A ESPECIALIZAÇÃO EM TERAPIAS COGNITIVAS DO CURSO CONSCIÊNCIA
Por: thagmoreira • 19/9/2022 • Relatório de pesquisa • 649 Palavras (3 Páginas) • 77 Visualizações
ATIVIDADE AVALIATIVA- MÓDULO I
ESPECIALIZAÇÃO EM TERAPIAS COGNITIVAS DO CURSO CONSCIÊNCIA- JUIZ DE FORA
PROFESSORA: JOSETE MIRANDA
ALUNA: THAISSA GOMES MOREIRA.
1)
F.L., sexo masculino, 26 anos, filho único, estudante de nível superior e heterossexual. Busca a psicoterapia por encaminhamento de uma amiga, em função da ansiedade desencadeada em determinadas situações sociais, bem como pela dificuldade em dar continuidade e concluir tarefas.
Em seu desenvolvimento, F.L considerava-se uma criança tímida e solitária, sendo por vezes, alvo de comentários negativos e maldosos em seus círculos sociais. Tinha alguns amigos, mas deixava que eles o procurassem para falar e interagir, sendo sempre o mais quieto.
No início da adolescência, devido ao abandono e posterior falecimento de seu pai, F.L e a mãe enfrentam dificuldades financeiras e o mesmo se vê responsável em contribuir com a renda familiar. Aos 16 anos começa a trabalhar em uma loja de artigos de informática, emprego no qual, permanece ainda atualmente. Está insatisfeito com o trabalho, porém reconhece seu comodismo, uma vez que receia ter que passar por processos seletivos ou entrevistas de emprego.
O paciente relata que enquanto todos da sua idade saiam para encontros e festas, ele se isolava socialmente, refugiando-se em seu quarto e evitando ao máximo sair de casa, pois se sentia totalmente deslocado fora deste ambiente. Durante a adolescência, sua interação social se restringia a mãe, poucos amigos ou para a realização de obrigações (estudo e trabalho).
Apresenta medo excessivo ao lidar com as pessoas, pois as percebe como potencialmente críticas e rejeitadoras. Relata algumas vezes durante as sessões que as “enxerga como gigantes enquanto ele é uma miniatura”. Como não se envolve frequentemente em atividades sociais, investe boa parte de seu tempo em jogos de videogame. Entretanto, não consegue manter-se motivado e concentrado em uma mesma atividade por muito tempo (seja ela qual for, desde lazer à obrigações), relata “perder o interesse facilmente” e por isso, procrastinar durante a execução de qualquer tarefa, até o momento em que desiste de conclui-la.
2)
Em situações sociais temidas, F.L apresenta dificuldades em iniciar e/ou manter diálogos e interação com as demais pessoas, pois preocupa-se exageradamente com a avaliação negativa de seu desempenho social, mantendo uma exigência pessoal de padrões elevados, onde sua atenção e memória estão voltadas para situações de desempenho negativas no passado e no presente.
Nesse sentido, percebo a relação entre a atenção e a ansiedade. Diante dessas situações “gatilho”, sua atenção que deveria ser voltada para as pessoas e para o ambiente que o cerca é desviada para ele mesmo, em uma monitoração detalhada de seus comportamentos, sentimentos e sensações corporais. Com a atenção hipervigilante para suas reações, ele reforça sua autoimagem distorcida (de ser incapaz, inadequado, inferior, desagradável), provocando assim um potencial aumento em sua ansiedade.
Neste mesmo caso, um outro possível exemplo do viés da atenção na ansiedade é a dificuldade de F.L em concluir tarefas (ex: trabalho de conclusão de curso, exames de aptidão para CNH). Ao iniciar alguma atividade, não consegue selecionar uma única fonte de informação diante dos vários estímulos distratores, ativando sintomas ansiogênicos de tal forma, que perde o interesse e motivação para concluir a tarefa.
3)
F.L se mostra pouco eficaz ao avaliar suas próprias capacidades sociais e superestima a chance de eventos negativos acontecerem. Quando ele se encontra em uma das situações sociais temidas, ativa crenças de incapacidade e inadequação, percebendo a situação social como perigosa. Assim, sintomas associados à ansiedade social são desencadeados.
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