A FAMÍLIA COMO FATOR DE REINSERÇÃO SOCIAL PARA O PORTADOR DE TRANSTORNO MENTAL
Por: Carmen Lúcia Rodrigues • 2/6/2017 • Trabalho acadêmico • 477 Palavras (2 Páginas) • 393 Visualizações
INTRODUÇÃO
A FAMÍLIA COMO FATOR DE REINSERÇÃO SOCIAL PARA O PORTADOR DE TRANSTORNO MENTAL
Este estudo visa conhecer a importância da família junto a reinserção do portador de transtorno mental a sociedade, como também ressaltar o sentimento da família diante do transtorno mental, e o papel dela no cuidado e no tratamento do familiar doente.
Nominamos família, o grupo constituído de relações entre indivíduos que compartilham significados de suas experiências existenciais, grupo este que vem, através das gerações, sofrendo diversas mudanças e críticas, mas que ainda carrega as responsabilidades das exigências dos papéis atribuídos a ela.
Com a reforma psiquiátrica brasileira e a luta antimanicomial, que buscou a reformulação da forma da atenção dada à saúde mental, transferindo o foco do tratamento que antes se concentrava nas instituições hospitalares (manicômios), para uma atenção psicossocial, estruturadas por várias unidades de serviços comunitários e abertos, sendo assim, a família passa a ter maior convivência e participação mais ativa com o doente. Mas como essas transformações estão repercutindo na vida desses familiares? Qual o entendimento da família acerca do tratamento em saúde mental?
Ao entender o papel da família como parceira no processo de tratamento, podemos caracteriza-la como sendo indispensável para a efetividade da assistência psiquiátrica, com grande potencial de acolhimento e ressocialização de seus integrantes, havendo uma redução do tempo de internação hospitalar.
Devemos lembrar que a convivência do portador do transtorno mental e a família, nem sempre se dá de maneira harmoniosa, geralmente representa um desafio, carregado de preconceitos em relação a doença, o que gera tensões e conflitos no ambiente familiar, exigindo dos sujeitos a constante capacidade de repensar e reorganizar várias estratégias para o convívio, sendo necessário criar o respeito a individualidade, pois apesar de residirem na mesma casa, são pessoas diferentes, com idéias e comportamentos diferentes, tendo ainda algumas limitações ocasionadas pelo transtorno mental.
A assistência prestada aos portadores nos mostra que os familiares que procuram a ajuda e suporte dos serviços de saúde mental e de seus profissionais, apresentam demandas das mais variadas ordens, dentre elas, a dificuldade para lidarem com as situações de crise vividas, com os conflitos familiares emergentes, com a culpa, com o pessimismo por não conseguir ver uma saída aos problemas enfrentados, pelo isolamento social a que ficam sujeitos, pelas dificuldades materiais da vida cotidiana, pelas complexidades do relacionamento com o doente mental, sua expectativa frustrada de cura, bem como pelo desconhecimento da doença propriamente dita, para assinalarmos, algumas dentre tantas outras insatisfações.(COLVERO;IDE;ROLIN,2004,p. 198).
Referencias bibliográficas.
COLVERO L. A.;IDE C. A. C.;ROLIM M. A. Família e doença mental:
a difícil convivência com a diferença. Revista da Escola de Enfermagem USP, São Paulo, v.38, n2, p 197-205, fev. 2004.
BORBA L. O.; PAES M. R.; GUIMARÂES A. N.; LABRONICI L. M.; MAFTUM M. A. A família e o portador de transtorno mental: dinâmica e sua relação familiar. Revista da Escola de Enfermagem USP, São Paulo, v. 45 n. 2, abr. 2011.
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