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Resenha Crítica - Filme: O MILAGRE DE ANNE SULLIVAN

Por:   •  2/8/2017  •  Resenha  •  839 Palavras (4 Páginas)  •  5.110 Visualizações

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RESENHA CRÍTICA

Helen Keller e o Milagre de Anne Sullivan (The Miracle Worker), obra cinematográfica refilmada em 2.000, baseada no livro The Story of my Life, de Helen Keller e na peça teatral The Miracle Worker, de William Gibson.

O filme foi dirigido por Nadia Tass, nascida na Grécia e criada na Austrália, onde consolidou-se como atriz e posteriormente como diretora teatral e cinematográfica, atividades que lhe renderam diversos prêmios da crítica australiana. O roteiro original da peça de William Gibson, aclamado novelista e escritor teatral americano, teve os diálogos adaptados para a televisão por Monte Merrick, escritor, diretor e produtor americano. A produção tem em seu elenco: Alison Elliott, como Anne Sullivan; Hallie Kate Eisenberg, como Hellen Keller; Kate Greenhouse, como Kate Kaller; David Strathairn, como Capitão Keller; e Lucas Black, como James Keller.

O Milagre de Anne Sullivan é um drama biográfico, ambientado no sul dos Estados Unidos, que narra a experiência de uma professora (Anne), contratada para ensinar Helen, uma menina de 7 anos, cega e surda, a adaptar-se ao mundo que a cerca. O filme retrata ainda a proteção exagerada com que os pais, Capitão Keller e sua esposa Kate, costumam tratar Helen, mimando-a sem estabelecer limites em sua educação, motivados pelo sentimento de pena que os assola.

Nas primeiras cenas, é possível perceber que Helen apresenta um comportamento agressivo e perturbado, com atitudes desafiadoras em relação à família, rebelando-se em todas as situações em que é contrariada. Os pais, por sua vez, tratam tal agressividade e má conduta, com condescendência, optando por satisfazer todas as vontades da filha, ao invés de pontuar o que é certo ou errado. Os ataques de fúria de Helen, ao invés de serem desencorajados, são recompensados com doces, o que parece ser a única maneira encontrada pelos familiares de acalmá-la. Como pano de fundo, ainda é exposta a insatisfação de James, meio-irmão de Hellen, externada pelos inúmeros comentários irônicos e desrespeitosos, inconformado com a exclusiva atenção despendida por seus pais em relação à caçula.

Após inúmeros tratamentos médicos mal-sucedidos, cujas intenções eram reverter os quadros de cegueira e surdez, a família decide, como última alternativa, contratar a professora Anne Sullivan, que se muda para a casa da família Keller, com o objetivo de ensinar Helen a se comunicar. Logo nos primeiros contatos, Anne percebe o temperamento irritadiço da criança e sua incapacidade de aceitar ser confrontada, mas não deixa de notar sua inteligência e brilhantismo em obter o que deseja.

A estratégia utilizada pela professora consistia em ensinar o nome de cada objeto que Helen manipulava, através de sinais que representavam as letras do alfabeto, transmitidos através do toque entre as mãos de Anne e sua aluna, com o objetivo de demonstrar que tudo tem um nome. Ao mesmo tempo, a educadora passou ainda a repelir as atitudes consideradas como inaceitáveis protagonizadas por Helen, impondo limites claros a partir de incansáveis lições de postura e disciplina. Tal método foi contestado por toda a família, que por piedade acreditava que as vontades de Helen não deveriam ser negadas e que ela não era capaz de aprender a se comportar devidamente. Após seguidas intervenções por parte do Capitão Keller,

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