SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL: DEFICIÊNCIA MENTAL
Por: thetty_hellen • 4/7/2019 • Relatório de pesquisa • 2.375 Palavras (10 Páginas) • 184 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – UNIRIO
Disciplina: Educação Especial
Aluna: Hellen Rodrigues Filomeno
Docente: Aliny Lamoglia
SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL: DEFICIÊNCIA MENTAL
RIO DE JANEIRO
2019
Introdução
Ter acesso a Educação é um direito universal, independente de cor, idade, deficiência, sexo , etc. O art. 58 da Lei de diretrizes e bases da educação nacional, nº 9394 de 20 de dezembro de 1996; diz que: “entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de Educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais.” No entanto, muitas vezes a pessoa com deficiência ou necessidades especiais não consegue acesso a essa Educação inclusiva e especial.
O que difere a educação especial da inclusiva é o fato de que a primeira respectivamente trata-se de espaço não regular de ensino, são escolas exclusivamente para crianças com deficiência e seu ensinou se adapta as necessidades das crianças com necessidades especiais. A outra no entanto são escolas de ensino regular que incluem alunos com necessidades especiais.
Deficiência Mental, Transtorno do Espectro Autista, Cegueira e Baixa Visão, Surdês e Altas Habilidades, são características das crianças consideradas especiais. Com base na lei de inclusão Lei nº 7.853/89, crianças com alguma deficiência física, intelectual ou talentosa pode ser matriculada em uma escola próxima a usa residência, caso o esse direito lhe seja negado, o responsável pela instituição escolar estará cometendo crime passível de punição de 1 à anos de reclusão.
Baseado nesses estudos, o presente trabalho teve como objetivo aprofundar os conhecimentos visto ao longo do curso de maneira interativa e de vivência. A intuição escolhida foi uma escola pública, do Munícipio do Rio de Janeiro, onde a criança foi observada em todas as situações do ambiente escolar.
Observações
Características básicas
O aluno observado tinha 15 e estava cursando 6/7 anos do ensino fundamental ( trata-se de uma turma de Peja, onde alunos com atraso escolar fazem duas séries simultaneamente) ele já estava a cerca de 2 anos nesse modelo de ensino.
Por se tratar de uma escola Municipal na periferia do Rio de Janeiro não é de se estranhar que essa não possua muitos recursos didáticos, a turma tem 5 professores que vão se alterando ao longo da semana, são cerca de 11 alunos com idades entre 15 e 18 anos, o município disponibilizou uma mediadora para auxiliar esse aluno especial no desenvolvimento das atividades. Porém na prática é uma outra realidade, essa mediadora faz por vezes o papel de professora. Horário letivo é de 7:30 às 11:20, porém por diversas situações muitas vezes os alunos são liberados mais cedo.
Na escola possuem outras duas profissionais que desenvolvem atividades com os alunos especiais, ambas não possuem formação específica para educação especial, uma é formada em História e a outra tem o curso normal, porém foram designadas para desenvolver essa função. O aluno observado realizava atividade com elas na Sala de recursos, segundas e quintas feiras, durante 1 hora e meia, das 8:00 às 9:30 porém umas das professoras não autorizou que a observação fosse feita.
Fora da escola esse aluno faz acompanhamento quinzenal com uma psicóloga e mensal com neurologista. Dentro da escolas não há nenhum profissional com formação específica para educação especial. Ninguém monitora o progresso desse aluno dentro de sala da aula, nenhum dos 5 professores desenvolvem atividades adaptadas para ele, todo o trabalho didático fica por conta da mediadora.
Dentro da escola é uma criança independente. Já está acostumada com as rotinas e não precisa de alguém lhe dizendo o que fazer, muito menos alguém que faça por ela. Por exemplo, de manhã ela chega, troca seu livro (quem lê são os pais), entrega a agenda para a professora, guarda sua garrafa, etc, tudo sozinha como todas as outras crianças.
Linguagem e Atenção
O aluno tem algumas dificuldades de fala que por muitas vezes se torna difícil a compreensão, porém a mediadora que o acompanha já está habituada com a fala dele, costuma intermediar esse momento que os outros não conseguem interpretá-lo.
Ele tem muita dificuldade de atenção, e seu atraso com relação aos demais alunos da turma é gigantesco, por isso se torna muito mais difícil para ele manter a atenção, no momento que os professores estão explicando a matéria ele dificilmente presta atenção, exceto na aula de inglês, essa é a única aula que ele participa não por que a professora tenham preparado algo adaptado para ele, apenas por que ele gosta do idioma. Ele não faz a mínima ideia do que está sendo falado durante a aula de inglês, mas ele gosta das palavras e fica tentando repetir a participar da aula.
A professora de inglês tem uma forma bastante dinâmica de ensinar, porém ela não costuma interagir com esse aluno, por muitas vezes o ignora. A mediadora tenta incluir ele nas atividades de inglês já que nos dias dessas aulas ele se recusa a fazer qualquer atividade que não seja o que a professora de inglês propõem.
Nas outras aulas quem prepara todo o conteúdo de estudos dele é a mediadora, e geralmente não tem nada a ver com o conteúdo que o professor/a regente está ensaiando aos demais. Porém mesmo assim é muito difícil ele mantém a atenção no que ela tenta ensinar, ela acaba ficando muito agitado e sai da sala por diversas vezes, entra de sala em sala, caminha pelos corredores, então volta faz um pouco de suas atividades e assim sucessivas vezes ao longo do dia.
Muitas vezes a mediadora leva ele para a sala de leitura para tentar fazer com que ele preste atenção, a sala de leitura costuma ficar vazia assim ele consegue se concentrar um pouco mais. Mas se alguém entra na sala ele logo se dispersa novamente.
Socialização
O aluno costuma ser muito carinhoso com todos, não tem nenhum problema de socialização, ele é querido por todos, como citado anteriormente ele costuma passear de sala em sala, e todos alunos o conhecem, sempre interagem com ele, assim como os professores e funcionários da escola. Ele tem o hábito de ir na cozinha da escola abraçar as cozinheiras, faz isso todos os dias, e sempre quer saber o que terá no almoço. Por isso os outros alunos quando querem saber o será a comida sempre perguntam à ele. O que mais chamou a atenção foi a forma que os outros aluno interagem com ele, por serem adolescente e existir um abismo muito grande entre os assunto que os interessam e o aluno observado, era de se esperar que não houvesse muito contato social entre eles, mas o que foi notado é exatamente o oposto, em todos as conversas, brincadeiras etc. Eles incluem o aluno, e também se incluem nos assunto dele ou até mesmo tentam ajudar quando ele está muito agitado ou disperso.
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