A ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NO ATENDIMENTO À PACIENTES
Por: Leticiaairess • 16/9/2018 • Projeto de pesquisa • 2.010 Palavras (9 Páginas) • 210 Visualizações
A ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NO ATENDIMENTO À PACIENTES INTERNADOS EM HOSPITAL GERAL
NEVES JUNIOR, R. R., email1: romildoufg@hotmail.com
AIRES, L. C.1: aires.leticia@hotmail.com
PAULINO-PEREIRA, F. C.2: epifania.cps@gmail.com
1Graduandos do curso de Psicologia (Universidade Federal de Goiás/Regional Catalão)
2Docente do curso de Psicologia (Universidade Federal de Goiás/Regional Catalão)
Resumo: O Projeto de Extensão “Psicologia na Comunidade” supervisionado pelo professor em reuniões semanais com discentes do curso de Psicologia e profissionais da área, consiste em atendimentos nos leitos de pacientes internados na rede pública (SUS) de um hospital de atendimento geral de Catalão-GO, eventualmente, os respectivos familiares ou acompanhantes também são atendidos. O objetivo deste trabalho é a escuta terapêutico-educativa a fim de proporcionar o bem-estar do paciente a partir de sua compreensão como sujeito psicobiossocioespiritual. O trabalho é realizado semanalmente por quatro estudantes em horário fixo, os quais se subdividem para atendimentos individuais nos quartos de enfermaria e apartamentos. Após esta prática os relatos são registrados em diários de campo para discussões na supervisão com o professor, as quais são embasadas em textos da Psicologia Social Comunitária. Até o presente momento foi possível observar o benefício deste trabalho para os pacientes no que tange ao acolhimento de seus sofrimentos psíquicos perante o acometimento de uma enfermidade, reverberando em sua melhor aceitação às intervenções hospitalares, bem como suscintando-lhes a reflexão acerca de outros aspectos subjetivos que perpassam sua condição de saúde, resultados estes em conformidade com as pesquisas acadêmicas estudadas pelo grupo.
Palavras-chave: Psicologia na Comunidade, Psicologia da Saúde, Psicologia Hospitalar
MODALIDADE DE INSCRIÇÃO: EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA
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- INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como propósito apresentar o exercício dos estagiários de psicologia dentro de um hospital geral da cidade de Catalão, Goiás. É através do projeto de “Psicologia na Comunidade” que essa prática de inserção dos alunos do curso de psicologia é possível.
Entende-se como sendo de extrema importância a inserção dos alunos do curso de psicologia na comunidade desde os primeiros períodos da graduação, pois essa inserção possibilitaria a plena compreensão da relação teoria/prática. A extensão universitária contribui enormemente para os estudantes, uma vez que os tira de uma realidade limitada vivenciada apenas dentro dos campi universitários, bem como contribui com a comunidade à medida que oferece a sua atuação profissional, proporcionando reflexões através das práticas e consequentemente a transformação da realidade, e mostra aos integrantes desta, que a Universidade é espaço de problematização e também de promoção de saúde.
Tem-se ainda a visão de que no ambiente hospitalar, os cuidados devem girar apenas em torno do corpo físico, da materialidade, a atuação dos profissionais de psicologia no hospital é importante pois leva uma visão dos cuidados que as pessoas também devem ter para com os psicólogos.
Para a realização dos atendimentos, parte-se do princípio de um atendimento humanizado, uma vez que olha-se o sujeito cada qual com sua especificidade ao mas também como sujeito coletivo e parte não só de sua história, como também de outras pessoas.
A proposta de atendimento humanizado no âmbito hospitalar, visa uma melhora na qualidade de atendimento do usuário e nas condições de trabalho dos profissionais. Mota, Martins e Véras (2006) salientam que os profissionais que trabalham com seres humanos, devem tratar o outro como humano, com igualdade e aproximação, tentando fazer o máximo para respeita-lo e acompanha-lo.
- 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
- No contexto atual, há um movimento em direção à humanização dos serviços de saúde; no âmbito hospitalar, isto é feito de forma técnica e estrutural, com enfoque no treinamento da equipe de saúde a fim de promover uma hospitalização mais confortável ao paciente. Mota, Martins e Véras (2006), elucidam que há uma preocupação em se trabalhar com a equipe da instituição, pois entende-se que o contato direto com o adoecimento, a dor e o sofrimento, coloca o profissional de saúde diante de sua própria vida, saúde ou doença, propiciando assim o desenvolvimento de mecanismos rígidos de defesa, afetando este em âmbito pessoal e profissional.
Vê-se necessária a quebra dos moldes rígidos que regem a equipe médica. Estes por vezes se veem na posição de ensinar ao paciente quais comportamentos são certos ou errados, baseando-se nos próprios valores e ideais, e sem levar em consideração que o sujeito ali está indefeso e preso ao contexto da hospitalização, assim, a consolidação do sistema de Humanização visa não somente a melhora das condições de trabalho para os profissionais, mas também a melhora no atendimento daqueles que buscam o serviço de saúde e seus familiares. Assim: Humanizar é garantir à palavra a sua dignidade ética; ou seja, para que o sofrimento humano e as percepções de dor ou de prazer no corpo sejam humanizados, é preciso tanto que as palavras expressas pelo sujeito sejam entendidas pelo outro quanto que este ouça do outro palavras de seu conhecimento. Sem a comunicação não há humanização. A humanização depende de nossa capacidade de falar e ouvir, do diálogo com nossos semelhantes. (Mota, Martins e Véras 2006, p.325)
Um campo relativamente novo que irá desempenhar um papel fundamental para o enfrentamento de desafios para a saúde do mundo, a Psicologia da Saúde é a ciência que busca responder questões relativas à forma como o bem estar das pessoas pode ser afetado pelo que se pensa, sente e faz. P. 13 Mosiman
Mais que uma atuação determinada por uma localização, a “Psicologia
hospitalar é o campo de entendimento e tratamento dos aspectos psicológicos em
torno do adoecimento” – aquele que se “dá quando o sujeito humano, carregado
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