Tendências pedagógicas práticas liberais (redentoras) e progressistas
Por: Pris06Reis • 22/11/2018 • Trabalho acadêmico • 601 Palavras (3 Páginas) • 404 Visualizações
O exercício escolar brasileiro possui em sua constituição as tendências pedagógicas que, por sua vez, são divididas em práticas liberais (redentoras) e progressistas (transformadoras). Nesse contexto cabe analisar, em primeiro lugar, a conduta liberal que visa à produção educacional de indivíduos que desempenhem, conforme suas aptidões, os papeis sociais incumbidos a eles. No entanto, vale ressaltar que as diferenças entre as classes sociais, nessa gestão, não são consideradas, visto que a escola não leva em consideração as desigualdades sociais. Dessa forma, o sujeito social deve adequar-se aos valores e normas da sociedade de classe, desenvolvendo sua cultura de forma individual. Existem quatro tendências pedagógicas liberais: tradicional, renovada, renovada não-diretiva e tecnicista.
A vertente tradicional possui como finalidade a difusão de normas, padrões e modelos predominantes. Dessa forma, a grade curricular das escolas está desvinculada da capacidade cognitiva dos alunos e da realidade social, de modo que o professor se torna a figura de autoridade e com o discurso incontestável. A metodologia dessa prática é baseada na memorização, o que contribui para uma aprendizagem mecânica, passiva e repetitiva do aluno.
A educação escolar, na tendência renovada, defende o propósito de guiar o discente a aprender e construir conhecimento, levando em conta as etapas do seu desenvolvimento. Os conteúdos escolares adaptam-se às propensões, progressos e fases de raciocínio do aluno. As pesquisas e os experimentos assumem um grau de importância nas propostas metodológicas dessa vertente, onde o professor ao invés de ser apenas o expositor, assume a elaboração de situações de aprendizado passando a respeitar e assessorar as necessidades de cada aluno. Por conseguinte, a aquisição de conhecimento é adquirida através de testes e planejamentos.
A tendência renovada não-diretiva tem como preocupação o desenvolvimento da personalidade do aluno, de seu autoconhecimento e realização pessoal. Os conteúdos escolares transmitem significação pessoal, e coincidem com os interesses e motivações do aluno. Portanto, essa prática abrange atividades de sensibilidade, expressão e comunicação interpessoal, ressaltando, assim, a importância dos trabalhos em grupos. A relação professor-aluno passa a ser marcada pela afetividade.
Na visão tecnicista, os conteúdos que apresentam maior relevância são os objetivos e neutros. Essa prática educacional tem como enfoque a profissionalização do indivíduo e tem a pretensão de ajustá-lo ao padrão social atual e tecnicista. Sendo assim, o docente assume uma interação interpessoal e profissional com o aluno, transmitindo-lhe procedimentos didáticos.
Em contrapartida, as tendências pedagógicas progressistas averiguam a realidade histórico-social de maneira crítica, expondo o papel do indivíduo na constituição de sua realidade. Desse modo, ela reproduz um caráter político-pedagógico. Essa prática é divida em três tendências: libertadora, libertária e crítico-social.
O papel da educação libertadora é conscientizar para transformação de vida, dessa maneira, os conteúdos são retirados da prática social e vivência dos alunos. A metodologia, nessa tendência, consiste na problematização da bagagem social dos indivíduos em grupos de debate. A interação entre o professor e aluno é uma troca horizontal, onde ambos passam a fazer parte do ato de educar.
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