Grafismo infantil
Por: Ana Paula Guarnieri • 3/5/2015 • Trabalho acadêmico • 1.085 Palavras (5 Páginas) • 1.154 Visualizações
Grafismo infantil, a linguagem do desenho
Psicologia Construtivista
INTRODUÇÃO:
O rabisco, a escrita, e o desenho não são apenas algo mecânico do ser humano, mas são maneiras que utilizamos para nos expressar e nos comunicar. Um desenho pode ser compreendido como um texto, a partir do momento em que ele passa uma informação.
A criança, inicialmente pode não ter a intenção de transmitir algo, uma vez que ao desenvolver sua capacidade motora, esta utiliza qualquer material para deixar sua marca, mas “tem funcionado como expressão do desenvolvimento geral, por meio de estudos que, focalizando a maturação gráfica da criança, procuram estabelecer as fases do desenvolvimento infantil ou avaliar a evolução de aspectos parcelados como objeto ou tema do desenho, noção do espaço, perspectiva e transparência, ou o papel da percepção visual e da psicomotricidade e demais aspectos psiconeurológicos ou análise do traçado ou do uso preferencial da mão” (Van Kolck, Odette Laurenção, 1984 p.1)
O desenho permite que a criança crie símbolos, que representam a relação com as pessoas e com si mesma, e como encara o mundo à sua volta, podendo usar de formas já existentes ou inventadas, expressando seus sentimentos.
Sendo assim, o desenho ligado à mente, deve-se dividir o desenvolvimento em fases.
Lowenfeld (1977) denominou a primeira como Estágio das Garatujas (02 a 04 anos de idade), onde a criança faz rabiscos sem intenção, adquirindo aos poucos o controle do movimento. Aqui a criança explora todo o espaço.
A segunda fase, Estágio Pré-esquemático (04 a 07 anos, aproximadamente), mostra as primeiras tentativas de representar a realidade, adquire consciência das formas, mas os desenhos ainda possuem variações de tamanho.
A terceira, Estágio Esquemático (07 a 09 anos), a criança desenha o que está em seu meio, dispondo as formas em uma linha que percorre toda a margem da folha, por exemplo.
O quarto, Estágio do Realismo (09 a 12 anos), ainda possui simbolização, mas a criança tem consciência disso.
RESUMO:
O trabalho em questão parte do pressuposto de que o grafismo não é apenas um rabisco impensado, mas uma forma de expressão, comunicação e de criação, cada traço possui uma simbologia de seu meio, segundo pesquisadores, e profissionais da psicologia e da educação. Com o intuito de então, compreender e aprimorar os conhecimentos já adquiridos em sala de aula realizamos este trabalho com crianças de variadas idades, podendo identificar cada Estágio e aprimorar o conceito de que a criança, ao desenvolver sua capacidade motora, utiliza de lápis ou outro, para deixar inicialmente sua marca, e ao decorrer do tempo, o faz para comunicação, para representar o meio em que vive.
OBJETIVO:
Diferenciar o grafismo segundo as idades, melhorando a nossa compreensão da representação de cada um por meio de seus desenhos.
OBSERVAÇÃO:
Criança 1: L, 2 anos: L, de dois anos e sete meses foi retirada da sala de aula e levada para outra sala com a amiguinha de 3 anos. Dei uma folha para ela e coloquei uma caixa de lápis de cor do centro da mesa. Ao dizer para a criança L desenhar uma pessoa ela disse que ia desenhar um gato e pegou o lápis de cor vermelho. Como a observação da criança L estava sendo feita em paralelo com a criança S, quando a criança S disse que estava desenhando o papai e a mamãe a criança L disse que o seu desenho não era mais um gato e sim a mamãe e do lado da mamãe ela desenhou mais um círculo e disse ser o papai.
Criança 2: S, 3 anos: S, de três anos e seis
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