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Unidade Curricular: Seminário de Projeto em Administração e Organização Escolar

Por:   •  8/4/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.246 Palavras (5 Páginas)  •  702 Visualizações

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Unidade Curricular: Seminário de Projeto em Administração e Organização Escolar

Docente: Professor Doutor José Matias Alves

Objeto de trabalho: António Novoa (2003) “Currículo e Docência: A pessoa, a partilha, a prudência”, 1º Colóquio Internacional de Políticas Curriculares, 13 de Novembro de 2003

Teses

  1. É necessário refundar a escola.
  2. A refundação da escola deve atender às necessidades dos “novos alunos”.
  3. Os novos alunos precisam de novos professores pelo que é necessário pensar a formação continuada de professores

Palavras chave: refundação da escola; formação de professores; Decência e Docência; novos alunos; infantilização; comunitarização; professor coletivo; esola aprendente; transposição didática; transposição deliberativa; currículo da modernidade; currículo da contemporaneidade

Autores mais citados: Bachelard, G. (1); Boaventura de Sousa Santos (2); Chesterton (1); Chevallard, Y. (1); Cortázar, J. (1); Damásio, A. (2); Freud (1); Jacquard, A. (1); Labaree, D. (1); Meirieu, P. (1); Montessori, (1); Nietzsche (1); Paulo Freire (2); Reboul, O. (1);

Resumo

O texto “Currículo e Docência” começa por estabelecer uma relação entre “Docência e Decência” uma vez que a escola deve proporcionar uma vida decente, quer para alunos quer para professores.

Assim, o autor refere a necessidade de mudar a escola (refundação da escola) e define os pilares em que esta mudança deve assentar: a Pessoa, a Partilha e a Prudência.

No que à “Pessoa” diz respeito, há “novos alunos” na escola, bem diferentes dos que a frequentavam no início do século XX e, para estes são necessário “novos professores”. A melhor forma de preparar novos professores é apostando na formação continua. Os professores devem fazer uma auto-reflexão e, conjugando as suas competências científicas com a sua personalidade, surgirá um novo professor, mais adaptado às exigências / necessidades dos novos alunos.

O aspeto da “Partilha” baseia-se no pressuposto que, sendo a escola um lugar de partilha do saber e lugar de aprendizagem das regras da vida em sociedade, tem de dar resposta às diferenças (culturais, linguísticas e de projetos de vida) dos novos alunos.

Não se pode cair na tentação da infantilização da escola- a tendência para transformar a escola em mais uma instituição social; ou na comunitarização da escola. Os novos alunos já têm os seus grupos/ bandos organizados, não precisam da escola para ser mais um espaço de convívio com as regras deles. Precisam isso sim de aprender (novas) regras de diálogo, democracia e vida em sociedade.

O novo professor deve ser o professor coletivo: que partilha saberes com os seus pares, que pratica o trabalho colaborativo. A escola deve passar a ser vista como escola aprendente: escola como lugar de formação de professores.

No campo da “Prudência” salienta-se que atual currículo, que se consolidou ao longo do século XX, mostra-se ineficaz face aos novos alunos. O saber, a produção do saber e a utilização do saber têm de ser adaptados. Então: O que ensinar? E como ensinar?

Segundo o autor, e respondendo à primeira questão, devemos ensinar a relação entre o saber e a vida humana, entre a ciência, a consciência e a decência. Como resposta à segunda questão, fica a ideia que devemos ensinar com emoção.

Os professores levam já largos anos de docência em que a razão e a emoção estavam separadas. Para que se consiga agora a junção entre estas duas áreas, mais uma vez deve investir-se na formação continuada de professores, levando-os a serem produtores de conhecimento. Não podemos ficar focados na mera transposição didática, em que o saber científico passa a saber ensinado (uma vez que esta fórmula se revela ineficaz, porque os alunos não estão a aprender nem a apreender). A transposição didática tem que dar lugar à transposição deliberativa.

Importa portanto que, para além da transmissão do saber e a sua aquisição pelos alunos, o professor se questione sobre as consequências sociais destes saberes, como podem tornar a vida mais decente.

Quase a terminar autor fala da existência de uma teoria do conhecimento prudente, ou seja, o que devemos ensinar para que isso se traduza numa vida mais decente, como sendo a grande diferença entre o currículo da modernidade (século XX) e o currículo da contemporaneidade (século XXI).

Em jeito de conclusão fica ainda a ideia de que o trabalho do professor é simultaneamente razão e emoção; um professor é cientista e artista. E é da conjugação perfeita entre estas dualidades que surgirá o novo professor para os novos alunos.

Comentário critico

Concordo inteiramente com a primeira tese apresentada “É necessário refundar a escola”, embora admita que não exista um só caminho para o fazer; haverá com certeza muitos, com diversos intervenientes neste processo, e que, como diz o ditado “cada cabeça sua sentença”, esto seja uma questão polémica e sem um fim à vista.

Temos atualmente, por exemplo, a “Municipalização do ensino”. Mais uma tentativa de refundar a escola, mas mais do ponto de vista organizativo do que do ponto de vista curricular. Na minha opinião o importante seria reformular “o que ensinar” e não “quem paga a quem ensina”. Sendo assim, admito que motivações para a refundação da escola sejam não só sociais, como também económicas e politicas.

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