Resenha diversidades

EDINILSON RIBEIRO TAVARES CORREA: 2013910012

GLENDA CAMPOS ALMADA: 2012910024

EDUCAÇÃO COMO EXERCÍCIO DE DIVERSIDADE: EDUCAÇÃO ESCOLAR E CULTURA(S): CONSTRUINDO CAMINHOS

Resenha: “Educação como exercício de diversidade: educação escolar e cultura(s): construindo caminhos” apresentada como tarefa avaliativa da disciplina Educação para a Diversidade, orientada pela Professora Helena Rocha, ao Curso de Pedagogia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará.

BELÉM– PA

2016

MOREIRA, Antonio Flavio Barbosa; Candau, Vera Maria. Educação Escolar E Cultura(S): Construindo Caminhos. Brasília, 2007.

Nas diferentes localidades do Brasil, professores vêm encontrando dificuldades de inserir elementos das diferentes culturas em suas práticas cotidianas, isto ocorre segundo os autores, porque a “cultura” instaurada nas escolas não foi concebida para levar a diversidade em consideração. Desse modo, o ensino e a aprendizagem que ocorrem no seu interior ficam a mercê dos estigmas, onde quem apresenta alguma diversidade é o estranho, o problemático e que necessita de adaptação. Atualmente as legislações vigentes já contemplam a diversidade ao afirmar ser importante demonstrar consciência dela para o exercício da docência, tal como na Resolução CNE/CP N° 01, de 15 de maio de 2006 que institui as diretrizes nacionais para o curso de pedagogia.

Em meio às dificuldades e dúvidas existem tentativas de dar voz aos pontos de vista das minorias éticas e raciais marginalizadas. Entretanto, a mudança que se espera não deve se ater a estas tentativas, pois se pretende aproximar do conceito de “justiça curricular” no qual os interesses, a participação e a produção histórica estejam em condições igualitárias entre todos os grupos da sociedade. Para os autores, justiça curricular também são as produções de menos desigualdade que são criadas pelas reações de poder e seus mecanismos de opressão, preconceito e discriminação.

A importância da cultura no mundo contemporâneo tem sido enfatizada por autores de diferentes tendências. A cultura estaria, assim, além do social, descentralizando-se, de maneira que suas influencias vão para alem dos  determinismos tradicionais na vida econômica,  como também, nas classes sociais, no gênero, na etnicidade e na religião.  O que expressa o aumento da importância  e do aprofundamento atribuído ao estudo da cultura no âmbito da vida acadêmica. A cultura há muito situada em um campo não valorizado das ciências sociais, tem-se movido em direção a uma posição de destaque, o que talvez se explique pela tendência mais ampla de enfraquecimento das divisões entre as áreas de estudo e de intensificação de estudos inter e transdisciplinares. De modo, que as explicações centradas na cultura, na política e na ideologia assumem hoje papel de destaque no cenário social, adicionando-se às análises dos fenômenos complexos e contraditórios que se desenvolvem no nível econômico, social.

No âmbito do marxismo culturalista, a centralidade da cultura é também enfatizada, considera- se que a cultura não se separa  das atividades características e das interações da vida cotidiana, de suas relações, o que influencia o reconhecimento da importância das ações e das experiências dos indivíduos nas análises dos fenômenos sociais.  De acordo com a resolução nº 1, de 30 de maio de 2012: Capitulo 3 - do(a) egresso(a) da formação inicial e continuada, Art. 8º O(A) egresso(a) dos cursos de formação inicial em nível superior deverá, portanto, estar apto a: VIII - demonstrar consciência da diversidade, respeitando as diferenças de natureza ambiental-ecológica, étnico-racial, de gêneros, de faixas geracionais, de classes sociais, religiosas, de necessidades especiais, de diversidade sexual, entre outras. É essa visão que se difunde e se amplia no seio dos Estudos Culturais, a obrigatoriedade de se pensar na cultura e sua diversidade, esse aprofundamento e centralização, pensando nas relações, ligações e implicações da cultura nas demais esferas sociais.