A ANÁLISE EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO
Por: AmaliaAntunes • 21/11/2022 • Trabalho acadêmico • 2.081 Palavras (9 Páginas) • 74 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO ÍTALO BRASILEIRO – ÍTALO
CURSO DE PSICOLOGIA
DISCIPLINA: ANÁLISE EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO
Prof.: Thais Lourenço Dutra TURNO: (X) MATUTINO
Alunas: Amalia Antunes Nogueira
Estudo de Caso: Mudança de Comportamento - Adoção
Nome: Jonatas Aparecido dos Santos
Idade: 6 anos
Naturalidade: São Paulo – Capital
Mãe: Maria José dos Santos
Pai: João Aparecido Silva
Menor retirado dos pais, dependentes químicos, por viver em situação de vulnerabilidade, apresentava desnutrição e comportamento agressivo na presença de outras pessoas.
Jonatas que vive na Casa de Acolhimento desde os 3 anos de idade, é filho de pais dependentes químicos e moradores de rua na região da Cracolândia.
Sua mãe tem 21 anos e seu pai 28, os dois moram há muitos anos na Cracolândia, mas não se sabe ao certo quando eles passaram a morar por lá.
O menor nasceu em meio a este cenário e até os seus 3 anos de idade viveu nas ruas também, pois vivia com seus pais.
A família se alimentava de restos de comida e doações, a criança estava sempre suja e com mau cheiro, pois não havia locais adequados para banho e muitas vezes os pais usavam fraldas de pano, que também não eram limpas.
Como dependiam de doações, dias frios eram um agravante para situação do menor, com poucas opções de agasalhos e cobertores.
Mesmo diante de todas estas adversidades, Jonatas era uma criança sorridente e calma, porém estava com um quadro de desnutrição devido a situação de extrema vulnerabilidade.
O Conselho Tutelar interveio e levou o caso adiante após denúncia de maus tratos resultando em perda do pátrio poder dos pais para com o menor. O mesmo foi conduzido para adoção por não ter nenhum parente vivo.
Ao chegar à Casa de Acolhimento, Jonatas se mostrou assustado, apreensivo e inseguro. Não falava nem mesmo com as funcionárias.
Inicialmente, houve uma resistência até para as refeições, pois não queria sentar-se à mesa e não comia na presença de ninguém.
Foram meses de muita dificuldade, mas com o passar do tempo, o menino foi se aproximando de algumas pessoas e conseguindo trocar algumas palavras.
Depois de um ano, Jonatas já conseguia ter aproximações mais carinhosas com alguns funcionários da Casa de Acolhimento e brincava com outras crianças.
Durante as brincadeiras era uma criança alegre e dificilmente brigava com os colegas, fazia algumas atividades recreativas com os funcionários e era bem participativo.
Jonatas adora tomar banho, arrumar os cabelos e tornou-se um garoto vaidoso, que adora dizer que está cheiroso e com os dentes limpinhos, pois já aprendeu a escová-los.
Jonatas já está no convívio da Casa de Acolhimento há três anos, e tornou-se um menino muito alegre e carinhoso com os colegas e com as funcionárias.
Porém, mesmo diante de toda essa boa adaptação com as pessoas e as crianças da Casa de Acolhimento, Jonatas se transforma em uma criança completamente diferente na presença de outros adultos que não conhece ou até mesmo diante de crianças maiores que ele e que são acolhidas pela Instituição.
O menor, apresenta um comportamento agressivo. Ele põe-se a berrar, mostrar a língua, fazer caretas e se isolar na presença de qualquer pessoa diferente do seu convívio na Casa de Acolhimento São José e quando tentam intervir para acalmá-lo, se põe a chorar. O seu comportamento passou a ser observado por um período de 30 dias.
Nesse período de observação, notou-se que na primeira semana o menor berrava quando chegava alguma visita na casa de acolhimento, ou quando uma nova criança de tamanho maior que ele era acolhida e passava a morar no local, sendo que quando se tratava de crianças, ele ainda mostrava a língua e fazia caretas.
Na primeira semana, tiveram quatro visitas em sete dias e foram acolhidas duas crianças maiores que Jonatas no mesmo período, as funcionárias tiveram que intervir todas as vezes e o mesmo sempre chorava.
Na segunda semana, houve apenas uma visita e nenhuma criança foi acolhida, porém o comportamento acontecia todas as vezes que Jonatas tinha contato com as duas novas crianças. Nessa semana observou-se que o menor teve contato cinco vezes com as duas crianças acolhidas na semana anterior, porém as funcionárias pararam de intervir após os maus comportamentos e observaram que ele não chorava mais, apenas se isolava.
Na terceira semana, Jonatas não apresentou mais os maus comportamentos com as crianças que entraram na primeira semana, mas tiveram três visitas que provocaram o comportamento de berrar e se isolar no seu quarto.
Na quarta semana, observou-se que o comportamento de berrar e isolar permaneceu quando ocorrem visitas e o acolhimento de novas crianças. Nessa semana não houve acolhimento de novas crianças e apenas uma visita, de um casal que demonstrou interesse em adotar o menor Jonatas.
Diante da situação observada durante os 30 dias de acompanhamento e do comportamento do menino perante os possíveis pais adotivos, o serviço social da Casa de Acolhimento São José, encaminhou o menor Jonatas, 6 anos, para o serviço de Psicologia, pois foi observado um comportamento ainda mais agressivo, a partir das visitas realizadas pela família que demonstrou interesse em adotá-lo.
Observou-se também que Jonatas é uma criança tímida quando falam com ele, mas consegue se expressar melhor nas brincadeiras, principalmente quando joga futebol. Alegra-se quando está com uma bola nos pés.
Nas visitas junto a possível família adotiva, quando começam a falar com ele, Jonatas se põe a berrar para que vão embora e se isola no quarto.
A família tenta de todas as formas se aproximar, mediada por profissionais da instituição, sem a presença de outras crianças e há êxito quando lhe oferecem uma bola de futebol. Somente desta forma conseguem uma interação com o menor e alguns sorrisos.
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