Resenha de supervisão educacional
Por: Laura Neves • 12/2/2016 • Resenha • 854 Palavras (4 Páginas) • 1.776 Visualizações
Textos analisados:
- FREITAS, Luiz Carlos de. Os Reformadores Empresariais da Educação: da Desmoralização do Magistério a Destruição do Sistema Publico de Educação.
Educ. Soc., Campinas, v. 33, n. 119, p. 379-404, abr.-jun. 2012. Disponível em http://www.cedes.unicamp.br
- SAVIANI, Dermeval. Plano de Desenvolvimento da Educação: Análise do Projeto do MEC. Educ. Soc., Campinas, vol. 28, n. 100 - Especial, p. 1231-1255, out. 2007. Disponível em http://www.cedes.unicamp.br
O texto referente aos reformadores empresariais da educação descreve a proposta apresentada pelas categorias centrais que definem esta política educacional e envolvem uma combinação de responsabilização, meritocracia e privatização. No Brasil estas ideias estão crescendo, em especial ao nível das secretarias estaduais e municipais de Educação. Pretende-se alertar para os riscos destas políticas já evidenciados na pesquisa e na prática educacional, visto que nos Estados Unidos, país que estas ideias foram mais largamente testadas, obteve-se resultados que as caracterizam como uma verdadeira década perdida para a educação americana.
O artigo referente ao plano de desenvolvimento da educação propõe uma análise do projeto proposto pelo MEC, como uma nova forma de qualificação do ensino nas escolas de educação básica.
Neste estudo, objetiva-se confrontar os dois trabalhos anteriormente citados, de forma a identificar os aspectos positivos e negativos destes projetos de reforma da educação.
Para o primeiro trabalho, corporate reformers, ou “reformadores empresariais” da educação nos Estados Unidos, reflete uma coalizão entre políticos, mídia, empresários, empresas educacionais, institutos e fundações privadas e pesquisadores, alinhados com a ideia de que o modo de organizar a iniciativa privada é uma proposta mais adequada para “consertar” a educação americana, do que as propostas feitas pelos educadores profissionais. No Brasil, movimento semelhante tem coordenado à ação dos empresários no campo da educação e é conhecido como Todos pela Educação.
A proposta dos reformadores empresariais e a ratificação do currículo básico, mínimo, como referência. Admitir que o que é valorizado pelo teste é bom para todos, já que é o básico. Mas o que não esta sendo dito é que a “focalização no básico” restringe o currículo de formação da juventude e deixa muita coisa relevante de fora, exatamente o que se poderia chamar de “boa educação”. Além disso, assinala para o magistério que, se conseguir ensinar o básico, já está bom, em especial para os mais pobres. Porém, um planejamento da formação da juventude não pode ser feito olhando-se apenas para o básico.
O item intitulado O Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) consiste e se configura, como uma grande estrutura que abriga praticamente todos os programas em desenvolvimento pelo MEC, é retratado também a criação do IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica e como se apresenta as criações dos programas de níveis escolares, que são eles Piso do Magistério e Formação, Transporte Escolar, Luz para Todos, Saúde nas Escolas, Guias de Tecnologias, Censo pela Internet, Mais Educação, Coleção Educadores e Inclusão Digital, entre outros. O Autor também relaciona a criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) que foi aprovado em dezembro de 2006.
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