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A Análise Crítica de Instrumentos de Avaliação Psicológica

Por:   •  14/11/2021  •  Pesquisas Acadêmicas  •  14.602 Palavras (59 Páginas)  •  169 Visualizações

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ESTÁGIO BÁSICO – Análise Crítica de Instrumentos de Avaliação Psicológica

Professora: Fernanda Ferracini

Aluno: Isabel Alves Cachoeira Gomes               RA: 29.477

Barroso Sabrina Martins. Avaliação Psicológica: da teoria às aplicações. Petrópolis, RJ: Vozes, 2015.

CAPÍTULO 1- Documentos normativos e de orientação para aavaliação psicológica.

Introdução

“Ao longo da história da psicologia, em esfera internacional e nacional, inúmeros esforços foram empreendidos com o intuito de promover a condução de avaliações psicológicas adequadas do ponto de vista ético, técnico e científico”. Foram formulados “documentos referendados por associações acadêmicas e profissionais de Psicologia e de Educação”. “As principais razões em elaborar documentos normativos em (AP) são de natureza ética: garantir o bem estar das pessoas envolvidas e a realização de uma atividade de forma competente e de qualidade. O motivo necessário de reforçar e normatizar uma atividade parte de dois princípios éticos que são claros e básicos em todo exercício profissional, as respostas são muitas, mas certamente a primeira é considerar o desconhecimento de muitos aspectos envolvidos na realização de uma atividade técnico-cientifica como é o caso da (AP). O processo de formação em uma área de conhecimento especifica exige que as dimensões técnicas e cientificas sustentem tais princípio éticos porque são elas que geram informações a serem assimiladas pelo profissional por meio de capacitação, treinamento supervisionado e da prática”. (p.13).

“Os importantes documentos normativos sobre AP brasileiros são propriamente resoluções do conselho Federal de Psicologia (CFP) e a documentos internacionais produzidos pela International Testing Commission (ITC) e pela American Psychological Association”. (p.14).

Documentos normativos e fontes de acesso

“Uma primeira consideração a fazer sobre os documentos brasileiros e internacionais é que podemos situá-los em duas categorias: guias\diretrizes e resoluções. Os internacionais podem ser considerados guias, possuem caráter de orientação e não de obrigatoriedade. Os documentos produzidos nacionalmente abrangem as duas categorias, ou seja, dispomos de resoluções emitidas pelo CFP e também guias de orientação, tais como, os documentos publicados pelo Instituto Brasileiro de Avaliação Psicológica (IBAP) e pela Associação Brasileira de Rorchach e Métodos Projetivos (ASBRo)”. (p.14).

Entidades e documentos internacionais

“A necessidade de documentos internacionais para orientar o uso adequado dos testes psicológicos e educacionais ocorre ao se considerar que os países diferem amplamente em relação ao grau de controle legal que exercem sobre a compra, o uso dos testes e as consequências dos resultados obtidos para as pessoas avaliadas (ITC,2010). Nesse contexto, pretende-se que, ao existir orientações internacionalmente aceitas, estas possam auxiliar as associações de cada país a desenvolver diretrizes locais próprias. Internacionalmente, duas entidades envolvidas com as questões da AP são, a International Test Commission ([ITC] – Comissão Internacional de teste) e American Psychological Association ([APA] – Associação Americana de Psicologia)”. (p. 14).

“Os guias produzidos por essas entidades ganharam ampla aceitação internacional e representam esforços no sentido de estabelecer referências técnicas e éticas para atuação na área da testagem psicológica e educacional”. (p.15).

International Test Commssion (ITC) e os guias de orientações aos usuários dos testes psicológicos e educacionais.

“A ITC (Comissão Internacional de teste) é uma associação internacional comprometida com o uso adequado dos testes psicológico estabelecida desde a década de 1970. Seu objetivo principal é facilitar o intercâmbio de informações entre seus membros no intuito de estimular a cooperação internacional em projetos na área de avaliação psicológica e educacional relevantes do ponto de vista científico e ético. Atualmente, a entidade é composta por 800 membros de diferentes nacionalidades. Para ser membro da ITC, para qualquer psicólogo que tenha interesse em testes psicológicos e educacionais e há duas categorias exclusivas de afiliação à entidade, ou seja, para grupo de psicólogos que possuem grau de representatividade em nível nacional ou estão envolvidos com o desenvolvimento de trabalho de construção de novos testes”. (p. 15).

“Os guias de orientações aos usuários dos testes psicológicos e educacionais possuem como intuito fornecer recomendações sobre quatro importantes aspectos das testagens:

  1. “Guidelines on Test Use (Orientações para o Uso dos Testes; ITC, 2000): Foi proposto no intuito de delimitar as competências e os conhecimentos necessários aos usuários dos testes em termos de padrões éticos e profissionais”.

“Em relação às práticas profissionais recomendadas, enfatiza-se a responsabilidade técnica do usuário quanto à seleção dos testes mais adequados para as características do examinando e situação de avaliação”. “Deve-se observar que os testes devem apresentar evidências mínimas de validade e precisão, bem como normas de interpretação compatíveis com o perfil do examinando”.

“Todo psicólogo deve apresentar formação e domínio técnico do teste, caso contrário, pode comprometer a utilidade dos resultados”.

“A comunicação dos resultados deve ocorrer na modalidade oral e escrita e ser pautada na clareza tendo em vista o nível técnico e linguístico do interlocutor”. (p.16).

  1. “Guidelines onTranslating and Adapting Tests (Orientações para Tradução e Adaptação de Testes; ITC, 2010): Fornece orientações detalhadas sobre as etapas de adaptação de testes para um novo contexto e destaca a relevância de se considerar os aspectos linguísticos e culturais nesse processo. O processo de adaptação de um teste tem como objetivo alcançar uma versão do instrumento com estímulos e características psicométricas semelhantes ao original para que possa produzir resultados comparáveis”.

“É preciso que haja um trabalho que identifique a compatibilidade dos estímulos verbais e não verbais das versões original e adaptada como também de todo o material necessário para administração e interpretação dos escores. Estes cuidados pretendem evitar viés cultural nos resultados obtidos”.  

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