Relatório de Estágio Ensino Fundamental I
Por: Thaiscbsa • 7/2/2018 • Trabalho acadêmico • 1.430 Palavras (6 Páginas) • 1.261 Visualizações
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Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Faculdade de Educação
Pedagogia - Tarde/Noite; Turma 06
Aluna: Thaís Cristina Belmiro dos Santos Alves
Matrícula: 201410206211
Relatório Estágio Supervisionado para Formação de Professores para Ensino Fundamental
Professor: Paulo Sgarbi
Rio de Janeiro
2017
Introdução
O presente relatório é uma síntese das observações realizadas na Escola Nossa Senhora do Bonsucesso, particular, nas turmas do 1º e 3º ano, professoras Luciana e Gabriela, respectivamente. A escola, de porte médio, está localizada no bairro de Bonsucesso, zona norte do Rio de Janeiro. Atende alunos da educação infantil ao ensino médio, nos turnos matutino e vespertino.
A observação é um momento importante de análise metodológica e conhecimento do campo de estágio. Os principais objetivos são conhecer as situações que regem as aulas, assim como a dinâmica e experiências diárias da comunidade escolar.
As análises expostas neste relatório são resultados das observações do Estágio Supervisionado na Formação de Professores para o Ensino Fundamental, obrigatório pela Licenciatura em Pedagogia, Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. O período de observação se deu entre 15/05/2017 à 09/06/2017.
Relato das observações
O primeiro contato com a escola foi realizado com a coordenadora escolar, responsável pela Educação Infantil e Ensino Fundamental I. Neste momento, foi possível conversar sobre o objetivo do estágio. Visitas às salas escolhidas para a realização da observação. No período matutino, 1ª ano do ensino fundamental, a turma consta seis crianças, com idade entre 6 e 7 anos (Professora Luciana). No período Vespertino, 3º ano do Ensino Fundamental, turma de 15 alunos, com idade entre 7 e 9 anos (Professora Gabriela).O contato com a diretora responsável pela instituição foi restrito à burocracia documental necessária para a minha permanência na escola.
A escola atende crianças cujas famílias têm os níveis socioeconômicos variados, uma vez que são famílias sustentadas com trabalho informal, outras com trabalho formal de (carteira assinada) e o projeto social das comunidades das redondezas, o Herê.
Destaco que a coordenadora responsável pela Educação Infantil e Ensino Fundamental I, não possui qualificação para o cargo, em formação (Licenciada em Letras e Literatura) e experiência (atuação junto ao ensino médio, em sua trajetória profissional). Através da observação, perguntas, entrevistas e alguns desabafos das professoras, pude perceber que uma das grandes dificuldades apresentadas é a falta de diálogo entre as professoras e os cargos de supervisão. A diretora responsável, não se envolve muito com as questões deste primeiro seguimento, aumentando as dificuldades do trabalho. A relação entre as professoras é muito boa, o que contribui para o bom andamento das atividades.
As rotinas das salas de aula são comuns a todas as turmas do E.F: as crianças cantam o hino nacional às segundas-feiras, formam filas todos os dias com suas professoras, deixam suas agendas e sucos nas mesas e se sentam. Os únicos momentos que saem da aula são para o intervalo e educação física (e as necessidades fisiológicas, pois as professoras são bem tranquilas para isso). As turmas, do 1º e 3º contam com os professores: regente, inglês, e de educação física. As crianças são extremamente comunicativas, curiosas, ativas e muito carinhosas, participando das atividades propostas sempre que solicitadas, demonstrando interesse e posicionamento diante das mesmas. As professoras que supervisionaram, também, são muito responsáveis, carinhosas, e mesmo diante às limitações impostas, buscam dar o melhor de si para seus alunos.
A escola não disponibiliza atividades extracurriculares, e possui uma má distribuição do espaço escolar, como a quadra escolar, fica no 3º andar, com uma escada íngreme, degraus altos, dificultando o livre acesso das crianças, limitando a autonomia para a circulação. Neste terceiro andar, é dividido em dois espaços: uma quadra ampla e o espaço da cantina/para lanche. O interessante é que as crianças podem lanchar em seus tapetes livres, se organizando da maneira que desejarem. Também é disponibilizada uma mesa de totó, para que possam jogar. Porém, nos dias de chuva a quadra alaga (devido a espaços não cobertos), e são obrigadas a lanchar em sala de aula. No primeiro andar, existem dois espaços que poderiam ser mais bem aproveitados, como uma horta (existe uma árvore que não é cuidada e está condenada, e atualmente, está com uma casa de abelhas aberta). Os brinquedos disponíveis são voltados para a educação infantil, e somente neste espaço é totalmente coberto.
A escola possui uma grande carência de materiais diversificados. De cunho extremamente tradicional, as crianças não possuem livre acesso a livros e jogos. O forte teor de conteúdos e aplicação de apostilas limita as professoras, que passam horas aplicando correções nos diversos livros existentes, enquanto mais lições são aplicadas. Devido à falta de suporte em sala, muitas das vezes os alunos terminam suas lições e ficam nas salas, sem jogos, ou livros para que possam realizar atividades menos cansativas. Devido a essa forte preocupação da escola no conteúdo, muitas das vezes a professora deixa de dar atenção necessária, para cumprir o planejamento estipulado pela coordenação.
A escola, particular, não possui parcerias com outras instituições e também não investe em materiais. Presenciei uma situação, em que, ao buscar um caixa de tintas guache para uma atividade, na sala da coordenação, quando a professora abriu a caixa em sala de aula, esta caixa estava vencida desde 2012. Em momentos “livres”, estes pouquíssimos (quando estipulados pelas professoras), as crianças basicamente conversavam, desenhavam e brincavam com a massinha. A brinquedoteca e biblioteca só são disponibilizadas apenas no espaço da educação infantil (todas as vezes que me dirigi, também estavam trancadas).
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