um compromisso de êxitos. E quanto mais importante o saber, maior seu valor. A escola, ponto de sustentação de ideário liberal, por teoricamente garantir a igualdade de oportunidade para a aquisição do conhecimento e do desenvolvimento, vai confirmar a crença de que as diferenças individuais seriam as responsáveis pelo fracasso escolar e pelas desigualdades sociais.

              Cabe informar que o termo Psicopedagogia clínica, seguido por Janine Mery, é empregado para caracterizar uma ação terapêutica que pondera aspectos pedagógicos e psicológicos no tratamento de crianças que apresentam fracasso escolar. De acordo com essa autora, tais crianças “experimentam dificuldades ou demonstram lentidão em relação aos seus colegas no que diz respeito às aquisições escolares” (MERY,1985,p.16)

Em 1946, foram fundados os primeiros centros psicopedagógicos chefiados por J. Boutonier e George Mauco, onde se buscava unir conhecimentos da psicologia, da psicanálise e da pedagogia para tratar comportamentos socialmente inadequados de crianças tanto na escola como no lar, objetivando a sua readaptação.

              Vale salientar também, que em fins do século XIX, foi constituída uma junta médico pedagógica pelo educador Seguin e pelo médico psiquiatra Esquirol. A partir daí, a neuropsiquiatria infantil passou a se ocupar dos problemas neurológicos que afetam a aprendizagem (cf. MERY, 1985,p.11).Contudo, nesse mesmo período, Maria Montessori, psiquiatra italiana, designou um método de aprendizagem destinado inicialmente às crianças diferidas. Depois, o método Montessori foi estendido a todas as crianças, sendo hoje empregado em diversas escolas.

              No entanto, a partir de 1980, instituiu-se a Associação Brasileira de Psicopedagogia, com desígnio de gerar o aprimoramento de seus integrados e a qualidade de sua prática mediante a concretização de cursos e de encontros científicos. Mais a frente a publicação de um periódico especializado no espaço de estudo.

              Enfim o documento publicado no n° 19 do boletim da ABPp, de 1990, define a psicopedagogia como área que estuda e lida com o processo de aprendizagem e suas dificuldades, apresentando como elemento de estudo o sujeito do conhecimento, como as instituições e os atuantes de transmitância

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