A Analise Do Filme Diva
Por: brenoway • 7/4/2023 • Trabalho acadêmico • 713 Palavras (3 Páginas) • 185 Visualizações
Antes de realizarmos uma análise da personagem retratada no filme “Divã”. Vale ressaltar que a psicoterapia não vai promover a cura, mas vai trabalhar no sofrimento que é apresentado pelo paciente sempre por meio de técnicas que será trabalhado em cima do paciente para que ele trabalhe suas dores, testes seus limites e suas potencialidades. Devemos de forma rápida relembrar dois conceitos principais da teoria freudiana, sendo eles os conceitos de psicose e neurose. A psicose se trata, de uma forma bem resumida, dos conflitos do EGO com a realidade, quando o indivíduo encontra barreiras impostas a seus desejos pela realidade, o mesmo sofre com esse conflito, tendo de solucioná-lo ou aceitá-lo tal qual se apresenta, se utilizando de diversos mecanismos psíquicos para realização desse/s desejo/s. Já o neurótico, é uma condição em que o EGO está em conflito com o ID, ou seja, conflitos internos não resolvidos e/ou mal recalcados durante a infância transformam aquele individuo em um ser desprovido da capacidade de julgamento racional em situações adversas ou em casos específicos, sendo que o mesmo pode até gerar uma distorção de sua própria realidade para acreditar naquilo que lhe parecer verdadeiro ou “coerente”.
Mercedes, uma dona de casa, casada e com dois filhos se encontra em sua seção de psicanálise a qual a mesma em primeiro momento julga não precisar por não ter nenhum problema aparente, logo de início é perceptivo notar os traços de ansiedade que rodeiam Mercedes, embora um pequeno nível de ansiedade na primeira consulta seja normal e até esperado, a mesma exibe esse traço de forma muito acentuada, revelando em seguida que tem medo de ser feliz para sempre, o que de antemão pode causar estranhamento a quem estar a assistir a trama, contudo, nos momentos seguintes nos é revelado que a mesma perdeu a mãe quando ainda era uma criança, não demora para percebermos que a ligação com a neurose é sua perturbação afetiva e emocional, pois está ligada ao conflito intrapsíquico entre ideia, desejo e vontade. Com base no slide da aula 19 de abril, nela a relação de morte da mãe e sua aproximação com o pai em relação a crise no casamento quando ela interliga a frase: “Problemas mais sérios, esses problemas que colocamos na mãe, mas não tenho mãe, perdi minha mãe aos oito anos.” Quando ela detém suas lembranças da morte de sua mãe enquanto era mais nova, onde ela mesmo conta que não chorou pela morte da mãe, mesmo não tendo lembranças em relação ao rosto dela e depois da morte de sua mãe, não chorou por mais ninguém.
No desenrolar da trama somos apresentados a sua família e sua vida particular, sendo que em determinado momento a personagem começa a ter relações extraconjugais, rompendo futuramente com o casamento a qual definia como “uma vida chata”, ainda assumindo uma posição de defesa para interpretação de sua própria realidade. Outra situação que podemos notar Psicose com base no slide da aula 19 de abril que podemos notar seria a situação entre a protagonista e o irmão de uma aluna dela. Onde ela acaba tendo delírios com o cujo irmão, tendo uma perda da realidade achando que os dois têm alguma relação.
No final do filme a morte da melhor amiga de Mercedes marca um ponto específico de seu desenvolvimento como pessoa, em uma cena comovente com um tom de risos forjados, mas depois chega o choro (a perda). No caso Mercedes que fala livremente indica a fala da personagem com o método de associação livre… falar o que vier na mente. Na psicose pode dizer-se que a análise que muda um pouco do essencial, pois esta prática é teórica em ato e dispositivo analítico. No caso neurose e a personagem Mercedes, pois de acordo com Freud no texto neurose e psicose (1856-1939). Indica que outras formas de psicose, ele inclinam-se a profundidade afetiva. Isto é uma perda de toda participação do mundo externo. E a etiologia comum ao início de uma psiconeurose e de uma psicose sempre permanece a mesma frustração é em última análise sempre uma frustração externa, mas no individual procede do agente externo no (superego).
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