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TRANSTORNO DEFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE

Por:   •  28/5/2016  •  Projeto de pesquisa  •  3.605 Palavras (15 Páginas)  •  545 Visualizações

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Justificativa

        O Transtorno Déficit de Atenção/Hiperatividade é uma doença que acomete crianças e adultos, porém cerca de 70% dos casos surge na primeira infância, segundo Rohde e Benczik (1999). Desta forma, por vezes os alunos são rotulados como crianças rebeldes, mal educadas, indisciplinadas entre outros. O comportamento Transtorno Déficit de Atenção tem como base alterações físicas ou mentais que são classificados em Hiperatividade, Impulsividade e Desatenção. Desta forma, um breve levantamento bibliográfico e histórico do Transtorno Déficit de Atenção/Hiperatividade será feito afim de apontar suas classificações e de qual forma o pedagogo pode auxiliar em sala de aula o aluno TDAH. Considera-se que os estudos e pesquisas a respeito do Transtorno Déficit de Atenção/Hiperatividade sejam de relevância ímpar para agregar informações e sinalizar propostas para o professor que atua em sala de aula, ampliando assim não apenas os conhecimentos a respeito do assunto, mas sobretudo incitando o debate sobre as formas mais adequadas de atendimento e definição de estratégias para contemplar as necessidades educativas dos alunos acometidos por estes transtornos.

Objetivo

A finalidade deste projeto é realizar uma análise dos referenciais bibliográficos sobre o Transtorno Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) e apontar suas formas de comportamento que acomete crianças e adultos. Para tanto, forma elegidos os seguintes objetivos:

  • Investigar as contribuições das pesquisas bibliográficas a respeito do Transtorno Déficit de Atenção/Hiperatividade que têm marcado a produção acadêmica sobre o assunto;
  • Pesquisar a respeito do histórico de tratamento do Transtorno Déficit de Atenção/Hiperatividade e suas correspondências na escola.
  • Verificar as possibilidades de atendimento pedagógico dentro da escola que visam a integração do aluno acometido pelo Transtorno Déficit de Atenção/Hiperatividade no processo de aquisição de conhecimentos.

Metodologia

A presente pesquisa trata fundamentalmente de um trabalho de revisão bibliográfica a respeito das temáticas que envolvem o atendimento educacional do aluno acometido por TDAH nos ambientes escolares regulares, bem como nas estratégias para a promoção de direcionamentos pedagógicos por parte dos professores em relação à permanência destes alunos da escola e a melhora de seu desempenho no processo de aprendizagem. Para tanto, utiliza-se a pesquisa qualitativa, sem abordagem empírica.

Transtorno Déficit de Atenção/Hiperatividade: conceitos preliminares

Rohde e Benczik (1999) inicialmente referendam a literatura médica para sinalizar a nomenclatura dada ao Transtorno Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH). Segundo os autores, no decorrer dos séculos, o Transtorno Déficit de Atenção foi descrito por termos diversos e considerados por Thorley em meados do século XIX como "insanidade impulsiva" e "inibição defectiva", ou até mesmo como algo diabólico. A nomenclatura do TDAH vem sofrendo alterações contínuas, sendo inicialmente designada, na década de 1940 como “disfunção cerebral mínima”, sendo que o termo foi definitivamente modificado para Transtorno Déficit de Atenção/Hiperatividade em 1994, destacando-se o fato de que a utilização da barra inclinada ( / ) para indicar que o problema pode ocorrer com ou sem o componente de hiperatividade. Os mesmos autores apresentam ainda que, segundo estudos nacionais e internacionais, o Transtorno Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) prevalece em crianças e adolescentes em idade escolar, ou seja, até os 17 anos de idade principalmente, em um percentual que varia entre 3% e 6% do total de estudantes.

Na obra pesquisada intitulada “Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade: O que é? Como ajudar?”, Rohde e Benczik (1999) afirmam que estudos têm demonstrado que, sobretudo crianças acometidas por esta síndrome apresentam riscos associados a desenvolverem outras doenças psiquiátricas ainda na infância/adolescência ou mesmo na idade adulta. Segundo Carvalho (2012), no México o Transtorno Déficit de Atenção/Hiperatividade já é considerado um problema que envolve inclusive a saúde pública do país, uma vez que segundo as estatísticas mexicanas apontadas pelo autor, afeta quase que 5% de toda a população infantil do país, apresentando uma proporção aproximada de 3 para i entre meninos e meninas respectivamente.

Assim, fica claro que, o impacto do Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade na sociedade é bastante negativo, como podemos notar na citação abaixo:

O impacto desse transtorno na sociedade é enorme, considerando-se seu alto custo financeiro, o estresse nas famílias, o prejuízo nas atividades acadêmicas e vocacionais, bem como efeitos negativos na auto-estima das crianças e adolescentes. (Rohde e Benczik, 1999, p. 61)

O Transtorno Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico que aparece com maior frequência na primeira infância, sendo mais frequente em meninos do que em meninas. Segundo Silva (2010), o TDAH acompanha o indivíduo por toda a sua vida e pode ser identificado inicialmente por meio de alguns sintomas clássicos, visivelmente perceptíveis no comportamento do aluno dentro da escola, como por exemplo desatenção, hiperatividade e impulsividade. Porém, o processo efetivo de avaliação é bem mais abrangente que apenas a identificação dos sintomas clássicos. Rohde e Benczik (1999) consideram que este processo envolve necessariamente uma conjugação de fatores que vão desde a coleta de dados com os pais, crianças e escola, associada às intervenções psicossociais e medicamentosas.

Estudo realizados por Carvalho (2012), recaem sobre a incidência do TDAH em adolescentes. O autor demonstra que, apesar do TDAH aparecer com maior frequência até os 3 anos de idade, prevalece em cerca de 4 a 12% da população jovem acima de 12 anos de idade, considerando-se ainda o agravante de apresentarem, em geral, outros distúrbios também associados ao primeiro:

Na adolescência, 50% das crianças portadoras podem apresentar, pelos menos um outro distúrbio psicológico além do TDAH (comorbidade), incluindo Transtorno de Conduta (em crianças e adolescentes), personalidade antissocial e abuso de substâncias (em adolescentes e adultos), ansiedade, depressão, distúrbio de aprendizado e distúrbio bipolar. (Carvalho, 2012, p. 44)

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