UM NOVO OLHAR SOBRE A EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Por: Gaelbenfazu • 4/12/2017 • Trabalho acadêmico • 1.455 Palavras (6 Páginas) • 400 Visualizações
UM NOVO OLHAR SOBRE A EDUCAÇÃO AMBIENTAL
SOUSA, Evelin Carvalho de[1]; BATISTA, Alyson Romão [2]; ROSA, Dalva Eterna Gonçalves[3]; SANTANA, Daniele Pacheco[4]
Palavras-chave: Pibid, Educação ambiental, Água, Alfabetização Científica, Letramento.
Justificativa/Base Teórica
Este trabalho é um relato de experiências vividas no projeto de ensino-aprendizagem “Um novo olhar sobre a educação ambiental” desenvolvido no âmbito do Subprojeto Interdisciplinar nas áreas de licenciaturas em Ciências Biológicas, Geografia e Pedagogia da Universidade Federal de Goiás – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) – na Escola Municipal Professor Trajano de Sá Guimarães, em Goiânia – Goiás.
O Subprojeto Interdisciplinar tem como finalidade promover a alfabetização científica dos alunos dos anos iniciais do ensino fundamental da escola parceira e desenvolver práticas pedagógicas que permitam aos educados conhecerem e utilizarem os conceitos científicos no ambiente em que vivem. Assim, o subprojeto estará contribuindo para a formação de cidadãos críticos e autônomos, que sejam capazes de refletir, explicar e se posicionar criticamente diante das situações de seu cotidiano. (GOIÂNIA, Subprojeto Interdisciplinar, 2014).
O tema “Um novo olhar sobre a educação ambiental” foi abordado com o objetivo de promover a alfabetização e o letramento científico dos 28 alunos do ciclo I turma C-1, com faixa etária entre 8 a 9 anos, por meio de práticas que permitam aos educandos conhecerem e utilizarem os conceitos científicos no ambiente em que vivem.
Neste projeto o morro da Serrinha, foi tomado como espaço não formal de educação, pois compreendemos que:
Atividades como mapeamento ambiental além de constituírem uma prática que facilita o aprendizado de conceitos biológicos através da aproximação com a realidade do aluno e do meio ambiente, contribuem para a compreensão da relação entre homem e natureza e conduzem-no a repensar suas atitudes, já que elas trabalham a partir dos conhecimentos prévios enquanto marcos interpretativos, sob os quais são construídos novos significados. (DRIVER, apud CASTRO; OLIVEIRA; SHUVARTZ, 2009, p. 4).
Nesse sentido, buscamos conhecer e trilhar o morro da Serrinha em excursão de estudos para reconhecer as particularidades do local, pois além de estar ao lado da escola campo, o local que está ao alcance do cotidiano dos alunos. Tendo em vista uma apropriação dialética, onde o meio interfere no sujeito e o sujeito interfere no meio, buscamos mediar os conhecimentos de maneira que o aluno se situe como sujeito que tem relações diretas no e com o meio ambiente. Pretendíamos desenvolver o aprendizado em um ambiente não formal, viabilizando a aproximação dos educandos com novos contextos de ensino para sua alfabetização científica, instigando-os a uma reflexão crítica e, desse modo, contribuir para um processo de ensino emancipatório e transformador.
Metodologia
O projeto de ensino-aprendizagem foi formulado de maneira coletiva pelos bolsistas, perpassando três etapas: planejamento, desenvolvimento e reflexão. O planejamento baseou-se em uma visita prévia ao espaço do morro da Serrinha para explorar o seu potencial pedagógico, atendendo as demandas dos alunos a partir de observações em sala de aula e registro em diários de campo; na elaboração teórico-metodológica do projeto de ensino aprendizagem com definições de objetivos, procedimentos, cronograma e preparação das atividades, apresentando formas objetivas de letramento científico e atividades artísticas.
Para o desenvolvimento do projeto os alunos da educação básica, professoras supervisoras e alunos bolsistas efetivaram a visita ao morro da Serrinha, com o apoio da guarda municipal de Goiânia. A excursão foi mediada e guiada pelos alunos bolsistas. O clima seco de agosto foi muito bem explorado, pois o cerrado revela suas particularidades, em exato, na seca. Além do clima, da vegetação, do solo e da flora, no alto do morro as dominâncias urbanas ao alcance da vista dos alunos foram observadas e discutidas.
Em reuniões com bolsistas das áreas do conhecimento e supervisores e coordenadora de área foi consensual que houvesse uma subdivisão do tema que tratasse sobre a água, mesmo que não fossem vistos rios ou córregos na excursão ao morro, sendo a água o foco da atividade de ciências no presente relato. Como afirma Wanatabe (2008, p. 120) As interações envolvidas, trazem, as águas e suas relações com uma presença social humana para uma outra perspectiva. Desse ponto de vista, a complexidade consiste na complementaridade das relações naturais e sociais, que interagem, entrecruzam-se, transformam-se, embora mantenham certas especificidades.
Assim, na sala de aula, em concordância com o tema central do projeto, foi trabalhado o tema água. Primeiro realizou-se um brainstorm com a turma. Após essa atividade, iniciou-se a leitura de dois poemas, um deles produzido pela bolsista regente e outro retirado do livro O Bailado (Primeiros passos) de Hardy Guedes, tendo como apoio estes dois poemas, ambos relacionados à agua, cada aluno, com auxílio dos bolsistas, produziram suas próprias poesias. Em seguida foi feita uma observação, em microscópio, da água do bebedouro da escola. Pequenos grupos de cinco alunos se dirigiam para a observação, quando foi realizada uma discussão bem particular com os grupos sobre o que estaria no campo de visão do microscópio, e como isso se relaciona com a saúde e o cotidiano dos alunos. E no final das atividades, as crianças ensaiaram, juntamente com os bolsistas regentes, a música Gotinha em gotinha, da banda Palavra Cantada. Finalizadas as atividades os materiais criados pelos alunos foram recolhidos para posteriormente serem apresentados à comunidade escolar no encerramento do projeto.
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