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Teorias do Currículo

Por:   •  1/5/2018  •  Pesquisas Acadêmicas  •  998 Palavras (4 Páginas)  •  206 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ

PRÓ-REITORIA DE ENSINO E GRADUAÇÃO

CAMPUS DE SANTANA

CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA

BARBARA STHEFHANY CORREA DA SILVA

RESUMO INFORMATIVO

Santana-AP

2018

SILVA, Tomaz Tadeu da. Teorias do currículo – Uma introdução crítica, Porto Editora (coleção, Currículo, Políticas e Práticas), Edição de 1999, Belo Horizonte, Brasil, Porto 2000.

O enunciado em questão busca desenvolver uma série de relações sobre currículo, especificamente sobre a Teoria do currículo Freiriana, com a análise de alguns livros publicados por Paulo Freire, como Pedagogia do Oprimido, que foi essencial para a elaborações e discussões propriamente curriculares, abrangendo assim uma série de questões, tais como: o que ensinar e como ensinar, além da sua preocupação com a questão epistemológica fundamental: o que significa conhecer. Pedagogia do Oprimido, se difere em muitos aspectos das outras teorizações que iriam constituir as bases de uma teoria educacional crítica de diferentes autores, ressaltando-se que foi muito mais usufruído da filosofia, como fonte dessas indagações teóricas educacionais, embora que em “Educação como prática da liberdade”, seja feita uma análise tanto histórica quanto sociológica. O processo de dominação em Pedagogia do Oprimido baseia-se numa dialética hegeliana das relações entre senhor e servo, e é exatamente onde o foco está, não muito na dominação como um reflexo das relações econômicas e sim na dinâmica própria do processo de dominação. O funcionamento da educação institucionalizada nos países desenvolvidos, está diretamente ligada às críticas sobre as escolas tradicionais de ensino, mesmo que essa preocupação de Freire esteja associada para o desenvolvimento da educação de adultos em países subordinados na ordem mundial. Porém, o grande pressuposto disso tudo, está inserido no sentido de não como a Educação e a pedagogia são, e sim na reformulação de como elas deveriam ser, o que elas deveriam oferecer e de que maneira isso deveria se apresentar, desta maneira, enquanto outros autores buscavam analisar as escolas capitalistas da época e seu funcionamento, Freire estava se aprofundando em um novo modelo de ensino, e para isso é necessário que ocorram críticas aos modelos tradicionais de ensino, ao qual fazia parte, por exemplo a concepção bancária de educação como instrumento de opressão, e pretende mostrar as formas mais comuns de se conduzir e manter inertes uma sociedade. Por conseguinte, nos leva a aspirar por uma libertação dessa inércia, deste palco de fantoches cujo manipulador está o opressor e oprimido como manipulado. Na concepção de Paulo Freire esse modelo de educação apresenta formas de controle e opressão e tem na concepção “bancária” a característica da sociedade opressora: ela deposita conhecimento aos educandos de forma que o mesmo fique limitado só ao conhecimento que lhe é imposto, sem que haja diálogo e debate de opiniões e idéias. Desta forma, Freire nos conduz a pensar na necessidade de mudança, liberdade e superação do atual estado de inércia, criticando e mostrando alguns caminhos que possam nortear tais anseios. Ele traz a discussão de que é o professor quem faz o seu aluno um mero depositário: maneira que a Educação se torna um ato de depositar, em que os educandos são os depositários e o educador o depositante. Já a Educação problematizadora gera consciência de si mesmo inserido no mundo em que vive e diz respeito à ideia de que deve existir um intercâmbio contínuo de saber entre educadores e educandos. Não focando em só descrever o problema educacional  da “ Educação Bancária”, Freire vai desenvolver um método de currículo que seja a expressão da sua concepção sobre a Educação problematizadora, introduzindo conceitos bastante tradicionais, tais como: conteúdos e conteúdos programáticos para falar sobre o currículo, porém diferentemente dos modelos tradicionais, ele irá desenvolver esses conceitos, dentro do  seu pensamento  de educação e pedagogia, isso é a maneira de intermediar e receber e essas informações, além do mais importante que é a estruturação e construção desses currículos programáticos, que deve ser feita em conjunto pelo educador e pelo educando, além de está ligado e inserido na realidade social daquele aluno. Outro fator importante na perspectiva curricular, é o ato de se conhecer, e se conhecer como consequência de alguma coisa, assim fazendo parte de uma cultura, mas se permitindo conhecer outra sem julgamentos, pois isso faz parte do aprender, já que a cultura é resultado de qualquer trabalho do homem, diferentemente do currículo tradicional que tinha como o ato de ensinar cultura, somente o que abrangia artes, música, literatura e teatro, assim é visível que o novo modelo de currículo poderia ter mais influência se tratando de Cultura, tornando assim uma parte importante do currículo. Tratando-se de um novo modelo de currículo, Freire também inicia uma pedagogia pós-colonialista ou, quem sabe uma pedagogia pós-colonialista sobre o currículo, isto é, busca problematizar a relação de poder entre os países que, na situação anterior eram colonizadores e aqueles que eram colonizados, dominantes e dominados, esses grupos tinham um conhecimento da dominação que os grupos dominantes não podiam ter, não podiam aspirar mudanças e nem liberdade dessa opressão. A teoria do currículo de Paulo Freire foi contestada, no início dos anos 80, pela chamada pedagogia histórico-crítica ou pedagogia critico-social dos conteúdos desenvolvida por Darmeval Saviani, onde faz uma nítida separação entre Educação e Política, onde uma prática educacional que não consiga distinguir-se da política perde a sua especificidade. Deste modo, embora Tenham surgidos “novos modelos de teorias do currículo”, a teoria Freiriana ainda é inegavelmente importante e faz parte de todo um contexto pedagógico que até hoje é defendido como um dos melhores sistemas educacionais de Teorias do currículo, porém mesmo que o discurso de Freire seja na teoria encantador e nos faz analisar essa educação libertadora e dialógica que amplia o senso crítico e faz-nos acreditar ser como seres iguais na capacidade de absorver, transformar e desenvolver novos conhecimentos, sabemos que a realidade vivenciada é total e parcialmente diferente. E que para que tal discurso possa se efetivar de fato, na prática, é preciso colaboração, união e organização das classes populares, em diálogo permanente para a transformação da realidade opressora em que vivemos.

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