Relação Entre A Educação A Distância E O Mercado
Por: FABIO ABENCOADO • 12/9/2023 • Trabalho acadêmico • 4.217 Palavras (17 Páginas) • 111 Visualizações
GRADUAÇÃO DE TRABALHO SOB A PERCEPÇÃO DE ALUNOS
Há muita RELAÇÃO ENTRE A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA E O MERCADO
A modalidade de educação a distância (EaD) vem sendo escolhida para
atender as demandas do mercado de trabalho. Atualmente, a EaD faz parte da nossa
sociedade como uma alternativa propícia para se estudar, bem como uma opção conveniente
para o meio corporativo capacitar seus colaboradores. Desta forma, este trabalho tem o
propósito de entender os principais motivos que levaram alunos de graduação a escolher a
modalidade, a percepção deles a respeito das habilidades e competências proporcionadas por
meio dela e de que maneira as empresas estão usufruindo da EaD com a finalidade de
qualificar seus funcionários.
A Formação em LETRAS, PORTUGUÊS E LIBRAS tiveram suas vantagens nessa modalidade, empresas diversas no ramo estão contratando esses profissionais, como a Unifatecie, Estácio, Unopar.
Polos. Habilidades e competências. Funcionários.
Empregabilidade.
1. INTRODUÇÃO
No Brasil, é possível afirmar que a educação a distância (EaD) teve início no final do
século XIX, por intermédio de correspondências, com intuito de promover a qualificação
dos trabalhadores do campo (COSTA; FARIA, 2008). Desde então, a EaD vem ganhando
cada vez mais espaço na educação do país, principalmente no nível superior.
A modalidade está presente tanto na rede privada quanto na rede pública de ensino,
nos níveis de educação básica, com destaque para a educação de jovens e adultos, ensino
técnico subsequente, na graduação, pós-graduação lato sensu e, inclusive, stricto sensu.
A oferta de cursos na modalidade a distância pelas universidades particulares vem
crescendo consideravelmente, e mesmo o ensino presencial já prevê um percentual de 20% do ensino a distância no seu currículo, independente do curso (TEIXEIRA, 2015).
Para o sistema federal de ensino, a Portaria nº 2.177, de 6 de dezembro de 2019, cita em seu artigo
2º que “as IES poderão introduzir a oferta de carga horária na modalidade de EaD na
organização pedagógica e curricular de seus cursos de graduação presenciais, até o limite de
40% da carga horária total do curso”, exceto para os cursos de medicina (BRASIL, 2019).
A falta de tempo no dia a dia, a disputa por um emprego cada vez mais exaustiva, a
necessidade de se atualizar e qualificar para permanecer no seu ofício, dentre outros entraves, está fazendo com que as pessoas busquem alternativas rápidas e mais flexíveis para se destacar em um mundo cada vez mais competitivo e de oportunidades ainda mais rigorosas.
Assim, essa modalidade de ensino veio como uma promessa de adaptação ao mundo
contemporâneo, em que o tempo é determinante em qualquer situação, e no qual as
descobertas e conhecimentos surgem numa velocidade incrivelmente intensa. Sendo assim,
as instituições de ensino superior (IES) percebem a necessidade de adaptar seus currículos
às demandas do mercado corporativo. É dentro desse contexto que a EaD vem para suprir,
convenientemente, essa exigência (FERRUGINI et al., 2014).
A inserção ao mercado de trabalho ainda é o principal motivo que leva os brasileiros
a ingressarem na universidade. Já que não é mais possível obter uma boa colocação sem
possuir uma graduação, meios de massificar e democratizar o ensino superior são necessários, tanto para atender a população em geral, quanto para favorecer a economia e o desenvolvimento do país. De acordo com essa concepção, Barros (2003) destaca a
importância sobre o estudo a respeito da inserção dos profissionais no mercado de trabalho,
uma vez que os cursos superiores a distância no país vêm aumentando consideravelmente.
Desta forma, é importante compreender que o ensino a distância, principalmente em
nível superior, vem como uma alternativa para corrigir a carência de profissionais
qualificados no mercado, de colaborar para que as empresas sejam mais competitivas e
produtivas, de oferecer oportunidades de aprendizado e formação para as pessoas menos
favorecidas e, assim, contribuir para o desenvolvimento e progresso do país.
Diante disso, este trabalho tem o propósito de entender os principais motivos que
levaram alunos de graduação de dois polos de EaD a escolher a modalidade, a percepção
deles a respeito das habilidades e competências proporcionadas por meio dela e de que
maneira as empresas estão usufruindo da EaD a fim de qualificar seus colaboradores.
2. ALGUMAS EXPERIÊNCIAS NACIONAIS
A cada ano são introduzidas novas tecnologias e metodologias de gestão empresarial
nos processos produtivos das corporações. Apesar de o Brasil possuir uma economia
industrializada bem desenvolvida, sendo uma sociedade capitalista, é sempre um grande
desafio vincular as necessidades sociais aos interesses das empresas contemporâneas
(KENSKI, 2002).
Na década de 1940 houve a criação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
(Senai) (CASTANHO, 2008), hoje parte do sistema “S”, que integra organizações voltadas
para o treinamento profissional, entre outras funções. O Serviço Nacional de Aprendizagem
do Comércio (Senac) iniciou suas atividades com EaD em 1976, com o Sistema Nacional de
Teleducação (SARAIVA, 1996).
A partir da década de 1950, iniciou-se um período de vigorosa industrialização no
país, promessas de boas colocações no mercado e, consequentemente, intensas migrações
populacionais. A partir daí, acompanhou-se uma progressiva atenção voltada para educação
profissionalizante da população trabalhadora. E é assim que aparecem tentativas de
transmissão massificada do ensino dos grandes centros para as diversas regiões do país
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