A Entrevista em Psicologia
Por: rafasalesgo • 19/9/2018 • Resenha • 902 Palavras (4 Páginas) • 221 Visualizações
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Curso: Psicologia
Disciplina: PSI2124 - Psicologia Social I
Professor: Margareth Regina G. Veríssimo
Aluno: Silva R.
A ENTREVISTA
A Natureza da Entrevista
Um dos maiores equívocos em uma entrevista é deixar de lado sua característica humanizada e torna-la monótona, mecânica e relativamente sem valor. Tal situação é fruto de uma má compreensão do pensamento de um individuo para o outro e acreditar que entrevista se resume apenas a uma rotina de perguntas preestabelecidas e obtenção de respostas para serem registradas.
Naturalmente temos o julgamento de sermos detentores do conhecimento adequado, adquirido pela nossa vivência, porém esse conhecimento é originário de uma combinação de ideias populares e generalizações que são consequentemente reduzidas e alteradas por nossas próprias limitações, moldados por um grande número de preconceitos e emoções que algumas vezes são inconscientes.
O entrevistador deve possuir mais que um conhecimento casual e superficial, deve possuir um conhecimento para uma compreensão, não só da personalidade de seus clientes, mas também de suas necessidades.
A natureza humana é imprevisível e consequentemente muito complexa com suas variadas correntes entrelaçadas. O entrevistador deve ter conhecimento de que muitas das motivações do comportamento humano são inconscientes. Partindo desse princípio torna-se mais tolerante e apto a auxiliar o assistido de maneira mais eficiente.
Em uma entrevista o assistente social não deve separar o psicológico ou emocional do real, é natural que para o entrevistador ocorra essa separação partindo pelo principio que é algo intangível, porém para o entrevistado não existe essa separação. Quando o valor da entrevista é direcionado para a objetividade esquecemos o que é subjetivo. No auxilio de uma pessoa em condições muito simples não devemos apenas nos atentar ao pedido em si, mas da forma que ele é feito. Partindo desse pressuposto é importante conhecer esses fatores subjetivos para elaboração de planos subjetivos.
Além de o entrevistador reconhecer a diferença entre pontos objetivos e subjetivos ele também deve discernir a inutilidade e também os perigos de julgar a atitude das pessoas. É essencialmente importante que o entrevistador evite impor seus próprios julgamentos aos clientes. Quando tal atitude é percebida o bom entrevistador compreende que a manifestação de seus sentimentos poderá prejudicar o progresso da entrevista. Para muitas pessoas é algo inédito conversar com alguém e ser compreendido, ao invés de ser julgado, portanto é importante tirar máximo proveito deste momento. Com essa relação fortalecida o entrevistado, desconhecendo a personalidade do entrevistador, é levado a considera-lo como pessoa ideal. Diante desse cenário o entrevistador deve evitar uma relação dependente, evitando a demonstração de uma exagerada amizade pessoal ou de muitas promessas, buscando manter o equilíbrio dessa relação.
A compreensão do ser humano também se aplica ao entrevistador, pois ele também e dotado de motivações inconscientes e conscientes, ambivalências, preconceitos e razões objetivas e subjetivas de seu comportamento.
O método da entrevista é influenciado pelo objetivo da mesma, não haverá modificação na parte essencial dos métodos usados, mas apenas em seus detalhes. O primeiro objetivo da entrevista é obter uma compreensão do problema e da situação do entrevistado que naturalmente necessita de auxílio. O entrevistador não deve buscar de forma direta alcançar o objetivo da entrevista, mesmo que tenha pleno conhecimento de tal. A maneira ideal é encorajar o entrevistado a falar livremente sobre seus problemas, ao invés de fazer perguntas diretas e deixando-o coagido. Deixar o entrevistado a vontade e fazer uma breve explicação dos motivos dele estar ali e um quesito importante para o bom proveito da entrevista.
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