A GRAVIDEZ, PSICOSSOMÁTICA E DIABETES

GRAVIDEZ, PSICOSSOMÁTICA E DIABÉTES

 

Autoras:

Bárbara Luíse Maia: Discente do curso de psicologia do UNI-RN

Denise Rodrigues da Costa:  Discente do curso de psicologia do UNI-RN

Maria Helouise Teixeira da Silva:  Discente do curso de psicologia do UNI-RN

Orientadora:

Luciana Carla Barbosa de Oliveira: Docente do curso de Psicologia do UNI-RN

INTRODUÇÃO

        Compreende-se a gravidez como parte da etapa do desenvolvimento psíquico da mulher, de acordo com Santos (2003). Esta pode ser vivenciada como transição ou crise da vida, fazendo com que ela conviva com os mais diversos sentimentos. Algumas mudanças manifestam-se conforme as características psicológicas e o contexto em que a gravidez é instalada. É importante mencionar que o período gestacional pode vir acompanhado de alguma enfermidade que venha a interferir negativamente neste processo. Considera-se dentre as patologias que apresentam um grande risco o Diabetes Gestacional, tendo em vista a possibilidade de comprometer o desenvolvimento do neonato, podendo ocasionar: macrossomia, malformações congênitas, hipoglicemia, além de causar na gestante alterações hormonais e a produção maior da quantidade de insulina (Corrêa, 2004).

OBJETIVOS

        Este trabalho tem como objetivo analisar como o Diabetes pode influenciar nos aspectos psicossomáticos durante o período gestacional, além de identificar as consequências que podem ocasionar na gravidez, analisando os efeitos no desenvolvimento fetal e os impactos causados.

MÉTODO

Esse estudo se consolida a partir de uma revisão de literatura de cunho narrativo. Para o aporte metodológico do tema, foi utilizado as bases de dados  Scientific Electronic Library Online - (scielo), Periódicos Eletrônicos em Psicologia (PePSIC). Os critérios de inclusão para o material referenciado foram concentrados em informações de acordo com os objetivos definidos. Tendo como parâmetro os descritores: gestação, diabetes e psicossomática.

RESULTADOS

O Diabetes Gestacional, de acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (2006), pode ser diagnosticada no início ou durante o período gestacional, onde é cessado o consumo de carboidratos, resultando em hiperglicemia de resultados variáveis.

Para mulheres portadoras,há a necessidade de uma alimentação mais restrita, no entanto esta fase é marcada por desejos, podendo implicar no aumento do apetite e indisciplina alimentar, vinculada a comportamentos regressivos para satisfazer o paladar infantil, Barbosa (2012).  Uma das alterações que se pode observar é a ambivalência afetiva, sinalizando a possibilidade de conflitos internos de se conceber ou não o bebê, esta prevalece durante todo o período gravídico.

As complicações neonatais com maior incidência são: macrossomia – possibilitando o aumento de indicações de partos cesáreos –, hipoglicemia, policitemia, icterícia e predisposição a malformação congênita, Corrêa (2004). Fazendo-se necessário ressaltar que o medicamento é bem tolerado na gestação e a frequência de mudança na redução da dosagem é pouca e assim não causa diversos efeitos colaterais, Weinert (2010).

CONCLUSÃO

Em relação aos aspectos biológicos e psicológicos da gravidez, pode-se verificar alterações no comportamento feminino, como: ambivalência afetiva, preocupação materna primária, desejos, hipersensibilidade, macrossomia, aumento de partos cesáreos, prematuridade, hipoglicemia, policitemia, icterícia e malformações congênitas. Diante disso, o cuidar não deve ser específico aos fatores fisiopatológicos, mas também abranger um atendimento multiprofissional, para assim poder trabalhar de forma integrada a pessoa, realizar procedimentos e definir medidas preventivas em relação ao ciclo gravídico, (Garcia, 2004).