Resenha Psicopedagogia Institucional
Por: Alanna Martins • 1/3/2020 • Resenha • 1.049 Palavras (5 Páginas) • 549 Visualizações
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Psicopedagogia Institucional
Resenha crítica
Este trabalho busca levantar um fichamento do texto Psicopedagogia em contextos hospitalares e da saúde: três décadas de publicações na revista psicopedagogia.
Alana Martins Silva
DUQUE DE CAXIAS
2019
CASTANHO, Maria Irene Siqueira. Psicopedagogia em Contextos Hospitalares e da Saúde: Três Décadas de Publicações na Revista Psicopedagogia. Revista Psicopedagogia, v. 31, p. 63-74.
- Resumo
O texto Psicopedagogia em contextos hospitalares e da saúde: três décadas de publicações na revista psicopedagogia foi produzido sob a proposta de analisar publicações da Revista Psicopedagogia, do período dos trinta anos compreendidos entre 1982 à 2012. A análise foi constituída por dezenove textos selecionados, que tratavam da participação da Psicopedagogia e do trabalho efetivo do Psicopedagogo, tantos em hospitais quanto em outros contextos cujo o trabalho é voltado para saúde. Os resultados conquistados na pesquisa apontaram um baixo número de artigos publicados referentes a este tema durante o período selecionado. Estes corresponderam apenas 2,7% de toda a produção realizada entre os trinta anos, sendo que, 0,7% foram publicados entre 1982 e 1991; 5,3% entre 1992 e 2001 e 1,9% entre 2002 e 2012.
A realização da análise dez com que houvesse uma organização e segmentação dos textos de acordo com as categorias de atendimento a que pertenciam. Com isso, sete textos, nos quais correspondem a 36,8% do total, tratavam as contribuições da Psicopedagogia no contexto das internações hospitalares, cinco textos (que correspondem a 26,3% do total) tratavam da ação efetiva da Psicopedagogia em Ambulatórios de Psiquiatria, Neurologia e Fonoaudiologia, relacionada ao cuidado específico com distúrbios de aprendizagem, quatro textos (21,1$ do total) abordavam, por meio de perspectivas teóricas, a importância entre uma parceria entre a Psicopedagogia e a Pediatria no que se diz respeito a prevenção de problemas de aprendizagem, dois textos (10,5% do total) obteve uma revisão histórica em relação à presença da Psicopedagogia nos contextos citados e, um texto (5,3% do total) dizia respeito à aplicação da Psicopedagogia em uma comunidade de tratamento especifico a dependentes químicos.
Deste modo, a importância do artigo de Castanho se dá não pela quantidade de trabalhos publicados, mas, por revelar o caráter múltiplo próprio à atuação do Psicopedagogo, figura sempre presente em diversas equipes interdisciplinares responsáveis por avaliar e intervir nos mais diversos casos de problemas relativos à aprendizagem, no contexto médico em geral.
Com isso, só aponta a necessidade de mais discursões e debates em relação ao tema, obtendo, organizando e estruturando um material mais vasto e profundo no que se diz respeito tanto às diferentes formas de aplicação das teorias já existentes, quanto ao possível desenvolvimento de novas nessa área.
- Citações
“A Psicopedagogia [...] inscreve-se como um campo de conhecimento e da prática por meio de uma construção que não é a priori, mas que constitui pela ação de seus próprios profissionais, ao responderem às diversas demandas por aprendizagem nos variados espaços e contextos de atuação, fazendo-se, assim, protagonistas de sua história. ” (p. 64)
“No âmbito hospitalar e da saúde, no contexto brasileiro, as experiências estão dispersas e ainda há uma insuficiência de teorias e estudos, quando comparados à realidade de outros países, França, Argentina, Estados Unidos, entre outros [...]. ” (p. 64)
“O atendimento psicológico e psicopedagógico de crianças e adolescentes com dificuldades de aprendizagem e fracasso escolar, nos ambulatórios hospitalares vinculados às áreas da Neurologia e Psiquiatria, remonta aos anos 1960 na Argentina. ” (p. 64)
“A Psicopedagogia no Brasil, fortemente marcada por essa visão crítica e médica do tratamento do fracasso escolar, teve esses serviços ambulatoriais para atendimento médico-assistencial dos distúrbios de aprendizagem da criança e do adolescente, implantados a partir da década de 1970 [...] faltam publicações que auxiliem nas tentativas de se traçar um histórico desses serviços, bem como da sistematização dos avanços dessa modalidade de atendimento que conta com o psicopedagogo nas equipes multiprofissionais. ” (p. 64)
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