Grafismo Infantil, Linguagem Do Desenho

Introdução

Esse trabalho busca analisar e compreender de que forma a criança representa o seu pensamento, fazendo a leitura deste mundo, utilizando o grafismo como forma de expressã, baseando-se nos estudos de Luquet e Lowenfeld.

Para os autores acima, o desenho infantil traduz o grau de maturidade em que a criança encontra seu equilíbrio emocional e afetivo, além do desenvolvimento motor e cognitivo. De um lado, o ato de desenhar se firma de forma espontânea, desenvolvendo sua condernação motora, e por outro, são gestos, construídos e emitados da cultura em que a criança se encontra.

A representação gráfica infantil, pesquisada por teóricos da psicologia, da arte e da educação, tem sido alvo de polêmicas e discussões nos mais variados contextos – nas escolas, nas universidades, nas famílias, nos consultórios de psicologia e psicopedagogia,entre outros.

A reflexão gira em torno de como melhor compreender a criança através de um de seus meios mais expressivos – o desenho.

Através da evolução do grafismo é possível identificar o quanto as crianças estão aprimorando seus desenhos mediante suas experiências individuais e suas interações sociais.

Luquet menciona os “erros” e “imperfeições” do desenho da criança que atribui a “inabilidade” e “falta de atenção”, afirmando também a existência de uma tendência natural e voluntária da criança para o realismo.

Para Luquet, o desenho para criança é uma forma de diversão, um jogo como qualquer outro, o desenho para ela nunca é uma reprodução, mas sim uma linguagem gráfica que toma forma gradativamente de uma imagem visual.

Luquet distingue estudos sobre o desenho, ele investigou as produções gráficas procurando definir o processo evolutivo sobre o grafismo infantil classificou a expressão do grafismo infantil em quatro estágios:

Realismo Fortuito

Realismo Fracassado

Realismo Intelectual

Realismo Visual.

Lowenfeld qualificava a arte como catalizadora da criatividade. Segundo ele a expressão gráfica do desenho acontece em fases conforme o desenvolvimento em cada idade. Ele estabelece três fases para o desenho infantil:

A primeira fase o autor subdivide em três etapas:

Etapa da garatuja desordenada

Etapa da garatuja ordenada

Etapa da garatuja nomeada

A segunda fase é pré-esquemática

E a terceira fase é vista como “esquemáica”

Será de importância vital para o crescimento e para o desenvolvimento da criança se ela tiver a oportunidade de expressar-se livremente através de sua arte, demonstrando sua personalidade.

Esse trabalho mostra o exemplo de três crianças com idades diferentes e seus desenhos, onde é possível notar alguma das fases estágios que tanto Luquet quando Lowenfeld citam em seus estudos.

Os resultados obtidos fazem reconhecer que o desenho possui características particulares, que demanda certos cuidados pedagógicos e éticos, nem todas crianças passam pelas mesmas fases e estágios.

Lara, 12 anos Desenho 1 (casa)

Segundo as teorias de Lowenfeld, o desenho N°1 (casa), mostram traços contínuos, transparecendo um espírito dócil.

A pressão do risco em seu desenho, também mostra certo entusiasmo e vontade, pois seus riscos não estão nem fortes e nem fracos.

Nesse desenho da casa, está se mostra, uma certa segurança (Lowenfeld).

A casa foi desenhada no centro da folha, segundo Lowenfeld, este desenho está indicando o momento atual.

A cor que mais se destacou foi a cor laranja, no telhado, conforme Lowenfeld indica necessidade de contato social e público, impaciência. Não podemos esquecer também, que o telhado da casa costuma ser muito importante, pois simboliza o conteúdo de sonhos e fantasias.

Lara, 12 anos Desenho 2 (Família)

Este desenho também se mostra no centro do papel, indicando o momento atual. (Lowenfeld)

Lara não