Psicogenese Da Ligua Escrita
Trabalho Escolar: Psicogenese Da Ligua Escrita. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: FranMilano • 30/6/2014 • 2.258 Palavras (10 Páginas) • 803 Visualizações
FERREIRO, Emilia e TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da Língua Escrita. Artmed Editora. Porto Alegre. 1999.
FICHAMENTO
Capítulo 1. Introdução
1- A situação educacional na América Latina
“Não podemos esquecer, porém, que a alfabetização tem duas faces: uma, relativa aos adultos, e a outra, relativa às crianças. Se em relação aos adultos trata-se de sanar uma carência, no caso das crianças trata-se de prevenir, de realizar o necessário para que essas crianças não se convertam em futuros analfabetos.” (Pág. 19)
“Em outras palavras, trata-se mais de um problema de dimensões sociais do que da consequência de vontades individuais. Por essa razão, a creditamos que, em lugar de “males endêmicos”, deveria se falar em seleção social do sistema educativo; em lugar de se chamar “deserção” ao abandono da escola, teríamos de chamá-lo de expulsão encoberta. E não se trata de uma mudança de terminologia, mas de um outro referencial interpretativo, porque a desigualdade social e econômica se manifesta também na distribuição desigual de oportunidades educacionais.” (Pág. 20)
“Quando falamos de seleção social, não estamos nos referindo à intenção consciente dos docentes enquanto indivíduos particulares, e sim ao papel social do sistema educativo. A partir do ponto de vista dos docentes, ou, melhor dizendo, da pedagogia que sustenta à ação educativa, tentou-se dar respostas que tendessem à solução do mencionado problema.” (Pág. 20)
2- Métodos tradicionais de ensino da leitura
“(...) métodos sintéticos, que partem de elementos menores que a palavra, e métodos analíticos, que partem da palavra ou de unidades maiores.” (Pág.21)
“Para os defensores do método analítico, pelo contrário, a leitura é um ato “global” e “ideovisual”. O. Decroly reage contra os postulados do método sintético – acusando – o de mecanicista – e postula que “no espírito infantil, as visões de conjunto precedem a análise”. O prévio, segundo o método analítico, é o reconhecimento global das palavras ou das orações; a análise dos componentes é uma tarefa posterior.” (Pág. 23)
3 – A Psicolinguística contemporânea e a aprendizagem da leitura e da escrita
“Nossa atual visão do processo é radicalmente diferente: no lugar de uma criança que espera passivamente o reforço externo de uma resposta produzida pouco menos que ao acaso, aparece uma criança que procura ativamente compreender a natureza da linguagem que se fala à sua volta, e que, tratando de compreendê-la, formula hipóteses, busca regularidades, coloca à prova suas antecipações e cria sua própria gramática (que não é simples cópia deformada do modelo adulto, mas sim criação original).” (Pág. 24)
“(...) erros construtivos, isto é, respostas que se separam das respostas corretas, mas que, longe de impedir alcançar estas últimas, pareceriam permitir os acertos posteriores.” (Pág. 25)
“O ensino tradicional obrigou as crianças a reaprender a produzir os sons da fala, pensando que, se eles não são adequadamente diferenciáveis, não é possível escrever num sistema alfabético.” (Pág. 27)
“(...) não se trata de transmitir um conhecimento que o sujeito não teria fora desse ato de transmissão, mas sim de fazer-lhe cobrar a consciência de um conhecimento que o mesmo possui, mas sem ser consciente de possuí-lo.” (Pág. 27)
4 – A pertinência da teoria de Piaget para compreender os processos de aquisição da leitura e da escrita
“(...) O sujeito que conhecemos através da teoria de Piaget é aquele que procura ativamente compreender o mundo que o rodeia e trata de resolver as interrogações que este mundo provoca.” (Pág. 29)
“(...) O método (enquanto ação específica do meio) pode ajudar ou frear, facilitar ou dificultar; porém, não pode criar aprendizagem. A obtenção de conhecimento é um resultado da própria atividade do sujeito.” (Pág. 31 e 32)
“O importante não é o esquecimento, e sim a incapacidade para restituir o conteúdo esquecido.” (Pág. 34)
“Em termos práticos, não se trata de continuamente introduzir o sujeito em situações conflitivas dificilmente suportáveis, e sim de tratar de detectar quais são os momentos cruciais nos quais o sujeito é sensível às perturbações e às suas próprias contradições, para ajudá-lo a avançar no sentido de uma nova reestruturação.” (Pág. 34)
Capítulo 2. Os aspectos formais do grafismo e sua Interpretação: Letras, Números e Sinais de Pontuação
2 – A Relação entre números e letras e o reconhecimento de letras individuais
B – Letras: reconhecê-las e saber nomeá-las
Emilia Ferreiro traça as disparidade entre crianças de classe média e classe baixa:
“- Temos aqui um caso típico de conhecimento socialmente transmitido e não em níveis de conceitualização próprios da criança (...),
- A maneira de atuar frente a essas caracteres gráficos testemunha uma extensa prática de explorações ativas com esse material” (...), (Pág. 57 e 58)
5 – Observações finais
“(...) muito antes de saber ler um texto, as crianças são capazes que tratar o mesmo em função de características formais específicas” (Pág. 66)
Capítulo 3 – Leitura com imagem
3 – Leitura de orações
“(...) O que acontece quando uma criança de 4 anos trata de ler uma história? Infere o conteúdo a partir do desenho. Suas atitudes de postura, como pega um livro, onde olha, ECT. Serão uma imitação do ato de leitura do adulto. Mas, além disso, poderemos advertir que sua imitação não termina ali. Haverá determinada “forma” no que diz, determinadas marcas:palavras, entonação e inclusive gestos, que nos indicam que pretende “ler”. Obviamente, para que isso ocorra, será necessário que antes, ela tenha assistido a atos de leitura, que tenha tido leitores á sua disposição, que lhe tenham lido histórias. Ou seja, que tenha exemplos aos quais imitar.” (Pág.80)
4 – A leitura na criança escolarizada
“(...) as crianças possuem conceitualizações sobre a natureza da escrita muito antes da intervenção de um ensino sistemático. Porém, além disso, essas conceitualizações
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