Resumo dos Contos Tradicionais ao Folclore
Por: Pietra G. Prates • 28/10/2016 • Pesquisas Acadêmicas • 659 Palavras (3 Páginas) • 1.170 Visualizações
Resumo de Contos Tradicionais ao Folclore.
Os primeiros contos que surgiram são originados por uma junção de costume, tradições, crenças, superstições e lendas que foram transmitidos de gerações por gerações. O folclore faz parte da cultura brasileira e seu significado é sabedoria popular, ou seja, a sabedoria do povo. Tem grande importância em nossa cultura, pois por meio dele conseguimos identificar características do nosso povo, suas crenças e até o momento que o país enfrentava. Sua transmissão é feita de forma oral e sua autoria é desconhecida passando de cada pessoa e sendo assim modificado conforme entendimento de cada um. Esses textos mostravam o ambiente rural, o convívio e medo dos animais, a fome e morte que a população rural enfrentava.
Os contos de fada que por sua vez evidenciam a magia não causam dependência desse fator nos leitores, mas por sua vez reforça a autoimagem do leitor ajudando no seu crescimento interior e n\ sua autonomia.
Figueiredo Pimentel em Contos da Carochinha mudou seu trajeto e diminui a dependência da tradição eu opéia. SILVIO Romeo por sua vez em Contos Populares do Brasil quis valorizar o folclore nacional e reuniu expressões da tradição oral do país.
Monteiro Lobato em Histórias da Tia Nastácia conta suas histórias levando como base os centros populares brasileiros mesmo sem ser um grande admirador do nosso folclore. Seus personagens em Sitio do PicaPau Amarelo são insatisfeitos perante a ingenuidade da expressão popular
Na época de publicação o Brasil estava passando pelo regime ditatorial imposto por Getúlio Vargas e dava inicio a propaganda de elementos nacionalistas do passado que fez com que nossos escritores procurassem elementos em nossa cultura que não tivessem influencia europeia.
As obras de literatura infantil reproduziam uma visão conservadora da cultura popular. Lobato arriscou-se em suas criações e caminho contra o poder do Estado. Na década de 70 alguns escritores aproveitaram-se das lendas populares para extrair o seu melhor. Em Histórias de Trancoso podemos ver as oposições entre o pobre e o rico, o sentimento de opressão, a derrota do menor sob o maior exaltando assim personagens que tinham dificuldades porem encontravam soluções por meio de suas qualidades intelectuais.
Folclore então seria o conjunto de costumes, lendas, provérbios, manifestações artísticas e é um patrimônio popular passando de geração por geração de forma oral não composto somente por contos, mas também por frases, canções, danças, atitudes, etc. Alguns modernistas como Mario de Andrade e Luís da Câmara Cascudo examinaram de perto e com carinho nossa cultura e tradição.
Em Meu Livro de Folclore, Ricardo Azevedo incorpora em sua obra a produção folclórica como os contos, trovas, trava-línguas, parlendas, ditados, mas por outro lado sugere que material colocado no texto corresponde a sua versão do Folclore, ou seja, a forma que ele encarou a tradição popular. Essa obra torna-se um material folclórico autentico onde encontra-se a união entre ditados populares e criatividade;
Esse gênero passou por uma fase de renovação na mão de escritores como Chico Buarque de Holanda que fez a Chapeuzinho Amarelo desafiar o estereotípo e menina medrosa ao de sacralizar o lobo mau.
Já os contos de fada de Marina Colasanti, Cora Rônai entre outras tem o intuito de desmistificar modelos convencionais de comportamento e discutir temas políticos atuais num período em que estavam em conflito a repressão oriunda o sistema governamental. Marina Colasanti adota personagens tradicionais como reis, princesas, fadas e até animais mágicos para extrair delas situações novas que traduzam o mundo interior e os desejos profundos dos seres humanos. O leitor acaba aceitando com facilidade a situação inusitada de uma criança caprichosa e filha única e a preocupação paterna que tenta compensar a solidão da menina a cobrindo com presentes. Porém a garota só deseja se encontrar sem perceber que sua identidade encontra-se perdida em meio ao narcisismo que sua família estimula. Por meio dos contos de adas renova a tendência ao conformismo e preserva as conquistas obtidas por esse tipo de história que ganhou lugar na trajetória da literatura infantil nacional.
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