Relatório do Estagio de Pedagogia
Por: Sio50 • 9/6/2023 • Trabalho acadêmico • 9.717 Palavras (39 Páginas) • 98 Visualizações
SUMÁRIO
1 RELATO DAS LEITURAS OBRIGATÓRIAS 5
2 RELATO DA ANÁLISE DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP) 9
3 ATUAÇÃO DO PROFESSOR E SUA INTER-RELAÇÃO COM A EQUIPE PEDAGÓGICA E ADMINISTRATIVA 12
4 PROPOSTA DE ATIVIDADE PARA ABORDAGEM DOS TEMAS CONTEMPORÂNEOS TRANSVERSAIS DA BNCC 24
5 CONHECER METOLOGIAS ATIVAS COM USO DE TECNOLOGIA 29
6 PLANOS DE AULA 31
CONSIDERAÇÕES FINAIS 36
REFERÊNCIAS 38
INTRODUÇÃO
O Estágio Supervisionado na Educação Infantil constituiu-se uma etapa de suma importância para a formação acadêmica e profissional dos futuros docentes, uma vez que essa vivência implica no processo de ser e tornar-se professor.
Sabemos que na antiguidade a criança era vista como um adulto miniatura, quer dizer, sendo tratada igual a um adulto. Com o passar do tempo essa perspectiva toma outro viés, pois a criança já vem sendo considerada um ser que precisa de cuidados, e de orientação pedagógica que visa o desenvolvimento educacional.
Sabemos que na antiguidade a criança era vista como um adulto miniatura, quer dizer, sendo tratada igual a um adulto. Com o passar do tempo essa perspectiva toma outro viés, pois a criança já vem sendo considerada um ser que precisa de cuidados, e de orientação pedagógica que visa o desenvolvimento educacional.
Para o desenvolvimento da criança na instituição é necessário o acompanhamento e orientação do profissional docente, e que esse tenha uma formação sólida e qualificada, quer dizer, é imprescindível que o graduando (a) construa na formação acadêmica os conhecimentos teóricos e saiba relacioná-los com a prática, possibilitando desse modo, conhecer as especificidades dessa modalidade como outras.
No entanto, esses aspectos não garantem ao docente uma formação emancipadora, entendendo que o professor precisa de autonomia, aprofundamento e aperfeiçoamento do conhecimento, e relacionar o domínio apenas por competências e habilidades não garante uma formação crítica e reflexiva, pois é construindo e valorizando essa formação na prática, que os professores terão o ensejo de desenvolver saberes.
Dessa forma, é fundamental que o professor compreenda o contexto educativo como um espaço propício a produção e construção de saberes onde pode ocorrer a descoberta de elementos que estão inter-relacionados a prática educativa, como atores ativos, ambiente proveniente de saberes diversos, a possibilidade de ambos os atores interagirem através do diálogo, dentre outros aspectos, ou seja, o fazer docente presente neste lócus propicia a interação e construção de competência e habilidades.
1 RELATO DAS LEITURAS OBRIGATÓRIAS
A literatura contemporânea voltada à educação de crianças de 0 a 6 anos apresenta a partir da década de 1990 um intenso debate acerca da especificidade do trabalho pedagógico junto a essa faixa etária. Verifica-se a tentativa de se delinear uma identidade própria para o segmento da Educação Infantil, que foi historicamente atrelado a finalidades extrínsecas, ora compreendido como equipamento de caráter assistencial-custodial (especialmente no caso das creches), ora como estratégia de prevenção do fracasso escolar, preparação para o Ensino Fundamental ou mesmo sua antecipação.
Entende-se que a especificidade da educação da criança implica a negação e o rompimento dos laços com o modelo escolar de atendimento educacional. Entende-se ainda que o ensino não deve fazer parte do atendimento ofertado à criança até os 6 anos.
Vigotski inaugura uma nova abordagem do processo de desenvolvimento infantil, desvelando o papel da cultura e das relações sociais no desenvolvimento do psiquismo da criança e afastando-se, assim, do maturacionismo, do ambientalismo e do interacionismo. Vigotski (1995, p.34) revela e explicita a subordinação dos processos biológicos ao desenvolvimento cultural, demonstrando que “a cultura origina formas especiais de conduta, modifica a atividade das funções psíquicas, edifica novos níveis no sistema do comportamento humano em desenvolvimento”.
Vigotski (1995) postula que o desenvolvimento infantil constitui uma unidade dialética entre duas linhas genéticas – o desenvolvimento biológico e o cultural. Trata-se, portanto, de um processo único de formação biológico-social da personalidade da criança, mas não de uma simples “mistura” entre o plano biológico e o social. No homem, o desenvolvimento cultural se sobrepõe aos processos de crescimento e maturação orgânica, pois na medida em que o desenvolvimento orgânico se produz em um meio cultural, ele converte-se em um processo biológico sócio-historicamente condicionado.
A perspectiva histórico-cultural contrapõe-se radicalmente a uma visão naturalizante do desenvolvimento infantil, isto é, indica que não é possível compreender o desenvolvimento infantil como um processo natural, que se desenrola de forma espontânea, como resultado de leis naturais. Isso significa que o desenvolvimento psíquico não percorre um caminho natural, determinado pelas leis da natureza. Vigotski (1995) afirmou que é a sociedade – e não a natureza – que deve figurar em primeiro plano como fator determinante da conduta e do desenvolvimento humanos. Isso porque o desenvolvimento cultural incorpora, transforma e supera a dimensão natural do desenvolvimento da criança.
Vigotski (2001a, p.22) criticava a tentativa da psicologia de encontrar características e leis universalmente válidas para o desenvolvimento infantil e considerava
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