UMA ANÁLISE DA VIOLÊNCIA ESCOLAR ATRAVÉS DO CURRÍCULO E DA CULTURA
Por: brandete • 3/5/2016 • Trabalho acadêmico • 4.724 Palavras (19 Páginas) • 389 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM EDUCAÇÃO, ÁREA DE CONCENTRAÇÃO EM EDUCAÇÃO, LINGUAGEM E SOCIEDADE
UNIVERSIDADE DE PARANAÍBA
UMA ANÁLISE DA VIOLÊNCIA ESCOLAR ATRAVÉS DO CURRÍCULO E DA CULTURA
Alessandro Brandete[1]∗
Elson Luiz de Araújo[2]∗∗
RESUMO
Este trabalho pretende compreender a reflexão do currículo com a violência escolar e a constituição da cidadania como fator conflitante presente nas relações sociais dos alunos. O estudo possibilita uma reflexão sobre o papel do currículo dentro da escola enquanto mecanismo formador e destaca a importância sobre as tendências juvenis a partir da concepção de que o jovem enquanto ser necessita de atenção e relação com suas necessidades ao longo de sua existência. O pressuposto deste trabalho inicia-se com uma prévia formulação do conceito de identidade do indivíduo através das relações do currículo, da adversidade compreendidas com o aparecimento da globalização, norteando diretrizes ou modelos aos quais priva o sujeito de estabelecer suas escolhas e define como mecanismo o domínio cultural, comportamental e social. A construção do conhecimento requer um olhar mais profundo sobre as questões curriculares em enfoques sociais e comportamentais do mundo moderno, pois estes fatores são norteadores de ações que se destinam ao mundo do jovem como desafiadores. Condicionar a violência escola aos fatores sociais e a prática curricular nem sempre pode ser afirmado que ocorra em regiões periféricas, social e economicamente, é errôneo afirmar que a violência é atrelada a vulnerabilidade social ou a ineficácia de metodologias, isso porque, esta mesma violência também ocorre dentro das instituições escolares das regiões da classe média alta. A escola como instituição formadora não está preparada para receber este novo paradigma no contexto juvenil na transformação da realidade e no cotidiano comum à juventude, fortalecida por esta pluralidade cultural. É dever da sociedade e do Estado estabelecer condições para amenizar este sofrimento juvenil e resgatar a valorização da escola enquanto instituição formadora e democrática. Os professores enquanto mediadores destas ações necessitam estabelecer uma aproximação através do diálogo e das profundas mutações das expressões juvenis. Assim o trabalho propor-se-á, não trazer para fórmulas ou soluções para o desafio do relacionamento entre o currículo, os jovens e a escola, mas sim, evidenciar a existência de uma nova condição juvenil no Brasil e uma nova relação com a instituição escolar.
Palavras-chave: Currículo. Escola. Violência.
LISTA DE SIGLAS
Dez.: Dezembro
Jul.: Julho
LDB: Lei de Diretrizes Básicas
UFRJ: Universidade Federal do Rio de Janeiro
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................... 04
2. DESENVOLVIMENTO........................................................................................ 05
2.1. Uma reflexão sobre uma proposta curricular................................................... 05
2.2. O currículo e a escola democrática................................................................. 08
2.3. A violência escolar e cultura............................................................................... 10
2.4. A Globalização e a Identidade ........................................................................... 12
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................ 14
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 16
1. INTRODUÇÃO
O referente artigo busca analisar as mudanças do processo de aprendizagem através de suas questões curriculares traçando um paralelo com o aumento da violência dentro das unidades escolares. A base deste conceito é fundamentada na aplicação do currículo e suas adversidades no propósito de apresentar inovações, possibilitando ao aluno uma construção de saberes e de viabilizar uma melhor condição de formação aos docentes no campo pedagógico. Tratar o conceito de inovação requer certa paciência e pertinência, uma vez que o novo sempre desperta no ser humano desconfiança, discórdia e até mesmo o medo.
O que se precisa ter em mente é que o processo de Educação, aplicado no âmbito dos modelos escolares, formaliza uma relação pedagógica com as redes sociais no aspecto de inserir o sujeito ao mundo do trabalho, vida política e cultura. Isso nos proporciona a potencializar uma significação da necessidade humana no contexto das relações de cidadania com a efetivação da democracia.
É preciso, no entanto, destacar a importância do currículo para a contribuição do conhecimento e suas aplicabilidades como agente norteador de ações diretas ou indiretas para a construção de um aluno participativo e protagonista.
Uma inovação curricular atrelada à prática interdisciplinar são fatores que contribuem para um novo modelo de ensino, mas para que isso ocorra torna-se fundamental o envolvimento maciço do professor como agente formador e idealizador de um conjunto de fatores que possam valorizar a própria instituição escolar, a autoestima dos alunos, protagonizando a aprendizagem e consequentemente a qualidade de vida. Esta relação entre a inovação curricular e a efetivação do trabalho do professor trata-se obviamente de admitir que ensino/aprendizagem, sem dúvida se dá através do sujeito. Segundo Beane: “Quando se perspectiva o conhecimento de uma forma integrada, torna-se possível definir os problemas de um modo tão amplo tal como existem na vida real, utilizando um corpo abrangente de conhecimento para os abordar” (2003, p. 97).
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