A Atividade Prática Supervisionada – Grafismo infantil
Por: Dell Pedrosa • 15/4/2022 • Pesquisas Acadêmicas • 2.470 Palavras (10 Páginas) • 95 Visualizações
UNIVERSIDADE PAULISTA
DENISE CRISTINA PINZAN
GRACIELLE ANDRADE
LUCIANA CAPISANI
PSICOLOGIA CONSTRUTIVISTA
Atividade Prática Supervisionada – Grafismo infantil
São Paulo
2018
DENISE CRISTINA PINZAN T3747C-7
GRACIELLE ANDRADE T63061-4
LUCIANA CAPISANI C3232E-9
PSICOLOGIA CONSTRUTIVISTA
Atividade Prática Supervisionada – Grafismo infantil
Trabalho apresentado no curso
de Graduação em Psicologia da
Universidade Paulista.
Orientadora: Profª. Drª Ruth Gheler
São Paulo
2018
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 4
2.
3.
4.
5.
6. CONCLUSÃO.........................................................................................................................
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. INTRODUÇÃO
Intencionamos apresentar neste trabalho, os resultados das interpretações sobre os grafismos das crianças em suas fases de desenvolvimento humano, embasados nos pontos de vistas das literaturas e estudos dos autores Georges Henri Luquet e Viktor Lowenfeld, avaliações estas utilizadas comumente por Jean Piaget, que considera o desenho uma forma de representação do pensamento. A pesquisa objetivou experimentar o procedimento da coleta de desenhos de crianças - efetuadas pelos membros do grupo - anotar suas percepções verbais e gestuais diante da criança utilizando um papel branco A4 e lápis nº 2, apresentados para tal, por meio da metodologia da observação e análise desta, buscando a interpretação do grafismo solicitado às crianças escolhidas, aleatoriamente, para proceder o seu desenho de forma livre, sem críticas ou observações de como deveria fazer ou ter feito, com o objetivo de compreender a formação do desenho infantil e sua função. As perguntas iniciais foram: a) “Você pode desenhar uma pessoa, por favor?”, e após o desenho concluído b) “O que você desenhou?”.
Este trabalho demonstra a relevância de se investigar o grafismo infantil, tanto para seu contexto de interação social, como para compreensão do seu desenvolvimento durante os estádios da infância.
[pic 1]
AVALIAÇÃO DE GRAFISMO INFANTIL
Desenho realizado em 24/03/18, por uma criança de 3 anos e 8 meses. Criança cursando o maternal II.
Foi solicitado para a criança desenhar uma pessoa.
Ao avaliar o desenho observamos rabiscos aleatórios, segundo Luquet, esse desenho representa a fase do Realismo Fortuito, uma fase que se inicia entre (2 e 3 anos), onde a criança aprende a representar, desenha um conjunto de traços feitos intencionalmente, porém não existe a intenção de fazer uma imagem, o desenho é resultado da livre exploração que a criança faz sobre os materiais. Nesta fase a criança encontra obstáculos que dificultam a representação da realidade: uma de ordem física pois apresentam dificuldade em coordenar seus movimentos motores para dar ao traçado o aspecto do objeto desenhado. A criança em questão não coordenava bem a pega no lápis, em seus rabiscos aleatórios falta firmeza nos traços. O outro obstáculo é de ordem psíquica, que consiste na falta de atenção da criança para desenhar por menores. A representação nessa fase, por ser fortuita, não se mantêm em todos os desenhos que a criança faz: é apenas acidentalmente que ela é capaz de fazer um traçado que se pareça com um objeto, e isso explica o porquê de ora nomear seu desenho de uma maneira, ora de outra. No desenho avaliado, a criança inicia dizendo que fará uma menina feliz, depois rabisca dizendo que fez a letra de seu nome H e finaliza outros rabiscos dizendo que fez um monstro. Na interpretação de Luquet, a criança no realismo fortuito reconhece seus rabiscos involuntários como sendo resultado de sua atividade, porém não atribui significado a mesma, pois nesta fase está manipulando e explorando os materiais, e no grafismo é o olho que segue a mão e não as marcas impressas no papel.
Já segundo Lowenfeld, esse desenho representa a fase Garatujas, (2 aos 4 anos), essa fase é classificada em quatro tipos: Desordenadas (rabiscos não respeitam o limite do papel), Controlados: (os rabiscos não saem mais da folha), Nomeados: (a criança começa a tirar o lápis do papel, dando nome aos rabiscos), Diagramadas: ( traços e linhas se interligam, formando uma espécie de mosaico).
O desenho avaliado se enquadra na fase Nomeados, pois a criança a todo instante tirava o lápis do papel e nomeava seus rabiscos. De acordo com Lowenfeld, as garatujas não são tentativas de representar a realidade, e sim rabiscos que fazem parte do desenvolvimento físico e psicológico da criança. Porém por volta de 3 anos e meio, há uma grande transformação no pensamento da criança, ela começa a atribuir nomes (significados) às suas garatujas. Antes havia apenas um prazer em fazer os movimentos, agora os movimentos estão ligados ao mundo ao seu redor. Transferiu-se do pensamento cinestésico para o pensamento imaginativo, onde a imagem mental tem um papel importante: a criança tem uma ideia do que irá fazer e é influenciada por aquilo que desenhou. Esses traços podem não ter sentido para o adulto, mas possuem um significado real para a criança.
[pic 2]
AVALIAÇÃO DE GRAFISMO INFANTIL
Desenho realizado por uma menina de 05 anos, cursando a pré-escola.
Avaliando este desenho, podemos observar que apesar de estar clara a presença de uma figura humana, ao mesmo tempo a expressão nos remete para um possível badameco modificado. A figura parece solta no ar e estar incompleta; os braços e pernas como palitinhos (riscos), não têm mãos, nariz, etc.
Podemos constatar que há numa transição entre as fases, realismo fracassado e realismo intelectual, ou seja, o desenho está meio badameco com início para o intelectual.
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