TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO COM HIPERATIVIDADE NA ESCOLA E O APOIO DA FAMÍLIA E SAÚDE
Por: bja14 • 23/10/2016 • Artigo • 3.060 Palavras (13 Páginas) • 337 Visualizações
TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO COM HIPERATIVIDADE NA ESCOLA E O APOIO DA FAMÍLIA E SAÚDE
Maria Paes Piraccini[1]
Sonia Aparecida Mançano Turatti[2]
RESUMO
O presente artigo descreve sobre TDAH na Escola e o Apoio da Família e a Saúde, mostra de maneira clara e abrangente o comportamento de uma criança hiperativa, sua trajetória desde a idade pré-escolar, perpassando pelas demais fases até atingir a idade adulta. Relata os problemas causados e sofridos pelo hiperativo no relacionamento familiar, na escola e no convívio social. Tendo em vista o crescente número de crianças hiperativas na sala de aula e a problemática vivida pelo professor-aluno e demais colegas, visa facilitar o convívio e permitir ao professor distinguir um comportamento hiperativo de outro distúrbio de atenção. A criança hiperativa, em sala de aula, exige uma atenção especial por parte do professor e nada melhor que este esteja preparado para trabalhar e se posicionar diante do aluno com TDAH em sala de aula e como proceder nas tarefas. Com uma didática e uma ação pedagógica voltada para as necessidades especiais do hiperativo integradas a um acompanhamento psicológico e medicamentoso, é possível contornar o problema de aprendizagem desta criança. O importante é o professor nunca atuar sozinho e ter a consciência de que o TDAH é uma doença. Os pais junto com a criança hiperativa devem procurar ajuda de um profissional competente e especializado em TDAH, pois só ele é capaz de elaborar um diagnóstico e daí orientá-los. Ressalto que diagnósticos apressados e equivocados têm rotulado crianças como mal-educadas e não hiperativas.
PALAVRA CHAVES: Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade, Escola, Família.
1. INTRODUÇÃO
Tendo em vista o crescente número de crianças hiperativas na sala de aula e a problemática vivida pelo professor-aluno e demais colegas, visa facilitar o convívio e permitir ao professor e educador a distinguir um comportamento hiperativo de outro distúrbio de atenção.
Este artigo sobre Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade - TDAH na Escola e o Apoio e Saúde, visa esclarecer e identificar de maneira clara e abrangente o comportamento de uma criança hiperativa, sua trajetória desde a idade pré-escolar, perpassando pelas demais fases até atingir a idade adulta. Relata os problemas causados e sofridos pelo portador de TDAH no relacionamento familiar, na escola e no convívio social.
A criança hiperativa, em sala de aula, exige uma atenção especial por parte do professor e nada melhor que este esteja preparado para trabalhar e se posicionar diante do aluno com TDAH em sala de aula e como proceder nas tarefas.
Com uma didática e uma ação pedagógica voltada para as necessidades especiais do hiperativo integradas a um acompanhamento psicológico e medicamentoso, é possível contornar o problema de aprendizagem desta criança. O importante é o professor nunca atuar sozinho e ter a consciência de que o TDAH é uma doença. Os pais junto com a criança hiperativa devem procurar ajuda de um profissional competente e especializado em TDAH, pois só ele é capaz de elaborar um diagnóstico e daí orientá-los. Ressalto que diagnósticos apressados e equivocados têm rotulado crianças como mal-educadas e não hiperativas (PORTO, 2010, p.84)
Embora o TDAH seja mais comum nos meninos do que nas meninas em função do hormônio testosterona que eles apresentam, pesquisas apontam que nas meninas o fator é mais agravante. O essencial em ambos os casos é o reconhecimento da doença e a busca de soluções (KAIPPERT, DEPOLI, MUSSEL, 2003).
Sam Goldstein (1998), psicólogo, diretor do Centro de Neurologia, Aprendizagem e Comportamento em Salt City, Uthah, U.S.A. e autor de vários livros sobre TDAH, descrevem 4 subtipos de TDAH: - o desatento, o hiperativo/impulsivo, o combinado e o não específico e descreve também o comportamento observado em cada um deles.
Sam Goldstein (1998, p.246) sugere uma variedade de intervenções que o professor pode fazer para ajudar o aluno com TDAH. Segundo o psicólogo, com a crescente conscientização e compreensão da sociedade em relação aos sintomas do TDAH têm sobre as pessoas e suas famílias.
Esta pesquisa foi realizada através de livros, coleções, apostilas, sites da internet, artigos de revistas especializadas foram consultados.
2. TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO COM HIPERATIVIDADE
O Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade têm diversos termos utilizados, ao longo dos anos, para denominar crianças que apresentam um padrão comportamental caracterizado por hiperatividade e/ou desatenção/impulsividade, acima do esperado para a faixa etária ou estágio de desenvolvimento. Atualmente, a denominação “Transtorno do Déficit de Atenção / Hiperatividade (TDAH) é utilizada consistentemente, por se tratar do termo adotado pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais ou DSM-IV-TR” (JORGE, 2002).
Segundo a Associação Brasileira do Déficit de Atenção, o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade é um transtorno neurológico, de causas genéticas e ambientais que aparece na infância e frequentemente acompanha a pessoa por toda a vida. É caracterizado por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. A hiperatividade pode ocorrer em diferentes graus de intensidade, variando entre leves a graves.
A criança hiperativa tem um grau de atividade maior que outras crianças da mesma faixa etária, sendo um desafio para pais, familiares e professores.
Segundo Sam Goldstein (1998, p 246), o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade subdivide em quatro tipos, o tipo desatento, o tipo impulsivo, o tipo combinado e o tipo não específico;
*TDAH – Tipo desatento – o TDAH com predomínio de sintomas de desatentação é mais frequente no sexo feminino e parece, juntamente com o tipo combinado, apresentando uma taxa mais elevada de prejuízo acadêmico. A pessoa apresenta pelo menos, seis das seguintes características: não enxerga detalhes ou faz erros por falta de cuidado, dificuldade em manter a atenção, parece não ouvir, dificuldade em seguir instruções, dificuldade na organização, evita / não gosta de tarefas que exigem um esforço mental prolongado, freqüentemente perde os objetos necessários para uma atividade, distrai-se com facilidade, esquecimento nas atividades diárias.
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