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Transtorno deficit de atenção hiperatividade

Por:   •  11/4/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.529 Palavras (11 Páginas)  •  505 Visualizações

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UNIPLAN – CENTRO UNIVERSITÁRIO PLANALTO DO DISTRITO FEDERAL

FACULDADE DE PEDAGOGIA

LILIANNE SLVA SANTOS

DF1420876

A PRÁTICA PEDAGÓGICA PARA A APRENDIZAGEM DE ALUNOS COM TRANSTORNO E DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE

Taguatinga – DF

2017


  1. INTRODUÇÃO  

O presente estudo tende a compreender a prática escolar e o desempenho educacional voltado para uma criança com Transtorno de Hiperatividade e Déficit de Atenção. O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) ainda é um transtorno marcado por inúmeros pré-conceitos no âmbito escolar, que o definem como mal educado, aluno indisciplinado e em muitos casos como alguém com uma inteligência inferior em relação aos demais alunos. Procurou-se explorar esse tema como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), pois percebe-se que será muito comum encontrar alunos com esse transtorno e profissionais/ educadores devem estar preparados para lidar com tais situações. Pensando nas peculiaridades da criança com TDAH, acredita-se na importância do papel do professor no desenvolvimento afetivo e pedagógico do educando e para que sejam alcançados os objetivos educacionais, ou seja, a formação desses alunos, são necessários o conhecimento e a capacitação do professor em relação ao transtorno, para a melhor organização de suas aulas e pela própria relação aluno/professor e aluno/aluno.

A pesquisa é baseada inicialmente de forma teórica para que haja uma apropriação de conhecimentos sobre o perfil e caracterizações comuns a este transtorno, e o segundo momento se dará através de leituras do dossiê de uma criança e de relatos da professora regente sobre comportamentos, características e desenvolvimento pessoal e escolar da criança. Em seguida, ocorrem observações práticas do processo de ensino-aprendizagem e as significativas respostas que a mesma tem dado dentro do âmbito escolar.

Dentro desse contexto, avaliar o desenvolvimento educacional de uma criança com transtorno de atenção e hiperatividade requer conhecimento primeiramente das características peculiares do transtorno, pois sabe-se que toda criança hiperativa é dotada de características próprias que trazem no dia a dia algumas dificuldades em seu comportamento, atenção e consequentemente do aprendizado.

Embora hoje inseridas, através de uma perspectiva inclusiva de educação, sabe-se que a prática é dotada de algumas necessidades que poderão ir além do básico oferecido. Uma proposta de inclusão com significância na aprendizagem precisa, sobretudo, conhecer as reais características e necessidades das crianças para que possam ser atendidas e compreendidas, de forma a obterem respostas concretas de desenvolvimento e aprendizagens, e não como meros números inclusivos dentro do processo educacional.

Portanto, faz-se necessário que esta pesquisa apresente as características do transtorno, assunto esse, que será apresentado no primeiro capítulo da pesquisa e que mais adiante facilitará a compreensão global do desenvolvimento da aprendizagem e da prática pedagógica para o atendimento escolar da criança com o transtorno em questão e que será abordado no capítulo II do trabalho.

Propõe-se objetivos a serem alcançados com a finalidade de favorecer a reflexão e abrir caminhos para uma nova forma de entender e praticar a inclusão independente de qual venha a ser o transtorno da criança. Porém a pesquisa a ser desenvolvida tratará especificamente do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade.

1. Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade

  1. Conceito.

O TDAH que antes era conhecido como “Disfunção Cerebral Mínima”, passou com o tempo a chamar-se “Síndrome Infantil da Hiperatividade”. Nos ano 70 com o reconhecimento da ausência de controle de impulsos e do componente déficit de atenção, passou a ter a denominação: Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade.

O TDAH é considerado como um transtorno mental, sendo um dos mais comuns na infância e na adolescência, caracterizado por desatenção, atividade motora excessiva e impulsividade (BARKLEY, 2002:35; COUTINHO et al, 2007; CUNHAC et al, 2001)

Vale ressaltar que embora o transtorno seja comumente detectado na infância e na adolescência, pesquisas mostram que da metade dos casos o transtorno acompanha o indivíduo na vida adulta.

Muitas são as discussões em torno do fator genético que define o TDAH, mas nenhum estudo está comprovado ainda que diagnostique o gene responsável por este transtorno, sendo assim, o que ocorre são apenas suposições.

 Estudos têm mostrado a disfunção em uma área do cérebro, a região frontal e suas conexões com o resto do cérebro. Esta região é responsável pela inibição do comportamento humano, isto é, controlar ou inibir comportamentos inadequados, além da capacidade de concentração, memória, organização e planejamento. Os neurotransmissores, em especial a dopamina e a noradrenalina que passam informações entre os neurônios, não funcionam como deveriam nesta região. Uma das hipóteses descartadas nos estudos são fatores culturais como influência.  

Hoje se encontra diversos educandos com transtornos e dificuldades de aprendizagem, porém o TDAH tornou-se mais comum no cotidiano escolar, fazendo-se criar novas estratégias a cada dia para o trabalho com essas crianças. Pode-se perceber que alguns professores por falta de conhecimento, rotula esses alunos como mal educados e indisciplinados, não acreditando em suas potencialidades e não procurando um currículo adequado para auxiliar na formação do aluno com TDAH. Nesse sentido, busca-se aqui um aprofundamento sobre o tema e a compreensão quanto ao mundo da criança com TDAH, também quanto o professor poderá a partir de conhecimentos claros sobre o transtorno colaborar com esse aluno. Diversos autores têm definido o TDAH como um transtorno que compromete à vida, sócio-afetiva, profissional e principalmente escolar. Na literatura encontram-se diversas definições para os grandes impactos que geram no indivíduo portador da mesma.

Pensando nas peculiaridades da criança com TDH , acredita-se na importância do papel do professor e no desenvolvimento afetivo e cognitivo desse aluno. Silva (2003:195) reforça a importância, do que denomina “Apoio Técnico”, ou seja, pequenas medidas e atitudes que acabam por criar uma estrutura externa capaz de facilitar o cotidiano da pessoa com TDAH. Segundo a autora, isso pode ser conseguido com a criação de rotinas que devem estabelecer aspectos essenciais como: estabelecer horários de maior produtividade, de repouso, de atividades físicas, de refeições; organizar cronogramas em relação as suas obrigações, projetos e lazer, criar o hábito de ter agenda para anotar sua rotina, usar sempre blocos e canetas para possíveis lembretes.

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