Resenha do artigo da psicogenese da língua escrita
Por: Marcia Gonçalves Batistela • 30/4/2018 • Resenha • 886 Palavras (4 Páginas) • 1.399 Visualizações
MARCIA CRISTINA GONÇALVES BATISTELA
PSÍCOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA
Avaliação feita pelo Centro Universitário Claretiano, para verificação parcial do desempenho na disciplina Fundamentos e Métodos da Língua Portuguesa e Matemática.
SANTO ANDRÉ – SP.
2018
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Leitura do Artigo “Psicogênese da Língua Escrita” Neste texto tentarei mostrar e discutir alguns equívocos da má interpretação da Psicogênese da Língua escrita de Emília Ferreiro e Ana Teberosky, sobre os conceitos de alfabetização e letramento, analisando suas características e destacando a importância de se estabelecer a distinção entre eles, estudando as suas diferenças e praticas para facilitar a aprendizagem dos alunos. Elas afirmam que a aquisição do conhecimento baseia- se na atividade do sujeito em interação com o objeto do conhecimento, revelando seus processos e o modo como aprende. A criança vem para a escola sabendo que a escrita é um sistema de representação e fazem hipóteses dessa representação. Esse estudo provocou uma revolução conceitual no campo da alfabetização cujos impactos ainda estão presentes nas discussões sobre as praticas de ensino e aprendizagem, portanto a Psicogênese da língua escrita descreve como o aprendiz se apropria do conhecimento e das habilidades de ler e escrever, mostrando que esse ato segue um longo caminho, passando por varias fases até alfabetizar-se, sem saber que a palavra escrita representa a palavra falada, e desconhece como isso se processa, sem saber o modo de construção dessa representação. Mediante esse quadro passamos a entender que a escrita é uma reconstrução real e inteligente de um sistema de representação histórico, e que para escrever a criança precisa se apropriar desse conhecimento e seus efeitos se prolongam após a intervenção pedagógica, o aluno deve participar de atividades de produção e interpretação da escrita, tendo o professor como mediador ativo, criando estratégicas para proporcionar o contato desse aprendiz com o objeto social, para que assim posso pensar e agir sobre ele, trabalhando como informante do código escrito, aproveitando dos alfabetizados para favorecer aos que se encontra em fases primitivas da escrita. Ao passar pelos níveis, em um primeiro momento, o aprendiz escreve com desenhos, rabiscos, letras ou outros sinais gráficos, imaginando que a palavra assim escrita representa a coisa a que se refere. Há um avanço, quando se percebe que a palavra escrita representa não a coisa diretamente, mas o nome da coisa. As crianças passam pelas fases pré-silábica e silábica, evoluindo e atingindo finalmente a alfabética conhecendo vogais e consoantes, as palavras escritas representam as faladas, entretanto apresenta dificuldades ao comparar a escrita alfabética e espontânea com a ortográfica, em que se fala de um jeito e escreve de outro. Surgem discussões e depoimentos quanto à realização e a necessidade de abandonar as técnicas silábicas de análise e síntese consideradas “tradicionais”, em favor da nova conduta, a didática do nível pré-silábico, entusiasmados pelo fracasso escolar dos alunos ingressantes, começou-se um trabalho de pesquisa e treinamento dos educadores baseados na teoria de Ferreiro e Teberosky (1986), tentaram criar um método inovador para revolucionar a aprendizagem baseados nesta teoria e no construtivismo. Esquecendo que estes não são métodos de ensino. Os fracassos e equívocos decorreram da má interpretação da Psicogênese da língua escrita, iniciou- se por causa da má interpretação de alfabetização e letramento, sendo de suma relevância distinguir tais conceitos para obter os resultados. O alfabetizador deve utilizar de teorias como o construtivismo, mas não pode esquecer a necessidade da alfabetização, pois nela se encontra a garantia do aprendizado. Para Soares alfabetização é o processo pelo qual se adquire o domínio de um código e das habilidades de utilizá-lo para ler e escrever, ou seja: o domínio da tecnologia – do conjunto de técnicas – para exercer a arte e ciência da escrita. (SOARES, 2003b, p. 80). Entretanto letramento para Soares foi conceituado (2003b) da seguinte forma: Ao exercício efetivo e competente da tecnologia da escrita denomina-se letramento, que implica habilidades várias, tais como: capacidade de ler ou escrever para atingir diferentes objetivos... (SOARES, 2003b, p. 80). A muita discussão em torno de que a alfabetização não é pré-requisito para o letramento, o aluno pode dominar primeiro os códigos para depois inserir acesso à leitura de textos, desenvolvendo assim maior facilidade quanto à compreensão de características especificas da língua, mas pode acontecer também com crianças que não dominam o código e conseguem produzir amostras de textos de nível pré- silábico, revelando conhecimentos necessários além da codificação e decodificação. Concluímos que alfabetização e letramento são processos semelhantes e devem ser realizados juntos assegurando um conhecimento de qualidade, com garantia de aprendizado exigindo esforço e dedicação do educador. Hoje raramente encontram profissionais que desenvolvam trabalho estruturado não se limitando apenas a conceber as técnicas de nível pré – silábico de maneira fortuita sem fornecer esclarecimentos quanto ao modo e métodos de realizar tais atividades e não esperando que o aluno reflita sobre o assunto, assim sem a devida direção e insistência o aluno deixa de compreender, memorizar as grafias, agregar ligação e apropriar- se do conhecimento, tornando o trabalho mecânico, favorecendo o alto níveis de alunos que não avançam em seus conhecimentos. |
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