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A Discursiva Hospitalar

Por:   •  5/6/2023  •  Dissertação  •  552 Palavras (3 Páginas)  •  61 Visualizações

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DISCURSIVA PSICOLOGIA HOSPITALAR

Elisabeth Kübler-Ross (1926-2004) foi uma Psiquiatra suíça, autora do livro “Sobre a morte e o morrer” (1969). Esta obra apresenta o modelo Kübler-Ross, que se refere à identificação de fases que antecedem a morte, bem como a sugestão de métodos para que os cuidadores de pessoas gravemente enfermas possam auxiliá-los neste período de intenso sofrimento.

Esse modelo não se trata de uma fórmula rígida de padrão a ser seguido, mas sim se refere primeiramente a compreender os pacientes sem julgá-los, e a preparar familiares e profissionais da área médica a lidar com as circunstâncias da situação. (AFONSO;MYNAIO, 2013)

Esta obra aponta as fases do luto, que os pacientes ou familiares normalmente apresentam quando recebem um diagnóstico grave. O luto, segundo o Dicionário Online de Português (2021), se refere a um “Profundo pesar causado pela morte de alguém.” e “Sentimento gerado por perdas como separação, partidas ou rompimentos.”. A autora descreve as cinco fases do luto, mas ressalta que nem todos vão vivenciá-las da mesma forma, nem na mesma ordem, pois ele é único, individual.

A primeira fase é a da negação, caracterizada justamente em negar o que está acontecendo, em não acreditar que a situação seja real. A segunda fase é a raiva, onde o sentimento pode ser direcionado para diversos lados, desde a equipe médica que cuida do paciente, a si mesmo, por não ter agido de outra forma, a Deus, que está permitindo que tal situação aconteça, a outros parentes, enfim, se busca um culpado pela situação. (NETTO, 2015)

A próxima fase é a de barganha, onde a pessoa busca, através de juras e promessas, que algo milagroso aconteça, realizando acordos (reais ou imaginários) com entidades religiosas ou místicas. (NETTO, 2015)

A quarta fase se refere à depressão, não se caracterizando como patologia, mas sim em relação a um profundo sentimento de tristeza pela situação ocorrida, sendo uma reação normal após uma piora de quadro ou até mesmo a perda de um ente querido. Por fim a quinta fase é a de aceitação, onde o sujeito passa a acolher a nova realidade, e a dar novos significados a ela, reaprendendo a viver. Um momento mais introspectivo, onde a sensação de luta dá espaço à quietude, a elaboração do sentimento. (NETTO, 2015)

Essas fases são norteadoras para a Psicologia Hospitalar, pois neste momento estressante, é necessário que se tenha um entendimento de como o processo ocorre, para a partir disto, propor estratégias de enfrentamento que possam ressignificar, dar novos sentidos à vida, e a oferecer conforto. A aceitação da morte é vista de diferentes formas, de acordo com a época e a sociedade, mas possibilitar que paciente e familiares vivenciem o processo de adoecimento de forma menos agressiva, é essencial para que o luto ocorra de forma natural, sem que seja prolongado e acabe por trazer outras demandas para a vida daqueles que ficam.

BIBLIOGRAFIA

AFONSO, Selene Beviláqua Chaves; MYNAIO, Maria Cecília de Souza. Uma releitura da obra de Elisabeth Kubler-Ross. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 18, n. 9, p. 2729-2732, 2013. Disponível em: https://www.scielosp.org/article/csc/2013.v18n9/2729-2732/#. Aceso em Maio/2023.

LUTO, Dicionário Online de Português. 2021. Disponível em https://www.dicio.com.br/luto/. Acesso em Maio/2023.

NETTO, José Valdecí Grigoleto. As fases do luto de acordo com Elisabeth KüblerRoss; Anais Eletrônico IX EPCC – Encontro Internacional de Produção Científica UniCesumar; n. 9, p. 4-8, Nov. 2015. Disponível em: https://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/2856?mode=full. Acesso em Maio/2023.

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